𝖂𝖎ƙ𝖎𝖊

Odair José

Odair José
Odair José, 2011
Informação geral
Nome completo Odair José de Araújo
Também conhecido(a) como Pílula
O Terror das Empregadas
Bob Dylan do Central do Brasil
Nascimento 16 de agosto de 1948 (75 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]
Local de nascimento Morrinhos, GO
 Brasil
Nacionalidade brasileiro
Gênero(s)
Ocupação(ões) Cantor e compositor
Instrumento(s)
Período em atividade 1970 - presente
Gravadora(s) Discos CBS, Polydor, RCA Records,EMI,Copacabana,RGE,Universal Music, ShowLivre
Página oficial www.odairjoseoficial.com

Odair José de Araújo (Morrinhos, 16 de agosto de 1948) é um cantor e compositor brasileiro, de estilo popular-romântico.[2]

Surgiu no cenário musical brasileiro na década de 70.

Biografia

Odair começou como crooner na adolescência até meados dos 17 anos, quando começou a compor. Ainda cedo se transferiu para a cidade do Rio de Janeiro em busca de obter e ocupar um espaço no cenário artístico nacional através da sua música. No Rio de Janeiro, travou conhecimento com Rossini Pinto compositor e produtor que viu potencial em Odair, levando-o para a gravadora CBS. O primeiro trabalho do novo cantor para a gravadora foi a canção "Minhas Coisas", incluída no disco As 14 Mais, um dos principais produtos da companhia naquela época.

Em 1972, Odair gravou as músicas "Eu vou tirar você deste lugar", "Esta noite você vai ter que ser minha"; "Pense pelo menos em nossos filhos" e "Cristo quem é você", esta gravada pelo próprio Odair José, com arranjos de Zé Rodrix, tendo a participação do grupo Som Imaginário. Todas são do disco Assim Sou Eu..., lançado pela Polydor.

No ano seguinte, 1973, é lançado o LP Odair José. Músicas como "Uma Vida Só (Pare de Tomar a Pílula)" e "Eu, Você e Praça" figuraram entre as mais tocadas do ano.[3]

A música "Uma Vida Só", ficou conhecida popularmente pelo seu refrão, "pare de tomar a pílula", que foi censurada pelo governo brasileiro pelo suposto entendimento de que a canção fazia propaganda contrária à distribuição das tais pílulas para o controle de natalidade. Também de forte apelo popular, na canção "Deixa Essa Vergonha De Lado", Odair José deu seu total apoio à empregada doméstica, função que no início da década de 1970 não era legalizada.

Depois de lançar vários discos, Odair compôs e gravou O Filho de José e Maria, em 1977. Apesar de toda a controvérsia gerada em torno do projeto, Odair garante que não se arrepende de ter idealizado, composto, gravado e apresentado ao público a sua ópera popular. "Se fazia necessário naquele momento pelo estágio evolutivo que meu trabalho apresentava". Ele foi excomungado pela Igreja Católica em 1978, por causa do disco. A excomunhão o fez gravar por 20 anos canções sem muito cunho politizado.[4]

Em 1979, Odair tem a música "Até parece um sonho", incluída na trilha sonora da novela Cabocla, da Rede Globo de Televisão.

De volta à mídia desde o final da década de 1990, Odair José continua gravando canções com temas delicados como sexo, drogas e prostituição, bem como protestos contra problemas do Brasil.[4]

Em 2006, foi tema de um tributo que reuniu os principais grupos da nova música pop-rock brasileira. Essas bandas fizeram releituras de vários dos sucessos do artista, resultando no álbum Vou tirar você deste lugar, lançado pelo Allegro Discos, com a presença de nomes como Paulo Miklos, Zeca Baleiro, Pato Fu, Mombojó e Mundo Livre S/A, entre outros. Também em 2006, lançou Só pode ser amor o que sinto, que continha "Bebo e Choro", incluída nas trilhas sonoras do filme Trair e coçar é só começar e da telenovela Bicho do Mato, da Rede Record de Televisão.

Foi tema em 2009 de um episódio de O Estranho Mundo de Zé do Caixão, um programa de entrevistas exibido pelo Canal Brasil, apresentado por José Mojica Marins.

Após um hiato de seis anos, o cantor voltou com Praça Tiradentes (2012), produzido por Zeca Baleiro.

