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MPEG

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Em engenharia, o Grupo de Especialistas em Imagens com Movimento (do inglês: Moving Picture Experts Group -MPEG) é um grupo formado pela instituição padronizadora "Organização Internacional para Padronização" (do inglês International Organization for Standardization - ISO) para definir padrões para a compressão e transmissão de áudio e vídeo.[1]

Teve a primeira reunião ocorreu pela iniciativa de Hiroshi Yasuda (Telegraph Nippon e telefone) e Leonardo Chiariglione[2], presidente do grupo desde a sua criação. em Maio de 1985 em Ottawa, Canadá. No final de 2000, o MPEG evoluiu para incluir aproximadamente 350 membros oriundos de várias indústrias, universidades e instituições de pesquisa. A designação oficial do MPEG está no ISO/IEC JTC1/SC29 WG11 - Coding of moving pictures and audio (Codificação de vídeos e áudio).[3][4][5][6]

Histórico

Na década de 1980 ficou claro a necessidade de aliar imagem com tecnologia digital. Nesse sentido, em 1988 ISO esquematizou o MPEG (Moving Picture Experts Group), para desenvolver padrões para o vídeo digital.[7] Foram definidos três itens a serem desenvolvidos:

  1. vídeo e áudio associados a uma taxa de 1.5 Mbps (mais tarde chamado de MPEG-1);
  2. imagens em movimento e áudio associados a uma taxa de 10 Mbps (mais tarde chamado de MPEG-2);
  3. imagens em movimento e áudio associados a uma taxa de 60 Mbps (mais tarde reduzido para 40 Mbps e então cancelado).

MPEG 1 era orientado como imagem digital armazenada em Mídia de armazenagem digital (DSM - Digital Storage Media).

MPEG-2 foi orientado como broadcast. MPEG-3 para televisão de alta-definição HDTV (high definition television) que em portugûes = Televisão digital de alta definição.

Enquanto os padrões se desenvolviam ficou claro que as técnicas empregadas nos padrões poderiam ser usados em qualquer bitrate (quantidade de bits necessários para codificar um segundo de informação, seja esta vídeo, áudio ou ambos).

Assim o título dos que incluíam a taxa de transmissão, foram alterados para MPEG-1 e MPEG-2 e ficou claro que MPEG-2 poderia satisfazer as necessidades do HDTV, assim, o MPEG-3 foi descartado.

O papel do MPEG Systems

O vídeo, áudio, ou qualquer outra informação para um serviço codificado em MPEG, deve ser multiplexado num único fluxo de bits.

Essa é a principal tarefa do MPEG-2 Systems. SPTS e MTPS

Quando o multiplexador está recebendo um fluxo de bits de vídeo e áudio comprimidos, como eles devem ser multiplexados para que o decodificador possa obtê-los sincronizados? Uma outra tarefa do sistema é fornecer meios para essa sincronização.

Apesar de que um fluxo MPEG representa um fluxo constante de bits, os bits precisam ser organizados em grupos (pacotes) para que erros de bit não se propaguem além das fronteiras de um único pacote.

Geralmente, quanto maior o pacote, mais suscetível ele é aos erros de bit.

Por outro lado, agrupando os bits em pacotes cria um maior tráfego para acomodar os cabeçalhos dos pacotes.

Geralmente quanto menores os pacotes, maior o tráfego.

Assim, existe um tradeoff entre escolher o tamanho do pacote e sua resiliência e eficiência.

Pode-se considerar portanto que formar pacotes é uma terceira função para os MPEG Systems.

Na maioria dos casos, decodificadores necessitam de Informações Específicas do Programa (PSI - Program Specific Information) para decodificar o os dados que chegam.

Fornecer estas PSIs é a quarta tarefa do MPEG Systems.

Um MPEG Systems deve:

  1. Multiplexar fluxos de bits individuais num único fluxo de bits.
  2. Prover maneiras para sincronizar os fluxos de bits que compôem um serviço de áudio e/ou vídeo.
  3. Empacota os bits em grupos.
  4. Provê informações específicas chamadas PSI.

Nos MPEG-2 Systems, um programa é definido como o conjunto de Fluxos Elementares significativos, como áudio e vídeo, que têm a mesma base de tempo.

