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O Homem que Calculava

O Homem que Calculava


 Brasil
1938
Autor Malba Tahan
Editora Record
Personagens Beremiz Samir

Gênero romance
Idioma português
ISBN 8501061964

O Homem que calculava: aventuras de um singular calculista persa é um romance infanto-juvenil do fictício escritor Malba Tahan (heterônimo do professor brasileiro Julio César de Mello e Souza), que narra as aventuras e proezas matemáticas do calculista persa Beremiz Samir[1] na Bagdá do século XIII. Foi publicado pela primeira vez em 1938[2] e já chegou a sua 90ª edição.

A narrativa, dentro da paisagem do mundo islâmico medieval, trata das peripécias matemáticas do protagonista, que resolve e explica, de modo extraordinário, diversos problemas, quebra-cabeças e curiosidades da matemática. Inclui, ainda, lendas e histórias pitorescas, como, por exemplo, a lenda da origem do jogo de xadrez e a história da filósofa e matemática Hipátia de Alexandria. Sem ser um livro didático, tem, contudo, uma forte tonalidade moralista. Por isso, o livro é indicado como um livro paradidático em vários países, tendo sido citado na Revista Book Report e em várias publicações do gênero.

A obra já tem sido traduzida para espanhol, inglês, italiano, alemão, francês, holandês e árabe.

Hank Tade-Maiá - Ele conta a história e é amigo de Beremiz. Beremiz Samir - O homem que calculava, protagonista. Ibrahim Maluf el Barad - Grão-vizir protetor de Beremiz. Telassim - Filha de 17 anos do poeta Iezid Abul-Hamid. Al-Motacém - O sumo califa Al-Musta'sim Billah (1242-1258 AD) de Bagdá.⠀⠀

Enredo

Viajando de Samarra a Bagdá, Hank Tade-Maiá, o narrador da história, encontra Beremiz Samir, um singular personagem que se revela ser um fabuloso calculista da Pérsia. Eles decidem viajar juntos para Bagdá e ainda no trajeto Beremiz dá mostras de sua extraordinária habilidade com os cálculos.

Em Bagdá, Beremiz rapidamente torna-se famoso e muito requisitado tanto por pessoas comuns quanto por nobres, despertando a simpatia de uns e a inveja de outros. Emprega-se como secretário do Grão-vizir Ibrahim Maluf, enquanto que Tade-Maiá fica como escriba deste mesmo ministro. Beremiz aceita também a tarefa de ensinar a matemática à filha do poeta Iezid, travando conhecimento com Telassim, sua futura esposa. Até mesmo o califa ouve falar de Beremiz e concede-lhe uma audiência. O califa fica encantado com a argúcia do calculista, elogiando-o.

Para testar definitivamente a capacidade de Beremiz, o califa prepara, então, uma audiência onde o calculista seria interrogado por sete sábios. Tendo respondido brilhantemente todas as provas, Beremiz, como recompensa, pede em casamento a mão de Telassim, por quem havia se apaixonado. Beremiz casa-se com Telassim e, se convertido ambos ao cristianismo, tendo três filhos, mudam-se juntamente com o amigo Tade-Maiá para Constantinopla, no então Império Bizantino.

Frases

"Ingrato é aquele que esquece a pátria e os amigos de infância, quando tem a felicidade de encontrar na vida, o oásis da prosperidade e da fortuna."[3]

Recepção da crítica

Monteiro Lobato classificou este livro como: "… obra que ficará a salvo das vassouradas do tempo como a melhor expressão do binômio ‘ciência-imaginação.’"[4]

Prêmios

  • Em 1972, o livro foi premiado pela Academia brasileira de Letras. Na ocasião em que era lançada sua 75ª edição.[5]

Notas

  1. Em edições mais antigas o nome do protagonista era escrito somente Beremiz.
  2. OLIVEIRA, Cristiane Coppe de. A sombra do arco-íris: um estudo histórico/mitocrítico do discurso pedagógico de julio cesar de mello e souza e mais conhecido como Malba Tahan. 2008. Tese (Doutorado em Educação) - Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-22022008-114921/>. Acesso em: 2012-04-11. 171 p.; p. 125
  3. O Homem que Calculava. [S.l.: s.n.] 1965. ISBN 9780393309348  |nome1= sem |sobrenome1= em Authors list (ajuda)
  4. "Carta de Monteiro Lobato". IN: Mil Histórias Sem Fim. 2º vol. 4º ed. Rio de Janeiro: Conquista, 1957. p. 223.
  5. «museudavida.fiocruz.br/». Consultado em 25 de março de 2015. Arquivado do original em 2 de abril de 2015 

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