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Manuel Pinto Neto da Cruz | |
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Manuel Pinto Neto da Cruz,[nb 1] barão com grandeza de Muriaé CvC (Campos dos Goytacazes, 26 de fevereiro de 1790 – Campos dos Goytacazes, 12 de junho de 1855) foi um fidalgo e abastado fazendeiro brasileiro.
Grande do Império, foi fidalgo cavaleiro, comendador da Imperial Ordem de Cristo e cavaleiro da Ordem Militar de Cristo. Elevado a barão por decreto de 15 de abril de 1847
Filho do Capitão Jerônimo Pinto Neto e de D. Antonia Joaquina da Cruz; era primo de Joaquim Pinto Neto dos Reis, primeiro barão de Carapebus.
Foi abastado senhor de terras e escravos em Campos dos Goytacazes (RJ), era proprietário, entre outras, da Fazenda São Francisco de Paula, depois conhecida como Fazenda da Baronesa, cujo imponente solar pertence à Academia Brasileira de Letras.
Sua família recebeu o Imperador Dom Pedro II em diversas ocasiões. Escreveu Alberto Lamego : “O velho solar que guarda o nome de “fazenda da baroneza”, que hospedou testas coroadas e fidalgos, em cujos salões faiscantes de prataria e cristaes, tiveram lugar os mais afamados banquetes e bailes da época”. A "Collecção D. Rosa Joaquina", em Macaé (RJ), guarda grande parte do recheio proveniente do Solar da Baronesa, como, por exemplo, peças do histórico serviço "Vieux Paris", comprado para receber o Imperador em 1847.
Descendência
Casou-se com a campista Raquel Francisca Ribeiro de Castro, "Quequé", nascida a 2 de março de 1798 e falecida em 28 de setembro de 1881. Em 1880, já viúva, foi feita Viscondessa de Muriaé. A viscondessa era filha de Manuel Antônio Ribeiro de Castro, barão com grandeza de Santa Rita, e de Ana Francisca Batista de Almeida Pinheiro, conhecida como "A Fortuna", por ser herdeira de imenso latifúndio.
Desse casamento foram gerados:
- Manuel Pinto Neto da Cruz Filho (1821-1870), engenheiro, proprietário de elegante casa em São Martinho, onde recebeu a Princesa Isabel e o Conde d’Eu, em 1868. Casou-se com sua prima Maria Pinto Neto da Cruz(1831), "Marrequinha Carapebus", única mulher agraciada com uma honraria (Dama Honorária do Palácio) durante a primeira visita de Dom Pedro II, em 1847, filha dos primeiros barões de Carapebus, portanto, irmã do conde de Carapebus. O casal testou, a duas mãos, no dia 9 de abril de 1859, e não deixou descendência.
- Maria Antônia de Castro Neto (1824-1909), "Totonha", viscondessa de Santa Rita, casada com seu tio materno José Ribeiro de Castro, visconde de Santa Rita. Com descendência.
- Ana Joaquina de Castro Neto (1825-1895), "Quiquinha", herdeira da Fazenda e Solar São Francisco de Paula, ditos da Baronesa (Campos), casada com seu tio materno o comendador Antônio Ribeiro de Castro, abastado fazendeiro, formado em direito em Coimbra e que recebeu o título de cavaleiro da Imperial Ordem da Rosa, em 15 de abril de 1847, sendo membro de confrarias religiosas e instituições científicas no Brasil e no exterior. Com descendência.
- Jerônimo Pinto Neto, médico, casado com sua prima Raquel Francisca de Almeida Pereira (1837-1874), "Chicá Almeida", filha do comendador João de Almeida Pereira, pais de: Manoel Pinto Neto da Cruz Sobrinho, casado com Joaquina do Loreto Lima Nogueira da Gama, filha dos barões de Santa Monica, sem geração.
- Francisca Carolina de Castro Neto (1829), "Chichizinha", casada com José de Siqueira Tinoco (1818-1881), médico, cavaleiro da Imperial Ordem da Rosa, proprietário da Fazenda de São Pedro na Freguesia de Nossa Senhora da Natividade do Carangola, com importante fábrica movida a água, filho do capitão José Ferreira Tinoco e de Ana Edwiges da Conceição Siqueira, sendo, portanto, sobrinho do visconde e irmão da viscondessa de Itabapuana. Com descendência.
- Raquel Francisca de Castro Neto (1830-1926), "Quequézinha", condessa consorte de Araruama por seu casamento com o primo Bento Carneiro da Silva (1826-1892), conde de Araruama, político, empresário, proprietário da Fazenda da Mandiquera (Quissamã), filho dos primeiros viscondes de Araruama. Com descendência.
- Antônia Carolina de Castro Neto (1834-1916), "Sinhazinha" ou "Cazuza", casada com Aires Pinto de Miranda Montenegro (1831-1873), o "Nhô Pequeno", comendador, político, filho dos segundos Viscondes de Vila Real da Praia Grande. Com descendência, sendo pais da Baronesa de Maia Monteiro.
Notas
- ↑ A grafia original do nome do biografado, Manoel Pinto Netto da Cruz, deve ser atualizada conforme a onomástica estabelecida a partir do Formulário Ortográfico de 1943, por seguir as mesmas regras dos substantivos comuns (Academia Brasileira de Letras – Formulário Ortográfico de 1943). Tal norma foi reafirmada pelos subsequentes Acordos Ortográficos da língua portuguesa (Acordo Ortográfico de 1945 e Acordo Ortográfico de 1990). A norma é optativa para nomes de pessoas em vida, a fim de evitar constrangimentos, mas após seu falecimento torna-se obrigatória para publicações, ainda que se possa utilizar a grafia arcaica no foro privado (Formulário Ortográfico de 1943, IX).
Referências
- LAMEGO, Alberto. A Terra Goytacá: À luz de documentos inéditos. Niterói: Diário Oficial, Tomo Sexto, 1943, p. 108–9.
- LAMEGO, Alberto. A Terra Goytacá: Á luz de documentos inéditos. Niterói (RJ): Diário Oficial, Tomo Quinto, 1942, p. 64.
- DREYFUS, Jenny. Louça da Aristocracia no Brasil. Rio de Janeiro: Monteiro Soares Editores e Livreiros, 1982, p. 291.
- CASADEI, Thalita de Oliveira. D. Pedro II na Planície Goitacá: as viagens do Imperador ao norte da Província do Rio de Janeiro. 1985.