O Quinze | |
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Autor(es) | Rachel de Queiroz |
Idioma | Português |
País | Brasil |
Linha temporal | 1915 |
Localização espacial | Sertão do Nordeste do Brasil |
Editora | José Olympio (1a. edição) |
Lançamento | 1930 |
O Quinze é o primeiro e mais popular romance de Rachel de Queiroz, publicado em 1930. O título se refere à grande seca de 1915, vivida pela escritora em sua infância. O livro tem 26 capítulos.
A trama se dá em dois planos, um enfocando o vaqueiro Chico Bento e sua família, o outro a relação afetiva de Vicente, rude proprietário e criador de gado, e Conceição, sua prima culta e professora.
Conceição é apresentada como uma moça que gosta de ler vários livros, inclusive de tendências feministas e socialistas o que estranha a sua avó, Mãe Nácia - representante das velhas tradições. O período de férias, Conceição passava na fazenda da família, no Logradouro, perto do Quixadá. Apesar de ter 22 anos, não dizia pensar em casar, mas sempre se "engraçava" a seu primo Vicente. Ele era o proprietário que cuidava do gado, era rude e até mesmo selvagem.
“ | (...) E se não fosse uma raiz de mucunã arrancada aqui e além, ou alguma batata-branca que a seca ensina a comer, teriam ficado todos pelo caminho, nessas estradas de barro ruivo, semeado de pedras, por onde eles trotavam trôpegos se arrastando e gemendo (...) | ” |
Com o titulo L'année de la grande sécheresse , O Quinze foi traduzido em francês por Jane Lessa e Didier Voïta (Bibliothèque Cosmopolite Stock, 1986, ISBN 2-234-01933-8.
Importância
Juntamente com A Bagaceira, de José Américo de Almeida, esta obra trouxe forte impulso ao chamado "ciclo do Nordeste", renovador do romance brasileiro e exerceu forte influência no Neo-Realismo português.[1]
Referências
- ↑ Revista COLÓQUIO/Letras n.º 9 (Setembro de 1972).