Lisandro | |
---|---|
Lisandro (em Predefinição:Língua com nome; ? — 395 a.C.[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]) foi um estratego (general) e navarco (almirante) espartano, comandante da frota que derrotou os atenienses na embocadura do Egospótamos, durante a Guerra do Peloponeso em 405 a.C. No ano seguinte tomou Atenas, forçando a liderança ateniense a capitular, pondo assim fim à guerra.
Vida e carreira
Seu pai, Aristocleito, era um dos Heráclidas, mas não era membro da família real de Esparta, e Lisandro cresceu na pobreza.[1] Segundo Cláudio Eliano, ele era um dos mothaces, servos das famílias ricas que eram enviados junto com seus filhos para serem educados.[2]
Não sabemos os detalhes de sua infância e muito pouco de sua carreira. Muito do que se sabe de sua existência deve-se aos escritos de Plutarco, historiador e moralista grego. Conta que era um homem de espírito hábil, sagaz, e, quase sempre ambicioso e cruel. Diziam-no uma raposa em pele de leão. “Quando a pele de um leão não tem o tamanho necessário, podemos completá-la, costurando-lhe um retalho de pele de raposa”.
Já era navarco (comandante supremo da marinha) quando se travou a batalha naval de Notium (406 a.C.), na qual foi derrotada a frota ateniense comandada por Alcibíades.
Estabeleceu um sistema de governo autoritário na região que ficou sob sua influência. Fez aliança com Ciro ,o Moço, irmão de Predefinição:Lknb, rei dos persas, a fim de conseguir um ponto de apoio na Ásia Menor e poder mais livremente enfrentar a frota ateniense.
Triunfo
Com o apoio do Império Persa Aquemênida impôs a derrota aos atenienses, em Egospótamos (405 a.C.), onde se apoderou da cidade e tirou a vida de três mil inimigos.
A vitória dos espartanos é terrível. Os atenienses foram massacrados aos milhares. Os navios destruídos, à exceção de umas poucas embarcações, que Conon salvou, levando-as para Chipre. A conseqüência da batalha de Egospótamos foi decisiva. Com ela, firma-se a hegemonia de Esparta. Atenas, em seguida, é sitiada e rende-se a Lisandro, que impõe duro castigo: destruição dos muros e fortificações, redução da frota a doze navios apenas, uma pesada contribuição de guerra e a formação de uma liga ofensivo-defensiva com Esparta.
No ano seguinte (404 a.C.) desembarcou no porto de Pireu, e Atenas, e destruiu de vez o poderio ateniense. Voltou para Esparta e tornou-se o mais poderoso político da Grécia de seu tempo. Impôs a todas as cidades rendidas regimes oligárquicos, as decarquias, formadas de partidários seus e vigiadas por guarnições espartanas. Reina então o "Período de Lisandro".
Na presença de Lisandro, ao som de flautas, são incendiadas as trincheiras e os muros demolidos. Lisandro faz eleger, depois, os “trinta tiranos”, aos quais fica confiado o governo da cidade. Assim nasceu o governo dos Trinta Tiranos em Atenas. Ao novo regime, considerado progressista, pertenceu Sócrates, notável filósofo grego, eleito para o Senado. Mas Sócrates não suportou o terror praticado por Lisandro contra os cidadãos tradicionais, e renunciou.
Declínio e morte
A hegemonia espartana durou pouco mais de duas décadas (403−371 a.C.) e sua influência política começou a eclipsar-se quando Atenas restaurou a democracia.
No entanto, Lisandro tornou-se impopular em toda a Grécia promovendo os interesses dos seus amigos e desejando vingança contra aqueles que o desagradavam. Suas "decarquías" começam a ser eliminadas neste período de diminuição significativa da influência de poder político de Lisandro, que presumivelmente seria a intenção dos monarcas espartanos. Devido a esse e outros pontos de atrito, ele retornou ao Esparta, em 396 a.C., onde talvez começou a conspiração contra o poder das tradicionais famílias reais.
No começo da guerra de Corinto (395−387 a.C.), Lisandro liderou um exército de aliados a Beócia desde a Fócida e foi morto quando suas tropas foram capturadas em uma emboscada tebana em Haliarto.
Atenágoras de Atenas, escreveu ao imperador Marco Aurélio em torno de Predefinição:DC, acusando os habitantes de Samos de terem deificado Lisandro. Mas tal não é novidade, os romanos deificavam os seus imperadores.
Lisandro tem o seu perfil traçado nas frases que lhe são atribuídas: “Fazemos divertir as crianças com brinquedos e os homens com promessas”[3] e “Devemos servir-nos da verdade ou da mentira, conforme às circunstâncias”.
Logo após sua morte, o império espartano foi sucedido por Lusandro Mothaces (filho único de Lisandro). Lusandro foi um dos responsáveis pela renovação da democracia de Atenas.
Adepto de decisões rápidas e ataques de surpresa, Lusandro foi considerado um gênio militar, reconhecido por sua coragem, sabedoria, competência bélica, engenhosidade diplomática, rara habilidade oratória e capacidade de fazer amigos por onde passava.