Giuseppe Mazzini | |
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Giuseppe Mazzini, fundador da Jovem Itália | |
Nome completo | Giuseppe Mazzini |
Nascimento | 22 de junho de 1805[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] Gênova |
Morte | 10 de março de 1872 (66 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] Pisa |
Nacionalidade | Predefinição:ITAn |
Giuseppe Mazzini (Gênova, 22 de junho de 1805 — Pisa, 10 de março de 1872) foi um político, maçom e revolucionário da unificação italiana.[1][2]
História
Em 1830, tornou-se membro da Carbonária, uma sociedade secreta com objetivos políticos. A sua atividade revolucionária o obrigou a refugiar-se em Marselha, onde organizou um novo movimento político chamado Jovem Itália. O lema da sociedade era "Deus e o povo" e o seu objetivo era a união dos estados italianos numa única república, que seria a única condição possível de libertar o povo italiano dos invasores estrangeiros. O objetivo republicano e unitário deveria ser conseguido com uma insurreição popular. Mazzini fundou outros movimentos políticos pela libertação e unificação de outros estados europeus: a Jovem Alemanha, a Jovem Polônia e por fim a Jovem Europa.
Do exílio, Mazzini continuou a perseguir o seu objetivo, em meio à adversidade com inflexível constância. Todavia a sua importância foi mais ideológica que prática. Depois do fracasso da revolução de 1848, durante a qual Mazzini esteve à frente da breve experiência da República de Roma, os nacionalistas começaram a ver no rei de Sardenha e em Camilo Benso, Conde de Cavour, os líderes do movimento de reunificação. Isto significou separar a unificação da Itália da reforma social e política proposta por Mazzini.
Cavour foi hábil na construção de uma aliança com a França e na condução de uma série de guerras que levaram ao nascimento do estado italiano entre 1859 e 1861, mas a natureza política do novo Estado estava bem longe da república de Mazzini.
Mazzini jamais aceitou a monarquia e continuou a lutar pela sua "doutrina simultaneamente mística e republicana, recusando aliança com o socialismo marxista".[3] Em 1870, foi de novo preso e condenado ao exílio, mas ele retorna, com nome falso, a Pisa, onde viveu até sua morte em 1872. O seu corpo foi embalsamado para o professor Paolo Gorini.
Os seus escritos foram publicados pelo editor G. Daelli, de Milão, em 18 volumes, dos quais 7 foram revistos por Mazzini.
Foi Nietzsche quem escreveu: "Um grande homem, na linguagem corrente, não precisa ser bom nem nobre - eu não tenho memória que a um só homem neste século tenham sido dados estes três qualificativos, mesmo pelos seu inimigos: Mazzini."
Críticas
Karl Marx, falando a R. Landor in 1871, disse que as ideias de Mazzini representavam nada mais que a velha ideia de uma república das classes médias. Marx acreditava que após a revolução de 1848 a classe-média adotara um ponto de vista reacionário e nada mais tinha a ver com o proletariado.[4]
Unificação europeia
Mazzini advogava a formação dos Estados Unidos da Europa, como consequência natural da unificação italiana. Sua ideia antecedeu em um século a formação da União Europeia.
Referências
- ↑ The Italian Unification Página visitada em 22 de junho de 2012
- ↑ Rogers, Perry. Aspects of Western Civilization: Problems and Sources in History. Vol II. Sixth Ed., New Jersey, 2008. Página visitada em 22 de junho de 2012
- ↑ Cesare Spellazon, "Giuseppe Mazzini" in Dictionnaire biographique des Auteurs de tous les temps et de tous les pays, III vol., Éditions Robert Lafont, 1990, pp. 334-335
- ↑ Interview with Karl Marx
Ligações externas
- «Biografia de Mazzini» (em italiano)
- «Textos de Mazzini» (em italiano)