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Ordem da Torre e Espada

Disambig grey.svg Nota: Não confundir com Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito, ordem restablecida em 1917.

Predefinição:Info/Condecorações A Ordem da Torre e Espada ou simplesmente Ordem da Espada (posteriormente chamada Antiga e Muito Nobre Ordem da Torre e Espada) foi uma ordem militar portuguesa fundada por D. Afonso V de Portugal em 1459, constituindo, desde o seu início, a mais alta Ordem de Cavalaria do Reino de Portugal.

Histórico

Pretendia assemelhar-se à Mais Nobre Ordem da Jarreteira e à Ordem do Tosão de Ouro, pelo que se tornou a mais ilustre e importante ordem nacional. Assemelhava-se a estas e distinguia-se das demais ordens existentes em Portugal, a Ordem de Cristo, a Ordem de Avis, a Ordem de Santiago e a Ordem de Malta por, ao contrário destas, não ser uma ordem territorial e senhorial, mas apenas uma ordem militar de cavalaria à antiga, com um carácter honorífico, como uma especial graça régia que aproximava os seus agraciados do poder real, tal como as suas contrapartes inglesa e borgonhesa.

Segundo o Dr. António do Valle-Domingues, esta ordem foi instituída para condecorar os cavaleiros que fossem às conquistas ou cruzada do Norte de África e que estes seriam sempre apenas vinte e sete, correspondentes ao mesmo número de anos da sua idade de então.

Conta-se que a sua simbologia e mito teve origem na seguinte lenda:

"Havia na capital da Mauritânia, na cidade de Fez, uma torre em cujo capitel estava uma espada enterrada até metade e dizia-se que ela seria tirada por um príncipe, que a conquistaria, e que nesse dia tomaria para si toda a região e império"[1].

Inicialmente, além do rei que era o seu grão-mestre, dela faziam parte: o príncipe D. João seu filho herdeiro; D. Fernando seu tio seu irmão e mestre da Ordem de Santiago; o Infante D. Henrique seu tio e mestre da Ordem de Cristo; D. Afonso seu tio e Duque de Bragança; D. Fernando, Marquês de Vila Viçosa; e os condes de Odemira; Vila Real; Monsanto; Marialva; Atouguia; Viana; Faro; Penela; Cantanhede; Olivença; Abranches; Visconde de Vila Nova de Cerveira; mais o Prior do Crato; o marechal do Reino; o almirante do mar; etc[1][2][3].

No sentido de agraciar os mais relevantes serviços, tanto dos seus vassalos como de ilustres estrangeiros, nomeadamente os ingleses e outros que, por não serem católicos, não podiam ser agraciados com as demais Ordens Militares, a rainha D. Maria I de Portugal, aliás, o Príncipe Regente D. João, em 1808, estando no Brasil, vê-se no intuito de renovar esta ordem para melhor servir a Casa Real Portuguesa[4].

Foi extinta em 1834, estabelecendo-se em seu lugar a Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito.

Actualidade

Referências

  1. 1,0 1,1 A Torre e Espada para o piloto Nascimento Costa, por António do Valle-Domingues, A Voz, 18 de Março de 1961
  2. Sousa, António Caetano, História Genealógica da Casa Real Portuguesa, Tomo III, pág. 7
  3. “Era limitada a 27 pessoas. Os primeiros galardoados foram: o rei, o príncipe D. João; os duques de Beja, Viseu e Bragança; o marquês de Vila Viçosa; os condes de Odemira, Vila Real, Monsanto, Marialva, Atouguia e Viana; o prior do Crato, D. Vasco de Ataíde; D. Fernando (futuro duque de Guimarães e Bragança), D. João (futuro marquês de Montemor) e D. Afonso (futuro Conde de Faro); D. Afonso de Vasconcelos (futuro duque de Penela), sobrinho do rei: D. Pedro de Meneses (futuro conde de Cantanhede); O almirante D. Nuno Vaz de Castel-Branco; O marechal D. Fernando Coutinho; Rodrigo Afonso de Melo (futuro Conde de Olivença); o mordomo-mor, D. Álvaro de Sousa; D. Fernando de Meneses; Álvaro Pires de Távora; Vasco Martins Chichorro; D. Fernando de Almada (futuro conde de Avranches); e Leonel de Lima (futuro visconde de Vila Nova de Cerveira). - Nova História de Portugal, Portugal na Crise dos Séculos XIV e XV, por A. H. de Oliveira Marques, Lisboa: Presença, 1987, 1987, p. 261.
  4. «Decreto: Sendo da mais alta preeminencia dos augustos soberanos, reis, e imperadores a accão de crear novas ordens de cavallaria, com que possão remunerar os mais relevantes serviços, assim dos seus vassallos, como de illustres estrangeiros, que não tiverem outro premio, que lhes seja equivalente, senão o da honra.», Rainha D. Maria I, Impressão Regia Lisboa, Portugal, 1808
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