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Luís de Ataíde

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Luís de Ataíde
Luís de Ataïde in Lafiteau: Histoire des découvertes et conquestes des portugais dans le nouveau monde. Tomo IV. Paris Amsterdam. Wetstein, & G. Smith. 1736
Vice-rei da Índia Flag Portugal (1521).svg
Período 1568 - 1571 & 1578 - 1580
Antecessor(a) 1.ª vez Antão de Noronha. 2. vez Diogo de Meneses
Sucessor(a) 1a vez António de Noronha. 2a vez Fernão Teles de Meneses
Dados pessoais
Nascimento 1516[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]
Morte 10 de março de 1581 (64 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]
Goa
Progenitores Mãe: Maria de Magalhães
Pai: Afonso de Ataíde, 3º senhor de Atouguia

Luís de Ataíde, 3.º conde de Atouguia e primeiro e único marquês de Santarém, (1516Goa, 10 de março de 1581) foi um fidalgo, militar e estadista português do século XVI, que exerceu, em dois mandatos não subsequentes (1568 - 1571 e 1578 - 1581), o cargo de vice-rei da Índia.

Era filho segundogênito de D. Afonso de Ataíde, 3.º senhor de Atouguia e de sua mulher Maria de Magalhães; e bisneto do 2.º conde de Atouguia, D. Martinho de Ataíde.

Biografia

Serviço militar na África e Europa

Fez suas primeiras armas na África e, passando ao Oriente, participou da expedição de D. Estêvão da Gama ao mar Vermelho, tendo sido armado cavaleiro por ele na igreja de Santa Catarina do monte Sinai. Regressando ao Reino de Portugal, foi de seguida enviado à corte do imperador Predefinição:Lknb, tendo tomado parte na expedição miltar que este conduziu contra os luteranos.[1]

De volta a Portugal, manteve-se estranho às lutas políticas que se seguiram à morte de Predefinição:Lknb a respeito da Regência. Quando D. Sebastião I tomou efetivamente o governo, foi nomeado 10.º vice-rei da India, em março de 1568.

Na Índia

Partiu a 7 de abril e chegou a Goa em 10 de setembro de 1568.

Tratou logo de «introduzia a disciplina nos serviços e manter domínio do mar, para o que fez os maiores sacrifícios, a fim de organizar esquadras que protegessem o comércio e mantivessem rigor na tributação sobre a navegação dos locais. Fez sufocar a revolta de Baticalá por uma frota sob o comando de Afonso Pereira de Lacerda. Encarregou Martim Afonso de Miranda da polícia da costa do Malabar, com 20 navios.

Fez dar caça aos corsários, reprimir excessos dos malabares e atacar as força do samorim por Diogo de Meneses. Para garantir a segurança da navegação, conquistou em 1569 as praças de Onor e de Bracelor, cujos portos eram centro de piratas.»

Conseguiu mudar os negócios da Índia, e os príncipes indígenas se aliaram para expulsar os portugueses. «Ao Hidalcão, que marchava sobre Goa, deveriam ficar pertencendo esta cidade, Onor e Bracelor; ao Nizam Melek, caberiam Chaul, Damão e Baçaim; Diu ficaria para o sultão de Cambaia,» mesmo envolto em outras campanhas. Cercado em Goa por numeroso exército do Hidalcão, Luís de Ataíde conseguiu enviar socorro a Chaul e operar sortidas amiudadas. O Nizam Melek, depois de um grande ataque a Chaul em 29 de junho de 1571, levantou o cerco de Goa. D. Luís demorou as negociações de paz, deixando a seu sucessor o trabalho de as concluir e voltou para Portugal em 6 de janeiro de 1572, terminado seu tempo de governo.

Lisboa

D. Luís de Ataíde enquanto vice-rei da Índia

Com o prestígio alcançado, chegou ao Tejo em 3 de julho do mesmo ano, entrou solenemente em Lisboa e foi conduzido debaixo do pálio da à Igreja de São Domingos, a direita do rei.Predefinição:Esclarecer

Devido à sua experiência militar na Índia foi, inicialmente, a pessoa indicada para chefiar a expedição militar a Marrocos, preparada por D. Sebastião, mas acabou por ser o rei a assumir pessoalmente a chefia.[2] Foi então de novo nomeado vice-rei da Índia, o 12.º, e para lá partiu em 16 de outubro de 1577 com três naus.

O título de conde de Atouguia, como 3.º titular na família Ataíde, lhe foi concedido por carta de D. Sebastião de Portugal em 4 de setembro de 1577.

