O Mosteiro de São Martinho de Tibães, também referido como Mosteiro de Tibães ou Igreja e Mosteiro de Tibães, localiza-se na freguesia de Mire de Tibães, município de Braga, distrito do mesmo nome, em Portugal.[1]
O conjunto, que engloba a Igreja de Tibães e o Cruzeiro de Tibães, foi classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1944.[1]
História
O mosteiro foi fundado no século XI.
A partir do século XII foi mandado reedificar por Paio Guterres da Silva, e ocupado pela congregação Beneditina.
No século XVI, tornou-se a casa-mãe da Ordem para Portugal e Brasil.
Os edifícios principais atualmente existentes foram erguidos nos séculos XVII e XVIII. Um dos arquitectos que neles trabalhou foi André Soares.
Com a extinção das ordens religiosas masculinas ocorrida em 1834, foi vendido em hasta pública, com excepção da igreja, sacristia e claustro do cemitério.
Encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1944.
Manteve-se nas mãos de privados até 1986, quando foi adquirido pelo Estado Português. Desde então iniciou-se o processo de recuperação do espólio.
Pelas suas características singulares, o mosteiro foi o palco escolhido para a XXIII Cimeira Ibérica que se realizou nos dias 18 e 19 de Janeiro de 2008.
Após um investimento de 15 milhões de euros, desde novembro de 2009 uma comunidade da família missionária internacional "Donum Dei", do grupo das Trabalhadoras da Imaculada, pertencente à Ordem Carmelita, está instalada numa ala do mosteiro.
Em 11 de fevereiro de 2010, abriu ao público uma hospedaria com 9 quartos, e o restaurante "Eau Vive de Tibães", com capacidade de 50 pessoas.
Em 21 de janeiro de 2015, a Assembleia da República recomendou ao Governo que classifique o Mosteiro de Tibães como monumento nacional.
O museu do mosteiro
Ao longo de sua história, e dada a sua importância no Império Português, o mosteiro reuniu o maior e mais valioso espólio da região. Nele se destacavam desde a pintura, a escultura e a arte sacra, a uma vasta coleção de livros sobre variados temas. Após a alienação do imóvel, em 1834, a maior parte do espólio foi perdido.
O atual museu conserva apenas um fragmento desse espólio, ao qual se somam novas peças relacionadas com a história do mosteiro e a congregação Beneditina. É ainda possível percorrer o "Percurso Museológico", onde se aprecia a área envolvente ao Mosteiro, a sua arquitectura, as ruínas de edifícios anteriores, a mata, os jardins, e diversos campos agrícolas como hortos, pomares, e milheirais.
Ver também
Referências
Ligações externas
- Site oficial do Mosteiro
- Site oficial da Hospedaria Convento de Tibães
- Mosteiro de São Martinho de Tibães no site da Direção Regional de Cultura do Norte
- Página do "Grupo de Amigos do Mosteiro de Tibães"
- Blog do Mosteiro
- Site antigo
- Fotos de Tibães