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Martinho Prado Júnior

Martinho Prado Júnior

Martinho da Silva Prado Júnior (São Paulo, 1843[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] — São Paulo, 24 de maio de 1906[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]) foi político e empresário brasilleiro.

Também conhecido como Martinico Prado. Foi maçom, e nasceu em 17 de novembro de 1843, na cidade de São Paulo, Era filho de Martinho da Silva Prado e Veridiana Valéria da Silva Prado, abastada e tradicional família paulista. Seu pai foi deputado provincial de São Paulo por três legislaturas e sua mãe era filha do Barão de Iguape.

Como seus pais viviam na fazenda Campo Alto, no município de Limeira (depois Araras), passou parte de sua infância na casa de seus avôs maternos em São Paulo. Fez os primeiros estudos com professores particulares até o término do curso de humanidades .

Em 1860, aos 17 anos de idade, Martinico ingressou na Faculdade de Direito de São Paulo. Para surpresa de sua família e das classes conservadoras paulistas, passou a defender os princípios dos movimentos libertários e democráticos europeus e a criticar a centralização absolutista do governo imperial de D. Pedro II. Em 1865, fundou um jornal chamado "O Acadêmico", expressando sua revolta e crítica pelo governo monárquico e partiu para a campanha brasileira na Guerra do Paraguai. [1].

Após o término da guerra, voltou à faculdade e formou-se em 1866 e, já no ano seguinte, atuou como Promotor Público em São Paulo. A primeira experiência política de Martinico Prado envolveu a ocupação do cargo de Procurador Distrital de São Paulo, em 1867.

Em 1868 casou-se com Albertina de Morais Pinto e passou a residir no interior do estado de São Paulo, administrando as fazendas de seu pai, a Campo Alto e Santa Cruz.O casal teve 12 filhos e até mesmo na criação deles diferenciou-se do restante da família, dando total liberdade aos filhos no que diz respeito aos modos e na relação com os pais.[1]

Além de agricultor, mais tarde, em 1876 assumiu a cadeira de vereador em Araras. Também foi deputado na Assembleia Provincial de São Paulo, pelo Partido Republicano Paulista, por quatro legislaturas, tendo a primeira começado em 1878 e a última terminado em 1889. Foi defensor da abolição dos escravos.

Entusiasmado pela riqueza de Ribeirão Preto, adquire terras de José Bento Junqueira, formando a fazenda "Albertina" em homenagem à sua esposa. É nesta região também que, junto com seu irmão Antônio da Silva Prado, proprietário da Fazenda São Martinho, adquire a fazenda de João Franco de Moraes Octávio, formando a Fazenda Guatapará [2].

Com estas duas fazendas, Martinico e seu irmão Antônio da Silva Prado, foram, por algum tempo, os maiores produtores de café do mundo, sendo que a Fazenda Guatapará foi visitada pelo Rei da Bélgica em 1923.

Martinico foi um grande incentivador do povoamento e colonização da região de Ribeirão Preto e divulgador das qualidades da terra roxa da região da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro. Empenhou-se em uma campanha para que a extensão dos trilhos da Companhia Paulista de Estradasde Ferro partisse da estação de Cordeiro e não de Rio Claro [2] . A ligação dos Prado com esta companhia era tão forte, que muitos acreditavam que ela era propriedade da família. Que não deixava de ser verdade devido à rede de amigos e parentes associados à esta empresa, permitindo praticamente o controle completo e efetivo dela [1].

Martinico também era proprietário de grandes casas de exportação, localizadas principalmente perto do porto de Santos, executando o transporte, armazenamento e comercialização do café. Uma das mais conhecidas era a Companhia Prado e Chaves Exportadora., aliança da família Prado com Pacheco Chaves (Elias Pacheco Chaves era seu cunhado).

No ano de 1876, Martinico tornou-se sócio-fundador da Sociedade Promotora de Imigração, uma entidade sem fins lucrativos com o objetivo de introduzir no Brasil o imigrante europeu [1]. Esta associação o impeliu mais tarde, precisamente entre 1878 a 1879, a atuar como Deputado na Assembleia Provincial de São Paulo.

Ainda como fatos marcantes em sua biografia cumula a participação na fundação do Partido Republicano Paulista, o comando do movimento abolicionista em São Paulo e a organização da imigração italiana. Suportando seus ideais políticos, empregou em sua fazenda Guatapará assalariados livres e posteriormente famílias européias imigrantes [2].

Casou-se, em São Paulo, com Albertina de Morais Pinto, em 22 de janeiro de 1869, com quem teve 12 filhos. Foi avô do historiador e político Caio Prado Júnior.[3]

Bibliografia

  • ________ Centenário de Martinico Prado, Martinho Prado Júnior - in Memoriam (1843-1943), São Paulo, Pocai e Cia, 1944.

Referências

  1. 1,0 1,1 1,2 1,3 «HISTÓRICA - Revista Eletrônica do Arquivo do Estado». www.historica.arquivoestado.sp.gov.br. Consultado em 7 de junho de 2020 
  2. 2,0 2,1 2,2 «Plataforma Verri». www.plataformaverri.com.br. Consultado em 7 de junho de 2020 
  3. http://www.historica.arquivoestado.sp.gov.br/materias/anteriores/edicao35/materia05/

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