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Mosteiro de Santa Clara-a-Nova

Predefinição:Info/Edifício

claustros do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova - Coimbra
Mosteiro de Santa Clara-a-Nova: envolvente.
Mosteiro de Santa Clara-a-Nova: estátua da rainha Santa Isabel.
Mosteiro de Santa Clara-a-Nova: Igreja da Rainha Santa Isabel.
claustros do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova

O Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, também designado como Convento da Rainha Santa Isabel, localiza-se na freguesia de Santa Clara e Castelo Viegas na cidade, município e distrito de Coimbra, em Portugal.[1]

Foi erguido no século XVII em substituição ao antigo mosteiro medieval de Santa Clara-a-Velha, vítima das inundações periódicas do rio Mondego. Era um verdadeiro mosteiro de clausura franciscana e não um simples convento.

Constitui-se em um importante repositório de arte portuguesa dos séculos XIV a XVIII e guarda as relíquias da Rainha Santa Isabel, fundadora do mosteiro antigo.

O Mosteiro de Santa Clara-a-Nova encontra-se classificado como Monumento Nacional desde 1910.[2]

História

O convento de Santa Clara de Coimbra foi fundado nos inícios do século XIV, à margem esquerda do rio Mondego. Santa Isabel de Aragão, Rainha de Portugal, esposa de Dinis de Portugal, foi a principal benfeitora da instituição nos seus inícios, tendo-o escolhido como lugar de seu sepultamento.

As constantes inundações de que era vítima o primitivo mosteiro levaram à decisão de construir um novo edifício para a comunidade de clarissas. Desse modo, as obras do novo convento começaram em 1649, com projeto de João Torriano, frade beneditino, engenheiro-mor do reino e professor de matemática da Universidade de Coimbra. Vários edifícios conventuais encontravam-se concluídos em 1677, quando se mudaram as últimas monjas. A igreja foi concluída e sagrada em 1696.

O grande claustro, construído pelo húngaro Carlos Mardel, foi custeado por João V de Portugal em 1733.

Com a morte da sua última freira, em 1891, extingue-se a antiga comunidade religiosa e a Confraria da Rainha Santa Isabel, graças aos esforços empreendidos pelo bispo D. Manuel Correia de Bastos Pina junto do Governo de Portugal, tornar-se-ia legítima proprietária dos espaços monásticos da igreja, claustro, cerca do corredor, casas do hospício e hospedaria do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, logo a partir de 1896. A parte Norte do Mosteiro, bem como as restantes cercas foram cedidas à Acção Missionária, que permitiu à Congregação de São José de Cluny que as utilizasse como colégio missionário, que aí funcionou até à implantação da República. Em 1910, a parte Norte foi atribuída ao Exército.

Em 1911, a pedido do Ministério da Guerra, a hospedaria e, mais tarde, os dois coros e os claustros, foram arrendados ao Exército Português, que devolveu tudo à Confraria em 2006.

Em 2016 o Estado pretende concessionar o edifício a privados com o compromisso de reabilitação, preservação e conservação por parte dos investidores.

Características

Na rica igreja em estilo maneirista, o lugar de honra cabe à urna de prata com óculos de cristal contendo o corpo incorrupto da Rainha Santa Isabel, instalado em 1696 e custeado pelo Bispo de Coimbra, D. Afonso de Castelo Branco. O túmulo original, de Mestre Pero, em uma única pedra, foi mandado fazer pela própria rainha; situa-se no coro baixo, onde painéis de madeira policromática narram a história da sua vida.

Ver também

Bibliografia

  • PACHECO, Ana Assis, 'Coimbra, 1649, mosteiro de Santa Clara-a-nova', in 'Construção de um mundo interior: arquitectura franciscana em Portugal, Índia e Brasil (séculos XVI-XVII)', (Tese de Doutoramento em Arquitectura, Universidade de Coimbra, 2013).pp.277-288.

Referências

  1. Ficha na base de dados SIPA
  2. «DGPC Pesquisa Geral». www.patrimoniocultural.gov.pt (em português) 
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Ligações externas

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