𝖂𝖎ƙ𝖎𝖊

Magia branca

Magia branca tradicionalmente faz referência ao uso de poderes sobrenaturais ou magia para fins bons e altruístas. No que diz respeito à filosofia do Caminho da Mão Esquerda e Caminho da Mão Direita, a magia branca é a contraparte benevolente da magia negra maliciosa. Por causa de seus laços com o tradicional culto pagão à natureza, a magia branca também é frequentemente referida como "magia natural".

História

Origens iniciais

Em seu livro de 1978, A History of White Magic, o reconhecido autor ocultista Gareth Knight traça as origens da magia branca às primeiras adaptações da religião paleolítica e o inicio da história religiosa em geral, incluindo as tradições politeístas do Antigo Egito e as ideias monoteístas posteriores do judaísmo e do cristianismo primitivo.[1]

Em particular, ele traça muitas das tradições da magia branca ao culto inicial dos "deuses e deusas da fertilidade e da vegetação que eram geralmente adorados em templos no topo de colinas" e eram "atrativos para uma raça nômade estabelecendo-se a uma vida agrícola".[1] Enfoca em particular nas tribos nômades de língua hebraica e sugere que os primeiros judeus viram o culto de divindades mais em termos de atavismo do que ao mal. Foi somente quando o Império Romano, politeísta e pagão, começou a se expandir que os líderes judeus começaram a se manifestar contra essas ideias.[1]

Interpretações modernas

Em seu livro de 2009, Magic and Alchemy, Robert M. Place oferece uma ampla definição moderna tanto da magia negra como da branca, preferindo se referir a elas como "alta magia" (branca) e "baixa magia" (negra) com base principalmente nas intenções do praticante que as emprega.[2] Sua definição moderna sustenta que o objetivo da magia branca é a de "fazer o bem" ou "trazer o praticante a um estado espiritual mais elevado" da iluminação ou consciência.[2] Ele reconhece, no entanto, que essa definição mais abrangente (de "alta" e "baixa") padece de preconceitos visto que a magia popular bem intencionada poderá ser considerada "baixa", enquanto que a magia cerimonial envolvendo componentes dispendiosos ou exclusivos poderá ser considerada por alguns como "alta magia", independentemente das intenções.[2]

De acordo com Place, efetivamente toda a magia xamanística pré-histórica seria magia branca "de auxílio" e, portanto, a essência básica dessa magia constituí a base da magia branca moderna: a cura de doenças ou ferimentos, adivinhar o futuro ou interpretar sonhos, encontrar itens perdidos, apaziguar os espíritos, controlar o tempo ou a colheita e gerar boa sorte ou bem-estar.[2][3]

Culto à Deusa

Ainda que não seja exclusivamente uma persecução feminina, a magia branca moderna é muitas vezes associada a conceitos estereotipados femininos como ao de uma deusa mãe, fadas, espíritos da natureza, união com a natureza e culto à deusa.[4] Nas histórias ou contos de fadas modernos, a ideia de "bruxaria branca" é muitas vezes associada a uma avó bondosa ou um espírito materno carinhoso. A ligação entre a magia branca e a Mãe Terra é um tema regular na obra escrita da praticante Marian Green.[4]

Place explica este conceito com referências a adoração à deusa egípcia antiga.[2]

Ver também

Referências

  1. 1,0 1,1 1,2 A History of White Magic by Gareth Knight (Skylight Press, 2011 reprint)
  2. 2,0 2,1 2,2 2,3 2,4 Magic and Alchemy by Robert M. Place (Infobase Publishing, 2009)
  3. Gravuni, Antonio Vilmar. As trinta e cinco viagens de um bruxo - G777m - S.I.: s.n. 2012.
  4. 4,0 4,1 White Magic by Marian Green (Southwater, 2004)

Predefinição:Tradução/ref

talvez você goste