Laury Maciel | |
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Nascimento | 1924[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] Taquara, Brasil |
Morte | 26 de setembro de 2002 (78 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]Predefinição:Sem local |
Nacionalidade | Brasileiro |
Ocupação | Escritor, professor, advogado e administrador |
Prémios | Medalha do Mérito “João Simões Lopes Neto” |
Laury Maciel (Taquara, c.1924 — 26 de setembro de 2002)[1] foi um escritor, professor, advogado e administrador brasileiro.
Formou-se em Direito pela UFRGS.
Escreveu obras regionais sobre o Rio Grande do Sul. Dirigiu o Instituto Estadual do Livro e a Biblioteca Pública do Estado.
Ocupou a cadeira 18 da Academia Rio-Grandense de Letras. Recebeu a Medalha do Mérito “João Simões Lopes Neto”.
Biografia
Seus pais descendem de famílias açorianas tradicionais, moradoras no interior do município de Taquara, que contava então com apenas três mil habitantes. O pai, Trajano Maciel, tenta a sorte como dono de um armazém. Atrás do balcão, Laury tem o primeiro contato com a humanidade que, mais tarde, retratará em seus livros. Na pequena cidade, faz os estudos primários e, em seguida, para de estudar pela ausência de um colégio que tivesse o curso ginasial. No ano de 1945, muda-se para Porto Alegre e torna-se bancário. Muito tempo depois, volta a estudar, faz o supletivo e forma-se em Direito pela UFRGS. Tem paixão, no entanto, pelo magistério e se torna professor de Literatura Portuguesa.[2]
No início dos anos 70, publica seus primeiros trabalhos de ficção em suplementos culturais. Na mesma década, participa de várias antologias de contistas e, em 1977, lança sua primeira obra, o livro de contos “Corpo e Sombra”, pela Editora Movimento. Nesta obra, predominam textos alegóricos e a linguagem revela-se seca e precisa. Em 1983, publica uma nova coletânea de relatos, “O Homem que Amava Cavalos”. O livro obtém boa repercussão crítica e popular, sedimentando o nome do autor como um dos contistas mais importantes do estado.[3]
“Noite no Sobrado”, lançado em 1986, marca a adesão de Laury ao romance. Ambientado nas primeiras décadas do século, na aldeia de Santa Cristina do Pinhal, então sede do município de Taquara, a narrativa fixa um mundo decadente, atormentado por amores proibidos e por perversões psicológicas e sociais. Este romance teria continuidade em “Rosas de Papel Crepom” (1992). A ação condensa-se agora na década de 30 e se passa em Mundo Novo (Taquara). Antes disso, em 1989[4], o autor lançara seu terceiro livro de contos, “A Noite do Homem-Mosca”, cujo conto principal era exatamente o embrião desse romance.
Sobre os contos de Laury Maciel pode-se afirmar que são estruturados em torno de duas tendências fundamentais: a) uma tendência alegórica, próxima do fantástico, em que histórias estranhas servem de referência simbólica à formas de opressão social e política. Esta tendência corresponde, sobretudo, à época do autoritarismo militar; b) uma outra, mais realista, ligada sobremodo às pequenas cidades interioranas, onde avultam desencontros e dramas existenciais.[3]
Obras
- Corpo e Sombra, contos, 1977
- O Homem que Amava Cavalos, 1983
- A Noite do Homem-Mosca, 1989
- Noites no Sobrado, romance, 1986
- Rosas de Papel Crepom, romance, 1992
- Pedras dos Anjos, 2000