Madina do Boé é uma cidade e sector que se situa na zona Sueste da Guiné-Bissau, a sul de Gabu (antiga Nova Lamego) com 3,287,8 km² [1].
É um dos sectores mais pobres de toda a Guiné-Bissau.
Habitam em Madina do Boé cerca de 12 000 pessoas, distribuídas em cerca de 85 povoações, onde a etnia Fula é predominante.
Geografia
Grande parte do sector é dominado pelas paisagens das Colinas de Boé, uma extensão ocidental noroeste do maciço de Futa Jalom.[2] Cortam e delineiam as paisagens do território os rios Corubal, Fefine e Mael Bane.
História
Factos ocorridos neste sector:
- retirada do exército português no início de fevereiro de 1969 (retirada essa, conhecida por Desastre do Cheche, que provocou a morte de 47 militares portugueses ao atravessar o rio Corubal.[3]
- realização em julho de 1973 em Fulamor (na zona Oriental de Madina do Boé), do 2º Congresso do PAIGC ou PAIGCV (Partido Africano pela Independência da Guiné e Cabo Verde).[4]
- em 24 de setembro de 1973, na vila de Lugajole, foi proclamada a Independência Unilateral da Guiné-Bissau pelo PAIGC e Luís Cabral eleito Presidente do Conselho de Estado.
Economia
Este setor é rico em bauxite, cuja exploração poderá ter um impacto positivo na atividade económica na região. Contudo, tem vindo a reflectir-se no já frágil equilíbrio ecológico dos parques naturais circundantes (Parque Nacional de Boé)[5].
Referências
- ↑ http://www.stat-guinebissau.com/publicacao/guinebissau-em-numero2015.pdf
- ↑ Casamá, Lassana (21 de setembro de 2015). «Guiné-Bissau assinala 42 anos de independência». Voz da América
- ↑ Ciência Hoje (Marlene Moura). «Desastre de Cheche: «Dignificar morte» de antigos combatentes» (em português). Consultado em 3 de Novembro de 2011
- ↑ PAIGC. «Congresso» (em português). Consultado em 3 de Novembro de 2011. Arquivado do original em 5 de janeiro de 2009
- ↑ Benzinho, Joana; Rosa, Marta (2018). Guia Turístico - À Descoberta da Guiné-Bissau. Coimbra: Afectos com Letras, UE. 16 páginas