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Major Alvega

Major Alvega é uma personagem fictícia, ás da aviação anglo-portuguesa da RAF (Royal Air Force, a Força Aérea britânica), e herói da série de banda desenhada que fez grande furor nas décadas de 1960 e 1970 em Portugal, aparecendo recorrentemente nas páginas de pequeno formato da revista juvenil "O Falcão".[1]

No título original em inglês chamava-se "Battler Britton - England's Fighting Ace of Land, Sea and Air" [2][1] e foi criado em 1956 para a revista britânica Sun, por Mike Butterworth (argumento) e Geoff Campion (desenho) e chegou a ser desenhado por vários desenhistas de renome tais como, Hugo Pratt, José Ortiz, Dino Battaglia ou Luigi (Gino) D'Antonio para a editora Fleetway.[2] Foi protagonista das mais variadas aventuras, todas caracterizadas por muita acção, suspense e um toque de humor, nas quais defrontou (e venceu) alguns dos mais importantes intervenientes da Segunda Guerra Mundial: Rommel, Goering, Hitler e Mussolini.

No entanto, numa época em que a censura (ao serviço de um Estado Novo fervorosamente nacionalista) obrigava todos os heróis do género a figurarem nomes portugueses (e por consequência alguma forma de ascendência lusa), o protagonista seria rebaptizado por Mário do Rosário, director da revista "O Falcão", e por Anthímio de Azevedo, o tradutor, para Jaime Eduardo de Cook e Alvega, um ribatejano por via paterna e inglês por via materna, que teria estudado em Coimbra, tendo também sido alterada a sua patente de tenente-coronel para Major.[2][1]

Série televisiva

O Major Alvega veria a sua última aventura impressa em 1987, mas acabaria por retornar num novo formato, a televisão. No fim da década de 1990 do século XX, a RTP daria nova vida ao personagem numa série que combinava atores verdadeiros, como Ricardo Carriço (Major Jaime Eduardo de Cook e Alvega), Rosa Bella (Fräulein Helga Schmidt), António Cordeiro (Coronel Helmut von Block) e Henrique Canto e Castro (Sir Hugh Dowding) com cenários de animação e a narração de Fernando Pessa. Produzida pela Miragem e realizada por Henrique Oliveira, a série constituiu um avanço importante em termos de originalidade e técnica de produção em Portugal, apesar da curta duração da mesma.

Referências

  1. 1,0 1,1 1,2 F. Cleto e Pina (5 de julho de 2006). «Major Alvega de volta aos quadradinhos». Jornal de Noticias. Consultado em 26 de março de 2011 
  2. 2,0 2,1 2,2 Pedro Cleto (20 de outubro de 2008). «RECORTES DE IMPRENSA - "É visível o prazer que tive em desenhá-lo"». Bedeteca. Consultado em 13 de agosto de 2013  (arquivado).

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