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Manuel Monteiro

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Manuel Monteiro
Presidente do CDS – Partido Popular
Período 22 de março de 1992
a 22 de março de 1998
Antecessor(a) Diogo Freitas do Amaral
Sucessor(a) Paulo Portas
Presidente do Partido da Nova Democracia
Período 2003
a 2008
Sucessor(a) Joel Viana
Dados pessoais
Nome completo Manuel Fernando da Silva Monteiro
Nascimento 1 de abril de 1962 (62 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]
Lisboa, Lisboa, Portugal
Alma mater Universidade Católica Portuguesa
Universidade Lusíada de Lisboa
Partido CDS-PP (1978-2003, 2020-)
PND (2003-2010)
Independente (2010-2020)
Profissão Jurista
Professor

Manuel Fernando da Silva Monteiro (Lisboa, 1 de Abril de 1962) é um jurista, professor e político português.

Biografia

Nascido em Lisboa, viveu durante a infância em Vieira do Minho, Anissó.

Estudava no Liceu Passos Manuel, em Lisboa (foi colega de turma de António Costa), quando aderiu à Juventude Centrista, estrutura onde chegou a presidente em 1986. Seis anos depois, apoiado por Adriano Moreira e Nuno Krus Abecasis, assumia a liderança do Centro Democrático Social, num congresso realizado em Lisboa, em 1992, e no qual derrotou Basílio Horta — candidato que representava a ala de Diogo Freitas do Amaral — e António Lobo Xavier.[1]

Protagonista de uma renovação geracional dentro do CDS, tinha atrás de si um grupo de jovens que ficaria para a história do partido como o grupo dos cinco — Manuel Monteiro, Jorge Ferreira, Gonçalo Ribeiro da Costa, Luís Nobre Guedes e Luís Queiró —, mas que, de facto, tinha um sexto elemento que nem sequer era militante do partido: Paulo Portas, então diretor de O Independente, jornal que tinha como acionista maioritário Nobre Guedes.[2] Portas, de resto, só em 1995 sairia da sombra, ao ser incluído por Monteiro nas listas do partido no círculo de Aveiro, nas legislativas daquele ano.

A renovação protagonizada por Manuel Monteiro no CDS fez-se sentir sobretudo no plano ideológico. Durante a sua liderança, Monteiro optou por um discurso de ruptura em relação às gerações anteriores que asseguraram a direção do partido, nomeadamente quanto às questões europeias, manifestando-se frontalmente contra o federalismo e a favor de uma Europa das nações onde a soberania de cada Estado deveria ser preservada.[3] Nessa linha, reprovou também o Tratado de Maastricht e a União Económica e Monetária, defendendo a possibilidade dos Estados-membros adoptarem, facultativamente, políticas definidas em comum. Defensor da realização de um referendo para a ratificação do Tratado de Maastricht, promoveu uma consulta interna sobre o Tratado da União Europeia no qual este foi rejeitado por 90% dos militantes. Na sequência destes resultados, Freitas do Amaral pediu a demissão do partido, a que se seguiu o abandono dos eurodeputados Luís Beiroco e Carvalho Raposo.[1] Em 1994 propôs-se a defender essas ideias no seio das instituições europeias, ao ser eleito deputado ao Parlamento Europeu. Foi também na sua direção que foi acrescentada a designação de Partido Popular à abreviatura CDS.[1]

Nas eleições legislativas de 1995, em que o PSD de Fernando Nogueira sofreu uma pesada derrota, o CDS-PP alcançou uma das maiores votações de sempre, com mais de meio milhão de votos e 15 deputados eleitos.[3]

Já em 1998, invocando um mau resultado nas eleições autárquicas realizadas no ano anterior, Monteiro anunciou a demissão da direção do partido.[1] Num congresso realizado em Braga, surgiu como apoiante da candidatura de Maria José Nogueira Pinto, em detrimento da candidatura de Paulo Portas, que fora um dos estrategas no período da sua liderança. Seria, contudo, o próprio Portas a conquistar a liderança do partido, iniciando um ciclo que duraria quase 20 anos à frente do CDS-PP. Monteiro diria mais tarde, em entrevista, que zanga com Portas «destruiu o sonho do PP»[4]

Partido Nova Democracia

Em 2003, desfiliado do CDS-PP, fundou uma nova estrutura, a Nova Democracia, cuja liderança abandonou em novembro de 2008.[5] Desde 2010 — e depois de ter sido cabeça de lista do PND/Missão Minho no círculo de Braga, nas legislativas de 2009, onde obteve 0,77% — afastou-se de quaisquer atividades partidárias.

Formação

Jurista de profissão, Manuel Monteiro é licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa. Exerceu funções na Confederação da Indústria Portuguesa e no Banco Comercial Português e lecionou no Instituto Politécnico de Tomar,[6] na Universidade Lusíada de Lisboa e na Universidade Lusíada do Porto, onde é hoje professor. Em 2012 defendeu uma tese de doutoramento na Universidade Lusíada do Porto, com o título Do recenseamento eleitoral em Portugal.[7]

Regresso

Em Setembro de 2019, voltou a filiar-se no CDS[8].

Em janeiro de 2021, 24 anos depois da sua última aparição na campanha para as eleições autárquicas de 1997, participa novamente numa ação de campanha do partido, como orador da candidatura liderada por Areia de Carvalho do distrito de Braga. O ex-líder dos centristas discursa no auditório do Museu de Arqueologia Dom Diogo de Sousa[9].

Em abril de 2022 declarou o seu apoio ao candidato à liderança Nuno Melo, considerando que é o eurodeputado que está em melhores condições para assumir o cargo. Numa intervenção perante o 29.º Congresso disse ainda estar “perfeitamente disponível” para ajudar o futuro do presidente, “sem cargos, sem qualquer estatuto” que não seja o de ter sido líder da Juventude Centrista e presidente do CDS-PP.[10]

Referências

  1. RedirecionamentoPredefinição:fim
Precedido por
Freitas do Amaral
Presidente do CDS-PP
1992 - 1998
Sucedido por
Paulo Portas
  1. RedirecionamentoPredefinição:fim
Precedido por
Partido da Nova Democracia
2003 - 2008
Sucedido por
Joel Viana
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