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Nihonium

Predefinição:Elemento/Unúntrio O nipónio (português europeu) ou nihônio (português brasileiro)[1][2] (nihonium, em inglês) é um elemento químico sintético, de símbolo químico Nh, número atômico 113 (113 prótons e 113 elétrons), provavelmente de massa atómica 284 u.[3] Pertence ao grupo 13 da tabela periódica.

Descoberto no início de 2004 por uma equipe de cientistas russos e norte-americanos, é um transurânico, provavelmente um sólido de aspecto prateado. Em 2015, a IUPAC e a IUPAP confirmaram descoberta dos elementos nihônio, moscóvio, tenesso e oganessônio.[4] No dia 8 de junho de 2016, a IUPAC sugeriu que o elemento 113 fosse batizado de nihonium.[5][6]

História

Em 1 de fevereiro de 2004 o nihônio e o moscóvio foram sintetizados, conforme relatado por uma equipe de cientistas russos de Dubna (em inglês, "Joint Institute for Nuclear Research") e do norte-americano Lawrence Livermore National Laboratory. Esta descoberta ainda está à espera de confirmação.[7]

Em 28 de setembro de 2004 uma equipe de cientistas japoneses declarou que obteve êxito na obtenção deste elemento.[8][9]

Unúntrio, do latim "ununtrium" , foi um nome sistemático, temporário, indicado pela IUPAC para o elemento, enquanto ainda não havia sido oficialmente batizado. Não pode ser encontrado na natureza, pois para obtê-lo a sua estrutura tem de ser modificada para chegar a um resultado exato. O elemento atualmente não possui nenhum uso, por ser quase desconhecido.

Propriedades químicas (extrapoladas)

Ainda não se conhecem compostos do nihônio, pois o elemento foi obtido em quantidades muito pequenas e seu tempo de desintegração radioativa é curto demais para serem preparados seus compostos. Julgando por sua posição na tabela periódica, especula-se que suas propriedades sejam semelhantes às do tálio, elemento situado logo acima na tabela periódica. Por esse ângulo, supõe-se que o nihônio forme íons com NOX +1 e +3, semelhante ao Tl e, pelo efeito do par inerte, seu estado de oxidação +1 seja ainda mais estável que o do tálio. Especula-se que o Nh trivalente (Nh+3) seja um agente oxidante mais enérgico que Tl+3.

O principal estado de oxidação apresentado pelo elemento seria o +1, formando íons Nh+ que se comportariam de forma semelhante aos cátions de metais alcalinos tais como o potássio, um comportamento similar ao seu congênere mais leve, o tálio. Alguns compostos incluiriam o óxido Nh2O, o hidróxido NhOH, uma base forte e solúvel em água; os haletos pouco solúveis em água e sensíveis à luz NhCl, NhBr e NhI, além de outros sais como NhNO3, Nh2SO4, Nh2S, entre outros. O fluoreto NhF seria estável e solúvel em água.

Compostos de nihônio com nox +3 (na forma do íon Nh+3) também seriam possíveis, mas seriam raros e poderosos agentes oxidantes. Alguns compostos de nihônio trivalentes incluiriam o trifluoreto NhF3 e o óxido Nh2O3, ambos pouco estáveis e muito oxidantes.

O iodeto NhI3 não seria um composto de Nh trivalente, e sim seria formado pelos íons Nh+ e tri-iodeto, I3-, assim como o TlI3.

O nihônio seria possivelmente o elemento mais pesado a formar sais muito solúveis em água, teoricamente podendo-se obter soluções de altas densidades. E pode-se presumir, devido à sua possível alta solubilidade, intensa radioatividade e semelhança com o mortífero tálio, que o nihônio seja um elemento extremamente tóxico.

Espera-se que o nihônio seja muito mais denso que o tálio, tendo uma densidade prevista de cerca de 16 a 18 g/cm3 , devido à estabilização e contração relativística de seus orbitais 7s e 7p1/2. Isto porque os cálculos estimam-no ter um raio atômico de aproximadamente 170 pm, o mesmo que o tálio, embora as tendências periódicas o preveriam ter um raio atômico maior do que aquele do tálio devido a ele ser um período mais abaixo na tabela periódica. Os pontos de fusão e de ebulição do nihônio não são definitivamente conhecidos, mas foram calculados em 430 °C e 1 100 °C respectivamente, excedendo os valores de gálio, índio e tálio, seguindo tendências periódicas. O nihônio também é previsto para ser menos reativo que o tálio e o elemento mais eletronegativo de toda a família do boro (grupo 13 ou 3A) e espera-se que sua estrutura cristalina[10][11] seja o empacotamento compacto de esferas iguais, de modo hexagonal assim como o tálio.

Referências

  1. «Os novos elementos químicos 113, 115, 117 e 118». porticodalinguaportuguesa.pt (em português). Consultado em 21 de abril de 2018 
  2. «Grandezas, Unidades e Símbolos em Físico-Química» (PDF). Sociedade Brasileira da Química (em português). Consultado em 3 de setembro de 2018 
  3. Discovery and Assignment of Elements with Atomic Numbers 113, 115, 117 and 118 publicado pela União Internacional de Química Pura e Aplicada (2015)
  4. G1, ed. (4 de janeiro de 2015). «Quatro novos elementos completam sétima fila da Tabela Periódica». Consultado em 5 de janeiro de 2015 
  5. «IUPAC is naming the four new elements nihonium, moscovium, tennessine, and oganesson - IUPAC | International Union of Pure and Applied Chemistry». IUPAC | International Union of Pure and Applied Chemistry (em English). 8 de junho de 2016. Consultado em 11 de junho de 2016 
  6. «Escolhidos os nomes dos novos elementos da tabela periódica». Revista Pesquisa FAPESP. Consultado em 11 de julho de 2016 
  7. «Uut and Uup Add Their Atomic Mass to Periodic Table» (em English) 
  8. http://news.xinhuanet.com/english/2004-09/28/content_2034889.htm
  9. Morita et al , Experiment on the Synthesis of Element 113 in the Reaction 209Bi(70Zn, n)278113, J. Phys. Soc. Jpn., Vol. 73, No.10. Também comunicado à imprensa, em japonês
  10. Keller, Oswald Lewin; Burnett, J. L.; Carlson, T. A.; Nestor, C. W. (março de 1970). «Predicted properties of the super heavy elements. I. Elements 113 and 114, eka-thallium and eka-lead». The Journal of Physical Chemistry (em English) (5): 1127–1134. ISSN 0022-3654. doi:10.1021/j100700a029. Consultado em 26 de maio de 2022 
  11. Atarah, Samuel A.; Egblewogbe, Martin N. H.; Hagoss, Gebreyesus G. (1 de maio de 2020). «First principle study of the structural and electronic properties of Nihonium». MRS Advances (em English) (23): 1175–1183. ISSN 2059-8521. doi:10.1557/adv.2020.159. Consultado em 26 de maio de 2022 

Ligações externas

Predefinição:Tabela Periódica Compacta

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