Netto Perde Sua Alma | |
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Netto Perde Sua Alma.jpg Pôster oficial do filme. | |
Brasil 2001 • cor • 102 min | |
Direção |
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Roteiro | |
Elenco |
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Género | |
Cinematografia | Roberto Henkin |
Direção de arte | Adriana Nascimento Borba |
Edição | Ligia Walper |
Companhia(s) produtora(s) | Piedra Sola Produções |
Distribuição | Riofilme |
Idioma | português |
Netto Perde Sua Alma é um filme brasileiro de 2001, do gênero drama. É o primeiro filme dirigido por Tabajara Ruas e Beto Souza. Sua estética cult, é bastante conhecida.
Sinopse
Antônio de Sousa Netto é um general brasileiro que é ferido no combate na Guerra do Paraguai. Sua recuperação é no Hospital Militar de Corrientes, na Argentina. Lá ele percebe acontecimentos estranhos, como o capitão de Los Santos acusar o cirurgião de ter amputado suas pernas sem necessidade e reencontrar um antigo camarada, o sargento Caldeira, ex-escravo com quem lutou na Guerra dos Farrapos, ocorrida algumas décadas antes. Juntamente com Caldeira, Netto rememora suas participações na guerra e ainda o encontro com Milonga, jovem escravo que se alistara no Corpo de Lanceiros Negros, além do período em que viveu no exílio no Uruguai.
Elenco
- Werner Schünemann .... General Netto
- Sirmar Antunes .... sargento Caldeira
- Anderson Simões .... Milonga
- Lisa Becker .... enfermeira Catarina
- João França .... capitão de Los Santos
- Laura Schneider .... Maria Escayola
- Márcia do Canto .... enfermeira Zubiaurre
- Arines Ibias .... Phillip Blood
- Fábio Neto .... embaixador
- Oscar Simch .... Ramires
- Nélson Diniz .... capitão Teixeira Nunes
- Letícia Liesenfeld .... Maria Luíza
- Araci Esteves .... sra. Guimarães
- Gilberto Perin .... Padre
- Miguel Ramos .... padre Bandoleiro
Produção
O roteiro é baseado no romance de Tabajara Ruas e adaptado por Fernando Marés de Souza, Lígia Walper, Beto Souza e Rogério Brasil Ferrari; a direção de fotografia é de Roberto Henkin; a direção de arte de Adriana Nascimento Borba; e a trilha sonora é de Celau Moreira. As locações foram realizadas no Rio Grande do Sul e no Uruguai, principalmente na região dos Pampas.
Recepção
Resposta crítica
O filme acabou ganhando status cult e virou uma obra regionalista importante no Rio Grande do Sul, tendo ainda ganho nova fama com o interesse na história gaúcha após o sucesso da minissérie A Casa das Sete Mulheres. No agregador de críticas IMDb, o filme tem nota de 6,9 de 10, baseada em 159 avaliações do público.[1]
Em crítica para o jornal Folha de S.Paulo, Mário Sérgio Conti chama o filme de "épico gaúcho" e elogia o apuro técnico e e a nobreza de intenções e a afirmação regional do filme, mas coloca que espectadores que não sejam gaúchos ou que não leram o romance de Tabajara Ruas, ou seja, que não estão familiarizados aos contextos históricos retratados, podem ter dificuldade na compreensão.[2] Já Juan Heidrich, do site Cultura Projetada, também comenta a falta de ordem cronológica, que pode ser confusa para muitos, especialmente quem desconhece a história de Netto, mas elogia as menções aos injustiçados Lanceiros Negros nos dialogos de Netto com Milonga.[3] Rubens Ewald Filho, em crítica no Portal Uol, comenta que o filme não é tão incrível como consideram os críticos gaúchos, mas também não é tão ruim quanto afirmam os críticos de outras partes do país, se referindo principalmente as críticas vindas do Rio de Janeiro. Ele diz que o filme é, ao mesmo tempo, digno, um pouco confuso, que seu elenco é irregular, mas ainda assim tem um resultado satisfatório. [4]
Prêmios e indicações
Festival de Recife
- Ganhou o troféu Gilberto Freyre para melhor ator coadjuvante para Simar Antunes, melhor roteiro e melhor direção em 2002.
- Ganhou quatro Kikitos de Ouro, nas categorias de melhor filme - júri popular, melhor montagem, melhor trilha sonora e prêmio especial do júri.
- Venceu na categoria de melhor ator (Werner Schünemann).
- Recebeu duas indicações, nas categorias de melhor ator (Werner Schünemann) e melhor roteiro adaptado.
Referências
- ↑ «Netto Perde Sua Alma (2001) - User Ratings». IMDb. Consultado em 27 de julho de 2020
- ↑ Conti, Mário Sérgio (14 de junho de 2002). «Roteiro confunde em épico gaúcho». Folha de S.Paulo. Consultado em 27 de julho de 2020
- ↑ Heidrich, Juan. «Netto Perde a Sua Alma». Cultura Projetada. Consultado em 27 de julho de 2020
- ↑ Ewald Filho, Rubens (1 de janeiro de 2003). «Netto Perde sua Alma (2001)». Uol. Consultado em 27 de julho de 2020