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Movimento Democrático de Mulheres

Movimento Democrático de Mulheres (MDM) é uma associação não governamental portuguesa de mulheres cujas raízes se encontram nos antigos movimentos femininos, tais como a Liga das Mulheres Republicanas (1909-1919) ou o Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas (1914-1947) e que surge das Comissões eleitorais de mulheres, criadas em 1968 no seio do Movimento de Oposição ao regime de Salazar, durante o período das eleições para os deputados à Assembleia Nacional. Após as eleições, as Comissões transformaram-se, por decisão unânime das mulheres que as compunham, no Movimento Democrático de Mulheres – MDM.

Surgimento

Criado em 1968, segundo a membro do Movimento Dulce Rebelo, «surgiu tendo como objetivo a reivindicação de melhores salários, melhores condições de vida e de igualdade de direitos porque, apesar da forte repressão, as mulheres sempre se manifestaram contra a Guerra Colonial, a censura e a arbitrariedade da polícia política».[1]

Reclamando-se herdeiro de movimentos como a Liga Republicana das Mulheres Portuguesas (1909-1919) ou o Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas (1914-1947), o MDM nasce das Comissões Eleitorais de Mulheres, criadas nas eleições de 1968, ligado à oposição ao regime de Salazar.

O Movimento realiza o 1.º Congresso Nacional a 21 de outubro de 1973, em Almada, onde aprova um conjunto de reivindicações das mulheres portuguesas.[2]

O MDM está intrinsecamente ligado a Maria Lamas que, após a Revolução dos Cravos, se tornou a sua presidente honorária (em 1975).[3]

Após a Revolução de 25 de Abril de 1974, o "MDM" tem participado na defesa de vários direitos das mulheres como igualdade de salário, proteção efetiva da maternidade, criação de creches e escolas, igualdade jurídica e direito à interrupção voluntária da gravidez.

Atualidade

Hoje em dia o MDM promove, entre diversas ações, encontros de trabalhadoras com sindicalistas que dão apoio e informações, encaminha as queixas que recebe para as entidades competentes e dá apoio em matéria de problemas sociais e laborais. Marca habitualmente presença em qualquer manifestação de "luta" pelos direitos da mulher.[4]

Integra o Conselho Consultivo da Comissão para a Igualdade e os Direitos das Mulheres e é membro da Federação Democrática Internacional das Mulheres.

Ver também

Referências

  1. «MDM – Lutar por direitos». Mulher Portuguesa. Consultado em 9 de Abril de 2016 
  2. «Quem somos». mdm.org.pt. Consultado em 9 de Abril de 2016. Arquivado do original em 20 de abril de 2016 
  3. Maria Lamas: Vida e obra de Maria Lamas. Atualizar o pensamento. Abalar a indiferença. Almada, Movimento Democrático de Mulheres, 2017. ISBN 978 989 987 37 59
  4. «Movimento Democrático de Mulheres contra tentativa de limitar direito ao aborto». Notícias ao Minuto. Consultado em 9 de Abril de 2016 

Ligações externas

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