Nábis | |
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Nábis (em grego clássico: Νάβις), dito o Usurpador, foi rei de Esparta de 207 a 192 a.C..
Seu primeiro ato como tirano foi atacar os messênios à noite, que foram pegos de surpresa[1]. Com a chegada de Filopêmen, Nábis se retirou da Messênia sob um acordo[1].
Nábis assassinou a criança Pélops, filho e herdeiro do tirano de Esparta Licurgo[2]. Historiadores modernos levantaram a hipótese de que Macânidas e Nábis (no início) não foram reis, mas regentes de Pélops[3].
Nábis entrou em guerra com os romanos[4], mas conseguiu um cessar-fogo com eles[5]. Foi durante o cessar-fogo que um homem de Calidão, fazendo-se passar por amigo, mas tendo sido enviado pelos etólios, assassinou Nabis[5].
Possuía uma cadeira para torturar e matar seus inimigos, chamada de máquina da morte de Apega, em honra à sua esposa[6]. A descrição desta máquina é muito semelhante à "dama de ferro".
Após seu assassinato, os espartanos, desejando uma figura real para servir de símbolo[7] escolheram um menino de família real, colocaram-no sobre um cavalo, pegaram em armas e atacaram os assassinos de Nabis[8]. O nome deste rei é dado por Tito Lívio como Laconicus, possivelmente uma transliteração do adjetivo "λακωνικός" (lacônico)[9]. Os lacedemônios ofereceram a Filopêmen a casa de Nábis, avaliada em mais de cem talentos, pela sua coragem e por ele ter derrotado dois tiranos (Nábis e Macânidas), mas ele recusou[10].
Referências
- ↑ 1,0 1,1 Pausânias (geógrafo), Descrição da Grécia, 8.50.5
- ↑ Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XXVII, 1.1
- ↑ Paul Cartledge e Antony Spawforth, Hellenistic and Roman Sparta, a tale of two cities
- ↑ Pausânias (geógrafo), Descrição da Grécia, 8.50.6
- ↑ 5,0 5,1 Pausânias (geógrafo), Descrição da Grécia, 8.50.10
- ↑ Políbio, Histórias, Livro XIII, 7.1-11
- ↑ Tito Lívio, Ab Urbe condita libri, Livro XXXV, 36.7
- ↑ Tito Lívio, Ab Urbe condita libri, Livro XXXV, 36.8
- ↑ Evan T. Sage, tradutor de Tito Lívio, no site www.perseus.tufts.edu
- ↑ Pausânias (geógrafo), Descrição da Grécia, 8.51.2