Na filosofia, a matéria é objeto de estudos da ontologia, a disciplina que se preocupa em responder basicamente à pergunta: "Que existe?" A matéria é definida em alguns sistemas filosóficos como manifestação da realidade, em oposição à ideia.
O filósofo Orlando Vitorino, do movimento chamado Filosofia Portuguesa, afirma que comprovam os eruditos que foi Aristóteles que primeiro deu conceito à palavra matéria (ou àquela que os latinos traduzem, com milagrosa correcção, por matéria). Ora, nesse conceito a matéria é, em si mesma, o nada. Não o nada no sentido que lhe deram os filósofos cristãos, como José Marinho, M. Heidegger ou Hegel, inspirados na imagem bíblica segundo a qual o mundo foi criado do Nada, mas no sentido do nenhum, onde coisa alguma é, e do nenhures, onde coisa alguma existe[1].
Lênin define a matéria como "uma categoria filosófica para designar a realidade objetiva que é dada ao homem nas suas sensações, que é copiada, fotografada, refletida pelas nossas sensações, existindo independentemente delas".