Marquês de Santarém foi um título criado em 1580 pelo rei Filipe I de Portugal (II de Espanha).

Outra vez na Índia

Invernando em Moçambique, chegou a Goa em 31 de agosto de 1578, recebendo o governo de D. Diogo de Meneses. Negociou a paz com o Hidalcão, que a havia rompido, assegurou domínio onde havia pontos de sedição e refreou os excessos da alçada eclesiástica, que provocavam a emigração dos indígenas.

Faleceu pouco depois de ter recebido no Oriente notícias do desastre de Alcácer Quibir, da morte do cardeal-rei e do domínio filipino. Seu cadáver foi depositado na igreja dos Reis Magos em Goa, e trasladado mais tarde para o convento do Bom Jesus em Peniche, do qual era donatário. Aquando a ruína do convento, os seus restos mortais foram transferidos para a igreja de Nossa Senhora da Ajuda. Actualmente, o seu túmulo encontra-se na Igreja da Misericórdia de Peniche.

Casamentos

Casou três vezes, sem geração que subsistisse:

  • 1 - com D. Joana de Távora da Luz Vilhena, filha de Luís Álvares de Távora da Luz, 13.º senhor de Mogadouro, e de D. Filipa de Vilhena;
  • 2 - com D. Maria de Noronha, filha do 4.º conde de Odemira;
  • 3 - com sua sobrinha D. Isabel de Meneses, filha de Tristão da Cunha, comendador de São Pedro de Torres Vedras, e de sua irmã D. Helena de Ataíde. esta, depois de viúva, professou nas freiras descalças da Madre de Deus. em Lisboa.

A linha feminina faria recair o título em D. João Gonçalves de Ataíde, fidalgo da Casa real, neto de Simão Gonçalves da Câmara, capitão donatário da ilha da Madeira, e de sua 2.ª mulher D. Isabel da Silva; esta era neta paterna do 2.º conde de Atouguia, D. Martinho de Ataíde.

Passou-se a sucessão na casa e título dos condes de Atouguia da seguinte forma: quando morreu D. Luís de Ataíde sucedeu na Casa (mas não no título) seu irmão D. Álvaro Gonçalves de Ataíde, já de idade avançada. Era comendador de Santa Maria de Escalhão e casou, em em Lisboa, Loreto, a 15.09.1583, com sua parente D. Isabel da Silva, filha de seu primo co-irmão Luís Gonçalves de Ataíde, senhor das ilhas Desertas, sem sucessão.

Este Luís Gonçalves de Ataíde, filho dos acima referidos Simão Gonçalves da Câmara e de D.Isabel da Silva de Ataíde, foi capitão de Ceuta, senhor das ilhas Desertas, e comendador de Adaúfe na Ordem de Cristo. Casou com Dona Violante da Silva, filha de Francisco Carneiro, secretário do rei D. João III de Portugal, capitão donatário da Ilha do Príncipe, e de Dona Mécia da Silveira. O 4.º conde de Atouguia seria o filho deste casal, João Gonçalves de Ataíde.[3]

Referências

  1. Zúquete, Afonso Eduardo (1989). Nobreza de Portugal e do Brasil, Vol. II. [S.l.]: Editorial Enciclopedia. p. 332. OCLC 40628492 
  2. Ramos, Rui; Monteiro, Nuno Gonçalo; Sousa, Bernardo Vasconcelos e (2012). História de Portugal 8.ª ed. Lisboa: A Esfera dos Livros. p. 264. ISBN 9789896261399. OCLC 690703097. Consultado em 16 de novembro de 2019 
  3. Sousa, D. António Caetano de (1735–1749). «Biblioteca Nacional Digital, Historia genealogica da Casa Real Portugueza : desde a sua origem até o presente, Tomo XII - Parte I». purl.pt. pp. 20 – 22. Consultado em 11 de outubro de 2021 

Ligações externas

  1. RedirecionamentoPredefinição:fim

Predefinição:Governadores da Índia Portuguesa

Precedido por
Antão de Noronha
Vice-Rei da Índia Portuguesa
1ª vez

1568 — 1571
Sucedido por
António de Noronha
Precedido por
Diogo de Meneses
Vice-Rei da Índia Portuguesa
2ª vez

1578 — 1580
Sucedido por
Fernão Teles de Meneses
Precedido por
Martinho de Ataíde
Armas dos Ataíde, titulares do Condado de Atouguia
Conde de Atouguia

1577 - 1580
Sucedido por
João Gonçalves de Ataíde

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