Lasier Martins | |
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Senador pelo Rio Grande do Sul | |
Período | 1º de fevereiro de 2015 até a atualidade |
Antecessor(a) | Pedro Simon |
2º Vice-presidente do Senado Federal do Brasil | |
Período | 6 de fevereiro de 2019 a 1 de fevereiro de 2021 |
Dados pessoais | |
Nascimento | 14 de abril de 1942 (82 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] General Câmara, Rio Grande do Sul |
Nacionalidade | brasileiro |
Prêmio(s) | Medalha do Pacificador[1] |
Partido | PDT (2013-2016) PSD (2017-2019) PODE (2019-presente) |
Ocupação | Jornalista, advogado e político |
Website | www.senadorlasiermartins.com.br |
Lasier Costa Martins (General Câmara, 14 de abril de 1942) é um político, advogado e jornalista brasileiro. Filiado ao Podemos, é Senador da República pelo Rio Grande do Sul. Entre 2013 e 2016 esteve no PDT e entre 2017 e 2019 foi filiado ao PSD.
Advogado de formação, trabalhou nas emissoras do Grupo RBS, uma das maiores empresas de comunicação do país, onde foi comentarista, especialmente, por quase três décadas no Jornal do Almoço, da RBS TV (afiliada da Rede Globo no Rio Grande do Sul).
Em 7 de outubro de 2013, anunciou seu desligamento do Grupo RBS para concorrer a uma vaga no Senado Federal nas eleições de 2014. Em 5 de outubro, foi eleito senador com 2.145.479 votos, ou 37,4% dos votos.
Início de vida, educação e carreira
Lasier Martins nasceu em 14 de abril de 1942 em Vale Verde, um distrito de General Câmara, sendo um dos sete filhos do mecânico Antonio Pereira Martins e da dona de casa Pampolina da Costa Martins. Estudou o ensino primário e secundário na cidade de Montenegro. Iniciou sua carreira no jornalismo aos dezesseis anos, quando começou a trabalhar na então Rádio Montenegro, hoje Rádio América. Um ano depois, mudou-se para Porto Alegre e ingressou na Rádio Difusora.[2]
Lasier é formado em direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e, sem afastar-se do jornalismo, exerceu a advocacia por vinte anos. Mais tarde especializou-se na área civil e trabalhista.[3]
Em 1986, começou a trabalhar na RBS TV, onde permaneceu por 27 anos e ficou famoso por tomar um choque na festa da uva.[4][5] Ficou conhecido pelo público gaúcho como comentador do Jornal do Almoço. Também foi apresentador do programa Conversas Cruzadas (TVCOM), do Gaúcha Repórter na Rádio Gaúcha, do Debates do Rio Grande e atuou na Rádio Guaíba, TV Guaíba e Correio do Povo.[6][7]
Incidente
Em 2006, foi publicado, no site YouTube, um vídeo em que Lasier recebe um choque elétrico ao tocar em um cacho de uvas durante a Festa da Uva de 1996. O vídeo rapidamente ficou conhecido e teve quase seis milhões de visualizações em mais de 10 anos no ar. Em entrevista para o portal G1, o apresentador relatou que não achou graça na divulgação do vídeo em que é protagonista.[8]
Carreira política
Em 7 de outubro de 2013, comunicou ao vivo, durante seu comentário no Jornal do Almoço, sua saída do Grupo RBS para se candidatar ao Senado Federal, pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT) em 2014.[9] O comunicado levou a uma representação contra o jornalista e ao Grupo RBS por propaganda eleitoral antecipada.[10]
Seu principal adversário foi o ex-governador Olívio Dutra, do Partido dos Trabalhadores (PT). A disputa foi acirrada desde o início e as pesquisas indicavam um empate técnico durante a maior parte do tempo. Em 5 de outubro de 2014, Lasier foi eleito senador pelo Rio Grande do Sul com 2.145.479 votos (37,4% dos votos válidos), derrotando dois nomes tradicionais da política gaúcha, os ex-governadores Olívio Dutra (que recebeu 35,31%) e o senador Pedro Simon (do PMDB, que ficou com 16,08%).[11]
Em 1º de fevereiro de 2015, tomou posse como senador. Ele é titular das Comissões de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática; Educação, Cultura e Esporte; Serviços de Infraestrutura; Relações Exteriores e Defesa Nacional; Reforma Política; e do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.[12] Apesar de seu partido ser afinado e ter ministros no Governo Dilma Rousseff, Lasier considerava-se independente em relação ao governo Dilma.[13]
