Énego Viegas (ou Nónego) foi um bispo de Vendôme em França e mais tarde bispo do Porto. Veio de França como comandante junto à armada dos gascões desempenhando importante papel na história de Portugal. Supõe-se que tenha falecido em 1025.
Vida
D. Nonego veio de Vendôme como um dos comandantes da armada dos gascões tendo para isso renunciado ao bispado de Vendôme na França.
Por volta de 999 uns nobres e valorosos fidalgos Gascoes entre os quais se encontrava D. Nónego bispo de Vendôme em França e mais tarde bispo do Porto, entraram com uma grande Armada pela foz do Rio Douro, para expulsarem os Mouros. Esta armada,que ficou conhecida como a Armada dos Gascões associada a D. Munio Viegas arrancou a cidade do Porto aos Mouros para dedicá-la à Virgem Mãe de Deus. Depois d'esta batalha, D. Munio e os franceses trataram de reedificar o Porto. Ergueram as antigas e fortes muralhas, e na parte mais elevada da cidade fundaram um alcácer acastelado e bem fortalecido que, depois do conde Henrique, serviu de habitação dos bispos, aos quais foi doado. A torre e a porta principal foram obra de D. Nónego, que, em memória da pátria, a nomeou porta de Vandoma, e que na frontaria da torre fez erguer o santuário, onde meteu a imagem de Nossa Senhora do Porto, que já trouxera consigo de França.
Segundo Sampaio Bruno 1907:
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Aquelle copioso fr. Bernardo de Brito accrescenta-nos, quanto a D. Nonego, que elle conquistara por outra parte, e em uma serra, quatro legoas do Porto, edificara um forte, a que poz nôme Vandoma (como inda hoje ― 1609 ― se chama a serra), d'onde fez tanta guerra a mouros que desocupou grande parte d'aquella comarca ; e, vindo a morrer, foi sepultado no mosteiro de Assidos, com não menos reputação de santo que o bispo dom Sesnando.
Fontes
- SAMPAIO (Bruno), José Pereira de. Portuenses illustres (1907). v. 2. Livraria Magalhães & Moniz, 1907
- COELHO, José Júlio Gonçalves. Notre-Dame de Vendome et les armoiries de la ville de Porto: mémoire historique et archéologique in «Bulletin de la Société archéologique, scientifique et littéraire du Vendômois (1867). (v. 45-46)». Vendôme: Librairie Devaure-Henrion