Predefinição:Info/Objeto/Wikidata Três Leis da Robótica são, na verdade, três regras e/ou princípios idealizados pelo escritor Isaac Asimov a fim de permitir o controle e limitar os comportamentos dos robôs que este trazia à existência em seus livros de ficção científica.
Asimov foi um prolífico escritor não apenas de ficção científica mas também de obras científicas, publicando ao todo mais de 500 livros e contos ao longo dos seus 52 anos de carreira; entre eles incluindo-se "Eu, Robô" e "Manual de Robótica, 56 Edição, 2058 d.C." [1].
As três diretivas que Asimov fez implantarem-se nos "cérebros positrônicos" dos robôs em seus livros são [1] [2]:
- 1ª Lei: Um robô não pode ferir um ser humano ou, por inação, permitir que um ser humano sofra algum mal.
- 2ª Lei: Um robô deve obedecer às ordens que lhe sejam dadas por seres humanos, exceto nos casos em que entrem em conflito com a Primeira Lei.
- 3ª Lei: Um robô deve proteger sua própria existência, desde que tal proteção não entre em conflito com a Primeira ou Segunda Leis.
- Mais tarde Asimov acrescentou a “Lei Zero”, acima de todas as outras: um robô não pode causar mal à humanidade ou, por omissão, permitir que a humanidade sofra algum mal.
Asimov foi crítico da peça teatral R.U.R. (1920) de Karel Čapek,[3] obra onde a palavra robô, criada por Josef Čapek, irmão do autor, é apresentada pela primeira vez.[4] Apesar de suas críticas negativas, reconhecia o valor R.U.R., por esta ter introduzido a palavra "robô" na ficção científica.[3] Criou a três leis, a fim de evitar revoltas de robôs, como aquela mostrada na peça de Čapek [3] (ver: Rebelião das máquinas).
O objetivo das leis, segundo o próprio Asimov, era tornar possível a coexistência de robôs inteligentes - as leis pressupõem inteligência suficiente para os robôs tomarem suas próprias decisões - e humanos; impedindo assim que aqueles venham a se rebelar contra ou mesmo subjugar estes. Adicionalmente, ainda segundo o próprio Asimov, em virtude das diversas interpretações das mesmas, as leis lhe forneciam um mote valioso para um número grande de histórias.
Ao fim, as Leis da Robótica não são per facto leis mas sim diretivas que, mesmo oriundas de contos de ficção científica, qualquer pesquisador em inteligência artificial da atualidade gostaria de ver obedecidas por suas "criações" [1].
Em tempos atuais, diante dos contínuos avanços na áreas da biônica, cibernética e inteligência artificial, assim como as previsões de H. G. Wells sobre a bomba atômica em seus livros de ficção científica se tornaram realidade décadas depois, as diretivas de Asimov ganham a cada dia uma importância maior frente a realidade. No ritmo em que as coisas andam atualmente[5], as Leis da Robótica em breve contarão realmente com o status de lei.
Referências
- ↑ 1,0 1,1 1,2 Verna, Surendra - Ideias Geniais, Os principais teoremas, teorias, leis e princípios científicos de todos os tempos - 2 edição - Belo Horizonte: Gutemberg Editora - 2012 - ISBN 978-85-89239-45-5
- ↑ Kathia Natalie Gomes (2005). «Fantasia espacial da conquista». Editora Duetto. Scientific American Brasil: Exploradores do Futuro - Isaac Asimov (3). ISSN 1808-6543
- ↑ 3,0 3,1 3,2 Alison "Boom" Baumgartner (8 de dezembro de 2016). «Throwback Thursday: "Rossum's Universal Robots" (1920)». Sciencefiction.com (em inglês). Consultado em 19 de junho de 2021
- ↑ «Who did invent the word "robot" and what does it mean?». Adelaide Robotics Academy (em inglês). Consultado em 19 de junho de 2021
- ↑ Cartner, Rita; et alii - O livro do Cérebro - Rio de Janeiro - Agir - 2012. ISBN: 978.85.220-1361-6
Ligações externas
- «A revolta das máquinas» (em português). Revista Veja
- «Robôs com ética» (em português). Super Interessante
- «Ficcionista e visionário do futuro» (em português). Super Interessante
- "Frequently Asked Questions about Isaac Asimov" (em inglês)
- "Can Asimov’s Three Laws of Robotics Protect Us from a Robot Takeover?" (em inglês)