𝖂𝖎ƙ𝖎𝖊

Neferircaré

Predefinição:Info/Nobre Neferircaré (Neferirkaré) ou Neferquerés foi o terceiro faraó da V dinastia egípcia, sucessor do seu pai Sefrés.[1] Não é clara a duração do seu reinado. A Pedra de Palermo encontra-se partida a partir do quinto censo de gado; tendo em conta que a contagem do gado se fazia em geral cada dois anos, pode se contabilizar dez anos de reinado para Neferircaré. Segundo a lista de Manetão reinou vinte anos. A maioria dos egiptólogos considera que reinou dez anos ou onze anos.

A sua mãe foi a rainha Meretenebeti e o seu pai Sefrés. Foi casado com Quentecaus II, tendo tido com ela talvez dois filhos, Neferefre e Niuserré. Continuou as políticas dos seus antecessores, concedendo terras e bens aos nobres e aos templos. Durante o seu reinado os administradores locais adquirem cada vez mais autonomia em relação ao poder central, situação que eventualmente conduzirá à decadência do Egito durante o denominado Primeiro período intermediário. Este rei foi o primeiro a incluir de forma oficial na sua titulatura o nome "Filho de Rá", bem como a inscrever o seu nome de nascimento num cartucho.

Pirâmide

O rei seguiu a tradição do seu antecessor e construiu o seu complexo funerário em Abusir. A sua pirâmide foi concebida inicialmente como uma pirâmide de seis degraus. Mais tarde os construtores modificaram a estrutura no sentido de oito degraus, tentando formar um pirâmide perfeita. Esta pirâmide era a mais alta das três pirâmides do complexo de Abusir. Contudo, o complexo funerário não chegou a ser concluído, devido à morte prematura do rei. Cerca de quinze anos depois, o rei Niuserré incorporaria a avenida e o templo do vale deste complexo no seu templo solar. Perto da pirâmides foram encontradas barcas solares, semelhantes às encontradas em Predefinição:Typo. No complexo funerário foram também achados em 1893 fragmentos de papiros escritos em hierático, uma forma cursiva dos hieróglifos; trata-se dos documentos mais antigos que se conhecem escritos desta forma. Graças a ele é possível conhecer um pouco dos rituais praticados nos templos.[2]

Notas

Predefinição:Note label2

Referências

  1. Clayton 1994, p. 61.
  2. Kinnaer, Jacques. «The Pyramid of Neferirkare.». Consultado em 19 de outubro de 2013 

Bibliografia

Predefinição:InícioRef

  • Allen, James; Allen, Susan; Anderson, Julie; Arnold, Arnold; Arnold, Dorothea; Cherpion, Nadine; David, Élisabeth; Grimal, Nicolas; Grzymski, Krzysztof; Hawass, Zahi; Hill, Marsha; Jánosi, Peter; Labée-Toutée, Sophie; Labrousse, Audran; Lauer, Jean-Phillippe; Leclant, Jean; Der Manuelian, Peter; Millet, N. B.; Oppenheim, Adela; Craig Patch, Diana; Pischikova, Elena; Rigault, Patricia; Roehrig, Catharine H.; Wildung, Dietrich; Ziegler, Christiane (1999). Egyptian Art in the Age of the Pyramids. Nova Iorque: Museu Metropolitano de Arte. ISBN 978-0-8109-6543-0. OCLC 41431623 
  • Borchardt, Ludwig (1910). Das Grabdenkmal des Königs S'aḥu-Re (Band 1): Der Bau: Blatt 1–15. Lípsia: Hinrichs. ISBN 978-3-535-00577-1 
  • Clayton, Peter A. (1994). «Dynasty 22». Chronicle of the Pharaohs (em English). Londres: Thames and Hudson. ISBN 0-500-05074-0 
  • Leprohon, Ronald J. (2013). The great name: ancient Egyptian royal titulary. Writings from the ancient world, no. 33. Atlanta: Sociedade de Literatura Bíblica. ISBN 978-1-58983-736-2 
  • Scheele-Schweitzer, Katrin (2007). «Zu den Königsnamen der 5. und 6. Dynastie». Gotinga: Universidade de Gotinga, Seminário sobre Egiptologia e Coptologia. Miscelânea de Gotinga. 215: 91–94. ISSN 0344-385X 

Predefinição:Faraós

Predefinição:Controlo de autoria

talvez você goste