Existem diferentes formas de se detectar movimento de objetos numa sequência de imagens.

O padrão MPEG adota algoritmos de MEC baseados em casamento de blocos.

Este algoritmo consiste na procura de um bloco de tamanho fixo (16x16 pixels no padrão MPEG) de um quadro em uma janela de busca em um quadro seguinte (ou anterior).

Esta janela pode ser de tamanho variável mas o tamanho usual é de 30x30 pixels [BK97].

O Vídeo MPEG

Um arquivo MPEG é um arquivo digital contendo vídeo e áudio digitais codificados seguindo determinados padrões de compressão e armazenados em um dado formato específico.

O comitê ISO especifica separadamente o tratamento de áudio e de vídeo, permitindo streams sem áudio, por exemplo.

Um filme é uma sequência de blocos.

Cada bloco do filme contém seções individuais para o vídeo e para o áudio.

A sincronização entre o vídeo e o áudio é feita através de marcadores de tempo que são afixados durante a codificação nos identificadores de blocos.

Compressão MPEG

Ver artigo principal: Compressão de vídeo

O padrão MPEG especifica 3 tipos de quadros comprimidos no arquivo de saída.

Nos quadros I (Intraframe) somente se aplicam algoritmos de redução de redundância espacial.

Nos quadros P (Predicted) e B (Bidirectionally Predicted) também se aplicam algoritmos de redução de redundância temporal.

No caso dos quadros B a predição de movimento é bidirecional, ou seja, é feita com quadros no passado e no futuro em relação ao quadro sendo codificado.

Os quadros apresentam diferentes taxas de compressão, sendo que os quadros B apresentam a maior taxa, seguidos dos P e dos I.

Isto se deve ao fato de que nos quadros I eliminamos apenas a redundância espacial.

Quanto maior a compressão maiores as perdas de qualidade sofridas nos quadros, por isso há a necessidade de intercalar quadros I de tempos em tempos para permitir a “restauração” da qualidade do sinal e também acesso aleatório aos quadros do filme.

O padrão publicado pela ISO especifica o formato final do arquivo comprimido, deixando margem para que diferentes abordagens possam ser utilizadas, com diferentes compromissos entre compressão e complexidade computacional.

Além disso, também fazem parte do padrão:

  • Uso da transformada discreta de cosseno (DCT), seguida de Quantização e Run Length Encoding [Hel96] (RLE) para redução da redundância espacial de cada quadro do filme;
  • Uso de Motion Estimation e Motion Compensation (MEC) preditiva e interpolativa para redução de redundância temporal entre quadros e
  • Uso de Codificação de Huffman [Huf52] ao final do processo, gerando a compressão efetiva.

A DCT faz uma transformação na imagem, mudando o domínio de representação da mesma.

Este processo não introduz perdas de qualidade na imagem, sua utilização se dá porque ela permite uma representação mais compacta da imagem, facilitando a compressão.

A metodologia de compressão do MPEG é considerada assimétrica, pois o codificador é mais complexo que o decodificador.

Ver também

Referências

  1. John Watkinson, The MPEG Handbook, p.1
  2. Hans Geog, Musmann (retrieved 2011-07-26). Genesis of the MP3 Audio Coding Standard (PDF),. [S.l.: s.n.]  Verifique data em: |ano= (ajuda)
  3. ISO, IEC (5 de novembro de 2009). «ISO/IEC JTC 1/SC 29, SC 29/WG 11 Structure (ISO/IEC JTC 1/SC 29/WG 11 - Coding of Moving Pictures and Audio)». Consultado em 7 de novembro de 2009 
  4. MPEG Committee. «MPEG - Moving Picture Experts Group». Consultado em 7 de novembro de 2009. Arquivado do original em 10 de janeiro de 2008 
  5. ISO. «MPEG Standards - Coded representation of video and audio». Consultado em 7 de novembro de 2009. Arquivado do original em 14 de maio de 2011 
  6. ISO. «JTC 1/SC 29 - Coding of audio, picture, multimedia and hypermedia information». Consultado em 11 de novembro de 2009 
  7. [1]

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