Em dezembro de 2016, votou a favor da PEC do Teto dos Gastos Públicos.[14] No mesmo mês, anunciou sua saída do PDT após declarações do presidente da sigla, Carlos Lupi, defendendo a expulsão do senador por votar de forma contraria às orientações da legenda, como quando votou pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff e a favor da PEC do Teto de Gastos Públicos.[15] Em janeiro de 2017, acertou seu ingresso no Partido Social Democrático (PSD), com a garantia de assumir diversos cargos de destaque pelo partido no Senado e na direção da sigla no RS.[16] A jornalista Janice Santos, que no momento se encontrava em processo de separação de Lasier, prestou queixa em março de 2017 na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM), em Brasília, acusando-o de lesão corporal e injúria.[17] Por conta da acusação, o ministro do STF Edson Fachin determinou que Martins se afastasse da residência que dividia com Santos e o proibiu de se aproximar desta e de seus familiares, e encaminhou o caso para a PGR se manifestar a respeito da abertura de inquérito.[18] Em 24/10/2017, Fachin mandou arquivar o inquérito, afirmando que não existiam provas nem indícios de que a queixa da ex-esposa fossem verídicos.[1]
Em julho de 2017, Lasier votou a favor da reforma trabalhista.[19] No mesmo mês, votou a favor da cassação de Aécio Neves no conselho de ética do Senado.[20] Em outubro de 2017, votou a contra a manutenção do mandato de Aécio Neves, mostrando-se favorável a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal no processo onde Neves é acusado de corrupção e obstrução da justiça.[21][22]
Referências
- ↑ «Boletim do Exército do Brasil de julho de 2019». Secretaria Geral do Exército do Brasil (pdf). Consultado em 10 de setembro de 2020
- ↑ «Biografia de Lasier Martins». Consultado em 14 de agosto de 2015
- ↑ «Em disputa acirrada, Lasier Martins (PDT) é eleito senador pelo RS». G1. 5 de outubro de 2014. Consultado em 14 de agosto de 2015
- ↑ «Uma das cenas mais clássicas da TV brasileira completa 21 anos». O Povo. Consultado em 3 de agosto de 2018
- ↑ Garcia, Carolina (24 de setembro de 2014). «Ex-repórter usa choque em Festa da Uva como mote de campanha ao Senado no RS». Último Segundo - iG. Consultado em 3 de agosto de 2018
- ↑ «A trajetória de Lasier Martins em cinco momentos». Zero Hora. 4 de agosto de 2014. Consultado em 14 de agosto de 2015
- ↑ Silveira, Lis Aline (25 de junho de 2011). «Lasier Martins: credibilidade e trabalho duro». Diário Gaúcho. Consultado em 9 de setembro de 2017
- ↑ Carpanez, Juliana (21 de março de 2007). «'YouTube não tem graça', diz vítima das uvas». G1. Consultado em 9 de setembro de 2017
- ↑ «Apresentador que tomou choque ao vivo ao tocar em cacho de uva deixa TV para disputar senado pelo PDT». R7. 7 de outubro de 2013. Consultado em 21 de setembro de 2018
- ↑ «Levante denuncia Lasier Martins e RBS por propaganda eleitoral antecipada. O que diz o Código de Ética da RBS». Sul 21. 10 de outubro de 2013. Consultado em 14 de agosto de 2015
- ↑ «'Jornalista do choque' bate veteranos e é eleito senador pelo RS». UOL. 5 de outubro de 2014. Consultado em 9 de setembro de 2017
- ↑ «Participação em Comissões: Senador Lasier Martins». Senado Federal. Consultado em 14 de agosto de 2015
- ↑ «Para tentar recompor base, Dilma recebe senadores independentes». A Tarde. 13 de agosto de 2015. Consultado em 21 de setembro de 2018
- ↑ Bol (13 de dezembro de 2016). «Confira como votaram os senadores sobre a PEC do Teto de Gastos 155 Do UOL, em São Paulo». Consultado em 16 de outubro de 2017
- ↑ Almeida, Amanda; Franco, Ilimar (21 de dezembro de 2016). «Ameaçado por Lupi, senador Lasier deixa o PDT». Panorama Político. O Globo. Consultado em 9 de setembro de 2017
- ↑ Garcia, Gustavo (24 de janeiro de 2017). «Após deixar PDT, senador Lasier Martins anuncia filiação ao PSD». G1. Globo. Consultado em 9 de setembro de 2017
- ↑ Teixeira, Matheus (30 de março de 2017). «Mulher de Lasier Martins registra ocorrência contra o senador por agressão». Correio Braziliense. Consultado em 21 de maio de 2017
- ↑ Teixeira, Matheus (2 de abril de 2017). «Lasier Martins está proibido de se aproximar ou fazer contato com a mulher». Correio Braziliense. Consultado em 30 de agosto de 2017
- ↑ Redação - Carta Capital (11 de julho de 2017). «Reforma trabalhista: saiba como votaram os senadores no plenário»
- ↑ «Por 11 a 4, Aécio é salvo no Conselho de Ética: como votaram os senadores». Carta Capital. 6 de julho de 2017. Consultado em 15 de outubro de 2017
- ↑ «Veja como votou cada senador na sessão que derrubou afastamento de Aécio». Consultado em 17 de Outubro de 2017
- ↑ «Janot denuncia Aécio Neves ao STF por corrupção e obstrução da Justiça». Agência Brasil. Consultado em 17 de outubro de 2017
Ligações externas
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