metrosídero Metrosideros | |||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||
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Espécies | |||||||||||||
Cerca de 50 espécies Ver texto |
Metrosideros Banks ex Gärtner, 1788 é um género que engloba diversas árvores oriundas das ilhas do Oceano Pacífico, com distribuição desde as Filipinas à Nova Zelândia, incluindo as ilhas da Polinésia e da Melanésia. O nome deriva do grego metra ou "madeira do cerne" e sideron ou "ferro", uma referência à dureza da sua madeira.
Diversidade e distribuição geográfica
Existem aproximadamente 50 espécies de Metrosideros, repartidas por dois subgéneros: Mearnsia (24 espécies) e Metrosideros (26 espécies). A espécie mais conhecida deste género é o metrosídero ou árvore-de-fogo (Metrosideros excelsa), uma árvore de grande porte usada como ornamental e como árvore de abrigo em zonas costeiras da região temperada. Outras espécies com grande expansão como ornamentais são o Metrosideros robusta (rata-do-norte) e o Metrosideros umbellatus (rata-do-sul) da Nova Zelândia e o Metrosideros polymorpha, ou ‘Ōhi‘a lehua, das ilhas do Hawai.
A Nova Caledónia tem 17 espécies endémicas de Metrosideros, a Nova Zelândia tem 11 e a Nova Guiné e o Havai 5 espécies cada. As restantes espécies estão dispersas pelas pequenas ilhas do Oceano Pacífico, com uma única espécie a ser descrita como nativa da África do Sul.
As sementes de Metrosideros são dispersas pelo vento, o que explica sua ampla distribuição pela bacia do Pacífico a partir de uma origem que se presume tenha ocorrido na Nova Zelândia. O aparecimento da espécie no Havai é em primeira análise um fenómeno estranho, dado que os alísios sopram na direcção oposta à da dispersão (para oeste). Contudo, o padrão de ventos em altitude poderá ter trazido sementes das Ilhas Marquesas, o que é confirmado pela análise do RNA ribossómico (rRNA) das espécies havaianas, as quais parecem ter resultado de um único evento colonizador (a espécie havaiana M. polymorpha a apresentar grande similaridade com a M. collina, a espécie mais comum das Marquesas, a ponto de ter sido durante muito tempo considerada como uma subespécie daquela)
As árvores e arbustos do género Metrosideros são frequentemente cultivadas pelas suas vistosas flores vermelhas, havendo, contudo, algumas espécies, com destaque para o metrosídero, que são perigosas invasores capazes de pôr em risco as comunidades florestais nativas.
Alguns dos nomes que aparecem em catálogos de hortofloricultura, como M. villosa e M. vitiencensis, são simples variedades ou cultivares (em geral de M. collina) e não espécies na acepção botânica da palavra.
Lista de espécies do género Metrosideros
- Subgénero Metrosideros
- Metrosideros bartlettii (Nova Zelândia)
- Metrosideros boninensis (Ilhas Bonin)
- Metrosideros cherrieri (Nova Caledónia)
- Metrosideros collina (desde Vanuatu a sudoeste à Polinésia francesa a leste)
- Metrosideros engleriana (Nova Caledónia)
- Metrosideros excelsa (sinónimo de M. tomentosa) - metrosídero (Nova Zelândia)
- Metrosideros gregoryi (Samoa)
- Metrosideros humboldtiana (Nova Caledónia)
- Metrosideros kermadecensis (Ilhas Kermadec)
- Metrosideros macropus (Hawai)
- Metrosideros microphylla (Nova Caledónia)
- Metrosideros nervulosa (Ilha Lord Howe)
- Metrosideros nitida (Nova Caledónia)
- Metrosideros ochrantha (Fiji)
- Metrosideros oreomyrtus (Nova Caledónia)
- Metrosideros polymorpha - ‘ohi‘a lehua (Hawai)
- Metrosideros punctata (Nova Caledónia)
- Metrosideros robusta - rata-do-norte (Nova Zelândia)
- Metrosideros rugosa (Hawai)
- Metrosideros sclerocarpa (Lord Howe Island)
- Metrosideros tremuloides (Hawai)
- Metrosideros umbellata - rata-do-sul (Nova Zelândia)
- Metrosideros waialeaiae (Hawai)
- Subgénero Mearnsia
- M. albiflora (Nova Zelândia)
- M. angustifolia (África do Sul)
- M. brevistylis (Nova Caledónia)
- M. cacuminum (Nova Caledónia)
- M. carminea (Nova Zelândia)
- M. colensoi (Nova Zelândia)
- M. cordata (Nova Guiné)
- M. diffusa (Nova Zelândia)
- M. dolichandra (Nova Caledónia)
- M. fulgens (Nova Zelândia)
- M. halconensis (Filipinas)
- M. longipetiolata (Nova Caledónia)
- M. operculata (Nova Caledónia)
- M. ovata (Nova Guiné)
- M. paniensis (Nova Caledónia)
- M. parkinsonii (Nova Zelândia)
- M. patens (Nova Caledónia)
- M. perforata (Nova Zelândia)
- M. porphyrea (Nova Caledónia)
- M. ramiflora (Nova Guiné)
- M. rotundifolia (Nova Caledónia)
- M. salomonensis (Ilhas Salomão; a espécie já foi integrada em ambos os subgéneros)
- M. scandens (Nova Guiné)
- M. whitakeri (Nova Caledónia)
- M. whiteana (Nova Guiné)
Referências
- Wagner, W.L., D. R. Herbst, and S.H. Sohmer. 1999. Manual of the Flowering Plants of Hawaii. Revised edition. University of Hawai‘i Press and Bishop Museum Press, Honolulu. 1919 pp.
- Wright, S. D., C. G. Yong, S. R. Wichman, J. W. Dawson, and R. C. Gardner. (2001). Stepping stones to Hawaii: a trans-equatorial dispersal pathway for Metrosideros (Myrtaceae) inferred from nrDNA (ITS+ETS). J. Biogeography, 28(6): 769-774.
- Wright, S. D., R. D. Gray, and R. C. Gardner. (2003). Energy and the rate of evolution: inferences from plant rDNA substitution rates in the Western Pacific. Evolution, 57(12): 2893–2898.