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Montelavar

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SNT.png Montelavar
  Vila sede da antiga freguesia homónima do município de Sintra  
Montelavar, panorama. 01-19.jpg
Localização
Localização da antiga freguesia de Montelavar em Sintra.
Localização da antiga freguesia de Montelavar em Sintra.
País Portugal
Região Área Metropolitana de Lisboa
Concelho Sintra
Freguesia Almargem do Bispo, Pero Pinheiro e Montelavar
Outras informações
Orago Nossa Senhora da Purificação

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Montelavar é uma vila portuguesa sede da antiga freguesia homónima do município de Sintra, com 11,44 km² de área, 170 metros de altitude média e 3 559 habitantes (2011). A sua densidade populacional era 311,1 hab/km².

Foi elevada a vila em 12 de Junho de 2009.[1] Em 2013, no âmbito da reforma administrativa, a freguesia de Montelavar foi anexada às freguesias de Pero Pinheiro e Almargem do Bispo, criando-se a União de Freguesias de Almargem do Bispo, Pero Pinheiro e Montelavar.

População

População da freguesia de Montelavar [2]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
2 355 2 674 2 846 3 068 3 419 2 976 3 496 4 145 5 373 6 279 7 414 8 482 3 633 3 645 3 559

Com lugares desta freguesia foi criada em 1988 a freguesia de Pêro Pinheiro

História

Montelavar e os seus arredores localizam-se a norte e a leste da serra de Sintra, nos limites do concelho de Sintra. Desde tempos remotos que esta localidade é habitada. Já na Pré-História, mais propriamente no Neolítico verifica-se a fixação de povoados provisórios em seu redor. O motivo desta fixação pode ter sido devido a aspectos de ordem geográfica (os solos, o clima, a água…), ou ainda ligados à magnetização e aos astros.

Dentro das primeiras actividades, pode concluir-se pela observação de materiais arqueológicos, que estes primeiros habitantes de Montelavar tinham como base de sobrevivência a caça e a criação de animais. A agricultura nesta altura não nos aparece como actividade principal, talvez devido à fraca produção dos solos, que ainda hoje se verifica. No século I a.C. verifica-se a ocupação de toda a região pelos romanos. É a partir desta altura que Montelavar é integrada nos agri (campos) do Município Olisiponense, cuja sede, Olisipo, corresponde à actual Lisboa. Olisipo e seus agri constituíam, pois, um município de direito romano, invejável estatuto único na Lusitânia, além de relativamente raro no resto da península, o qual parece ter sido atribuído ainda por César, talvez no ano de 49 a.c.

Dentro do espólio arqueológico regional, permite supor que Montelavar tenha sofrido forte romanização pelo menos desde meados do século I a. C., tratando-se de um significativo grupo de inscrições funerárias que fornecem os nomes, relações familiares e outros dados. Eis alguns nomes encontrados em cipos funerários (feitos por canteiros romanos): Júlia Severa, Gaio Júlio, Marcos Fábio, Júlia Severa Audaloa.

Segundo a tradição popular, o primitivo local do "habitat" em estudo erguia-se no Outeiro, colina sobranceira ao povoado. Porém, são já da época romana os vestígios arqueológicos seguros e abundantes que conhecemos em Montelavar, vestígios que surgem fora do Outeiro, em concreto na proximidade da Rua do Espírito Santo e em toda a sua extensão, desdeo interior da povoação aos descampados conhecidos por limites de Abremum. De realçar também, terem sido os romanos a implementar a exploração dos jazigos da região.

Mais tarde e já no período da ocupação Árabe, Montelavar observa uma decadência da exploração dos seus mármores retornando à actividade agrícola. Os costumes e as tradições dos habitantes de Montelavar praticamente não são alterados limitando-se o ocupante a governar politicamente. De salientar que a ocupação da região foi pacífica. Nos séculos que se seguiram, durante a Idade Média, o povoado presencia a construção de uma Albergaria com fins religiosos.

Nos fins do século XV, no reinado de D. Manuel I, a povoação é elevada a freguesia. Após esta data ressurge muito lentamente a exploração do mármore, até que no século XVIII, nomeadamente com a construção do convento de Mafra e a recuperação da cidade de Lisboa após o terramoto, a extracção do mármore torna-se a principal actividade. Verifica-se também um forte aumento populacional com a chegada de canteiros de outras regiões do país. Nos fins do século XVIII estariam a trabalhar nesta região mais de 50.000 canteiros.

No século XIX aparecem as chamadas serrações que não eram mais do que um aproveitamento das azenhas de moer trigo, localizadas à beira dos ribeiros. O papel principal destas serrações era facilitar o corte da pedra, por meio de lâminas de ferro. Embora o corte da pedra fosse facilitado e mais rápido, havia um problema, só trabalhavam durante o Inverno porque no Verão, período seco, eram obrigadas a parar. Mais tarde, este problema foi solucionado com a adopção das serrações a energia pobre resultante da queima de carvão.

Uma actividade não principal mas também importante desta área era a moagem de trigo que podia ser feita ou através de azenhas movidas a água ou por meio dos moinhos de vento bastante vulgares nesta freguesia, e bem integrados na região saloia, com características bastantes específicas nomeadamente na sua construção. Os moinhos e azenhas entraram em declínio durante a primeira metade do século XX devido sobretudo ao aparecimento da energia eléctrica. O mesmo aconteceu com as serrações, que são substituídas por fábricas localizadas não à beira-rio, mas perto do local da exploração das jazidas.

Dentro da arquitectura salientamos as casas com traços tipicamente saloios. A maior parte das casas de primeiro andar foram construídas nos finais do século XIX, mostrando assim as condições financeiras dos seus habitantes, no auge da época próspera da transformação do mármore.

Património

Localidades

Referências

  1. Público. «Portugal tem cinco novas cidades e 22 vilas». Publico.pt. Consultado em 12 de junho de 2009. Arquivado do original em 15 de junho de 2009 
  2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes

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