Em 2014, Odair declarou que seus álbuns lançados pela EMI eram "uma merda por culpa minha. Eu só queria saber de beber e fumar maconha".[5]

Em 2015, Odair lançou o disco Dia 16, e no ano seguinte o disco Gatos e Ratos, que concorreu ao Melhor Álbum na categoria Canção Popular Prêmio da Música Brasileira de 2017. Na mesma edição foi vencedor na categoria Melhor Cantor. Ainda, a revista Rolling Stone Brasil o elegeu o 20º melhor álbum brasileiro de 2016.[6]

Em 2019, lançou o disco Hibernar na Casa das Moças Ouvindo Rádio pela gravadora Monstro Discos, que foi eleito um dos 25 melhores álbuns brasileiros do primeiro semestre de 2019 pela Associação Paulista de Críticos de Arte.[7]

Discografia

  • 1970 - Odair José (CBS/Sony Music)
  • 1971 - Meu Grande Amor (CBS/Sony Music)
  • 1972 - Assim sou eu... (Polydor/Universal Music)
  • 1973 - Odair José (Polydor/Universal Music)
  • 1974 - Lembranças (Polydor/Universal Music)
  • 1975 - Amantes (em castelhano) (Polydor/Universal Music)
  • 1975 - Odair (Polydor/Universal Music)
  • 1976 - Histórias e Pensamentos (Polydor/Universal Music)
  • 1977 - O Filho de José e Maria (RCA/Sony Music)
  • 1978 - Coisas Simples (RCA/Sony Music)
  • 1979 - Odair José (Continental)
  • 1980 - Odair José (Continental)
  • 1981 - Viva e deixe viver (EMI)
  • 1982 - Só por amor (EMI)
  • 1983 - Fome de amor (EMI)
  • 1984 - Eu, você e o sofá (EMI)
  • 1985 - Odair José (EMI)
  • 1986 - Odair José (RGE)
  • 1987 - Odair José (RGE)
  • 1989 - Odair José (RGE)
  • 1990 - Odair José (Copacabana)
  • 1992 - Odair José (Copacabana)
  • 1993 - Odair José (Harmony Records/Sony Music)
  • 1994 - Luz Acesa (Warner Music Group)
  • 1996 - As minhas canções (Polydor/Universal Music)
  • 1997 - Lágrimas (Bahamas Songs)
  • 1999 - Ao Vivo (Polydor/Universal Music)
  • 2002 - Uma História (Polydisc)
  • 2003 - Passado Presente (Gema)
  • 2004 - 20 Super Sucessos (coletânea com regravações inéditas) (Polydisc)
  • 2006 - Só Pode Ser Amor (Deckdisc)
  • 2012 - Praça Tiradentes (Saravá Discos)
  • 2014 - O Filho de José e Maria - Ao Vivo (Coqueiro Verde)
  • 2015 - Dia 16[8] (Saravá Discos)
  • 2016 - Gatos e Ratos[9] (Independente)
  • 2019 - Hibernar Na Casa Das Moças Ouvindo Rádio (Monstro Discos)

Referências

  1. Predefinição:CravoAlbin
  2. FONSECA, Diogo. Entre o “brega” e o rock: a ressignificação da Música de Odair José. Dissertação (Mestrado em Comunicação Social) - Curso de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2015.
  3. «Seleção das músicas mais tocadas em 1973». www.somdoradio.com (em português). Consultado em 19 de fevereiro de 2018 
  4. 4,0 4,1 Galvão, Pedro. Mais roqueiro do que nunca, Odair José ataca o conservadorismo no Brasil: estou com as minorias, Estado de Minas, 27 de novembro de 2016.
  5. Barcinski 2014, p. 202.
  6. «Melhores Discos Nacionais de 2016». Rolling Stone Brasil. Grupo Spring de Comunicação. 2016. Consultado em 20 de janeiro de 2019 
  7. Antunes, Pedro (16 de agosto de 2019). «Os 25 melhores discos de 2019 até agora, segundo a APCA [LISTA]». Rolling Stone Brasil. Grupo Perfil. Consultado em 2 de janeiro de 2021 
  8. Aquiles Rique Reis (2 de abril de 2015). «Odair José reinventado». Jornal GGN. Consultado em 2 de abril de 2015 
  9. «Odair José ataca neoconservadorismo com novo álbum rock 'Gatos e Ratos' - 08/11/2016 - Ilustrada - Folha de S.Paulo». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 9 de novembro de 2016 

Ligações externas

Wikiquote
O Wikiquote possui citações de ou sobre: Odair José

talvez você goste