Luis Javier García Sanz, conhecido como Luis García (Badalona, 24 de junho de 1978) é um jogador de futebol espanhol. Tem o hábito de comemorar os seus golos chupando o dedo, como homenagem ao filho Joel. Luis é um meia-atacante que pode actuar aberto pela direita ou pela esquerda, e também como segundo atacante, atrás de um centroavante mais forte. É um jogador talentoso, mas que às vezes é criticado por prender demais a bola, e em locais impróprios. Franzino, recebe muitas faltas, mas é também conhecido por reclamar bastante - o que acaba por lhe render advertências.
Carreira em clubes espanhóis
O catalão Luis Javier García Sanz começou a carreira nos escalões juvenis do Barcelona, destacando-se como jovem talento e sendo comprado pelo Real Valladolid. Passou dois anos lá, mas nunca se afirmou, sendo emprestado por duas vezes, para o CD Toledo e o Tenerife, onde destacou-se em 2001/2002.
O fato chamou a atenção do Atlético de Madrid, que voltava à primeira divisão. Luis recebeu o número 10 e foi titular num ataque que ainda contava com Fernando Torres, Fernando Correa e Jorge Larena. Apesar de uma campanha mediana dos "colchoneros", García fez boa temporada, cujo ponto alto foi uma actuação destacada contra o seu Barcelona de origem, na qual fez um belo golo, deu uma assistência e ainda cavou a expulsão de Thiago Motta, que já se alinharam juntos no mesmo Atlético.
Foi, assim, recontratado pelo Barcelona na temporada seguinte. Apesar de ser um reserva de Marc Overmars e Ronaldinho, actuou bastante, pois ambos tiveram problemas com contusões. Não conseguiu evitar a derrota por 2 a 1 para o rival Real Madrid em pleno Camp Nou depois de muitos anos de tabu em casa contra os merengues. Ironicamente, não esteve na revanche - o Barcelona devolveu o 2 a 1 no Santiago Bernabéu, mas Ronaldinho pôde jogar e Luis assistiu a tudo do banco.
Passagem pelo Liverpool
Enquanto Luis García via Ronaldinho retomar sua posição, seu antigo treinador no Tenerife, Rafael Benítez, tinha um problema como treinador do Liverpool: substituir Michael Owen, vendido ao Real Madrid. García e o francês Djibril Cissé, que quebrou a perna no meio da temporada, foram as apostas, e o espanhol recebeu a camisa 10 de Owen, e sua difícil missão começava. Sua primeira temporada em Anfield foi bastante irregular: o Liverpool tinha altos e baixos no campeonato inglês e estava bastante desacreditado na Liga dos Campeões da UEFA.
Luis García começou a deixar sua marca nos corações dos torcedores nos oitavos-de-final, contra o Bayer Leverkusen. Teve uma boa actuação nos 3 a 1 em casa, marcando um golo, e actuou ainda melhor na segunda partida, um 3 a 1 fora de casa, no qual foi responsável por dois golos. Na fase seguinte, fez um grande golo: contra a Juventus de Turim, deu um sem-pulo de perna esquerda que encobriu Gianluigi Buffon. O Liverpool venceu por 2 a 1 e segurou o 0 a 0 em Turim. Ele foi eleito o melhor em campo por quatro vezes seguídas, e o seria de novo, após marcar o golo que classificou a equipa à final, eliminando o Chelsea. Luis aproveitou um levantamento na área chutado por Milan Baros, a bola foi tirada por Ricardo Carvalho, Luis aproveitou o ressalto e chutou. O francês William Gallas tirou a bola, mas o juiz entendeu que ela havia entrado toda antes do corte. O que é curioso sobre o objetivo é que nenhuma câmara conseguiu um bom ângulo para ter uma prova, se foi ou se não foi golo. O então técnico do Chelsea, José Mourinho, reclama até hoje de um "golo fantasma" do espanhol. Luis foi campeão na histórica vitória do Liverpool sobre o AC Milan nos pênaltis, depois de uma recuperação de uma derrota de 3 a 0 no primeiro tempo.
Após o brilhante primeiro semestre de 2005, Luis caiu nas graças da torcida. Apesar de nova campanha pífia no campeonato nacional, a equipa conquistou a Copa da Inglaterra. Na semifinal, eliminou o rival Chelsea com um belo golo de Luis García após falha de John Terry. Ele não participou da final pois estava suspenso - havia sido expulso pelo Campeonato Inglês e a Federação Inglesa decidiu puni-lo na Taça. O Liverpool bateu o West Ham nos pênaltis. Luís também foi o protagonista de um lance capital no Mundial de Clubes, na decisão contra o São Paulo FC: fez um golo que empataria o jogo, mas que foi anulado por impedimento.
Após um bom começo de temporada pós-Copa em 2006, Luis García rompeu os ligamentos do joelho na vexatória derrota por 6 a 3 para o Arsenal FC no Estádio Anfield, encerrando aí sua temporada. Este acabou sendo o último jogo de Luis García pelo Liverpool. Sua saída de Anfield foi amigável, tendo escrito uma carta de agradecimento aos fãs dos "reds" que foi publicada no sítio do clube inglês.[1] Os torcedores do Liverpool tinham uma música para ele, no ritmo de "You are my sunshine":
"Luis García, yeah/He drinks sangria, yeah/He came from Barça/To bring us joy//He's five-foot-seven/He's football heaven/So please don't take our Luis away"
Que significa:
"Luis García, yeah/Ele bebe sangria, yeah/Ele veio do Barça (Barcelona)/Para nos trazer alegria// Ele tem 1,70/Ele é o céu do futebol/Então não leve nosso Luis embora".
Volta à Espanha
Após três vitoriosos anos na Inglaterra, Luis García desejou voltar para a Espanha. Quando o Atlético negociou Fernando Torres com o Liverpool, chegou a pedir García de contrapeso. Ele aceitou voltar ao à equipa colchonero, mas acabou sendo um negócio à parte, custando 8,25 milhões de euros. Na pré-temporada, reestreou num amistoso contra aLazio, no qual fez um golo e lesionou a coxa. Volta aos poucos a equipa, sempre começando do banco, enquanto os colchoneros recuperam-se de um mau começo no Campeonato Espanhol.
Puebla
Em 2011, Luis García acertou com o Puebla do México.
Em 2012, defendeu a equipe mexicana do Pumas UNAM.
Atualmente
No dia 14 de janeiro de 2014, Luis anunciou sua aposentadoria do futebol via seu site oficial.
Mas em junho do mesmo ano, ele decidiu retornar da aposentadoria e assinou com a equipe indiana Atlético de Kolkata, que irá competir na temporada inaugural de sua liga local.
Seleção espanhola
A estreia de Luis García na Seleção Espanhola de Futebol não poderia ter sido mais positiva. A Espanha havia ficado em segundo lugar nas eliminatórias, perdendo para a Sérvia em Belgrado e apenas empatando fora. Foi, então, para a repescagem contra a Eslováquia. Luis fez sua estreia no 5 a 1 contra os eslovacos em casa, marcando três gols e sofreu um pênalti convertido por Fernando Torres. Também cometeu um erro no gol da Eslováquia ao errar um passe para trás. Luis carimbou assim seu passaporte para a Copa do Mundo 2006, envergando a camisa 11 nos dois primeiros jogos da equipe na Copa. Preterido no terceiro, entrou no segundo tempo do jogo contra a França no lugar de Raúl.
García continuou como titular da Fúria, marcando inclusive um gol nas Eliminatórias para a Euro 2008, mas após sua lesão pelo Liverpool, não voltou a ser chamado.
Referências
Predefinição:Esboço-futebolistaesp Predefinição:Liverpool Football Club Predefinição:Info/Time