Predefinição:Info/Via de transporte Las Ramblas, ou La Rambla (Les Rambles, em catalão)[1] é uma via que liga a Praça da Catalunha ao Porto Velho, na Cidade Velha, em Barcelona, na Catalunha, na Espanha. Em língua castelhana e em língua catalã, rambla (do árabe ramla, que significa "leito de rio seco",[1] "areal"), além de também designar "leito de rio temporário", como no árabe, é, também, um tipo de rua larga e com grande movimentação de pedestres típica da Espanha.
Oficialmente, Las Ramblas são uma série de pequenas ruas que se juntam (daí, o nome no plural). Elas têm, ao todo, 1,2 km de comprimento, e chamam-se sucessivamente Rambla das Calhas (Rambla de Canaletes), Rambla dos Estudos (Rambla dels Estudis), Rambla de São José (Rambla de Sant Josep), Rambla dos Capuchinhos (Rambla dels Caputxins) e Rambla de Santa Mônica (Rambla de Santa Mònica). Embora sejam mais de uma, é comum elas serem chamadas simplesmente de "Rambla".
História
Até o século XV, a Rambla era ocupada pelo rio Malla. Nesse século, com a construção da muralha do Raval, o rio foi desviado para o norte.[2] A partir de então, foram construídos numerosos conventos na área, em especial no lado do Raval. Em 1776, foi inaugurado o palácio Moja, obra do arquiteto Josep Mas i Dordal. Em 1778, foi inaugurado o palácio da Vice-rainha, que foi habitado pela viúva do vice-rei do Peru. Em 1835, os conventos da Rambla foram incendiados pela população durante uma manifestação e seus terrenos foram leiloados.[3] O espaço obtido com o fim dos conventos propiciou a construção do Liceu, Boqueria e Praça Real. Em meados do século XIX, começou a venda de flores na Rambla.
A partir de 1859, começaram a ser plantados, ao longo da Rambla, plátanos procedentes do parque da Devesa, em Girona. Em 1860[3] (ou 1890),[4] foi inaugurada, no extremo norte da Rambla, a atual fonte das Calhas (no século XVI, já existia uma fonte de mesmo nome na região). Entre 1883 e 1885, a Casa Bruno Cuadros foi remodelada pelo arquiteto Josep Vilaseca i Casanovas, passando a ostentar, em sua fachada, figuras japonesas, guarda-chuvas, leques e um dragão (a casa vendia guarda-chuvas, guarda-sóis, mantas e leques provenientes principalmente do Japão). Em 1894, foi inaugurada a sede da Real Academia de Ciências e Artes de Barcelona, projetada por Josep Domènech i Estapà. Em 1888, foi inaugurado o Monumento a Colombo. Em 1976, foi inaugurado, na praça da Boqueria, o Mosaico da Praça do Osso, também conhecido como piso de Miró, de autoria de Joan Miró.
Atualmente, há um plano do distrito da Cidade Velha de transformar a zona litorânea desde o Morrot até o Parque da Cidadela em uma nova rambla, de modo a descongestionar a atual Rambla.
Descrição
Las Ramblas possui uma espécie de calçadão no centro, onde pedestres podem caminhar. É margeada por ruas por onde carros passam. Possui várias lojas, cafés, restaurantes, floriculturas e performances de vários tipos (mímicos, atores, músicos etc.). Vive lotada principalmente de turistas desde a manhã até altas horas da noite. Vários locais de interesse podem ser admirados ao se passear pelas Ramblas: La Boqueria, Grande Teatro do Liceu, Praça Real, Monumento a Colombo etc. Estima-se que 239 628 pessoas passem pela Rambla em cada dia útil, e 310 170 nos finais de semana.[5]
Rambla da Catalunha
Após a Praça da Catalunha, Las Ramblas se transforma na Rambla da Catalunha, que prossegue até a Avenida Diagonal.[6]
Rambla do Mar
A chamada Rambla do Mar é uma passarela de madeira sobre o mar que é a continuação da Rambla propriamente dita. Foi projetada pelos arquitetos Helio Piñón e Albert Viapana e foi inaugurada em 1994.
Transporte
Pela Rambla, passam as linhas de ônibus 14, 59 e 91, e as linhas noturnas N9, N12 e N15. Há três estações da linha 3 do metrô de Barcelona na Ramblaː Catalunya (no extremo norte, com ligação com a linha 1), Liceu (na metade da Rambla, em frente ao teatro do Liceu) e Drassanes (no extremo sul).
Ver também
Referências
- ↑ 1,0 1,1 Guia visual Folha de S.Paulo - Barcelona e Catalunha. São Paulo: Publifolha, 2001. p. 58
- ↑ PERMANYER, L. Història de l'Eixample. Barcelona. 1991.
- ↑ 3,0 3,1 SOBREQUÉS I CALLICÓ, J. Història de Barcelona. 2008.
- ↑ PASCUAL, M. M. Barcelona: aigua i ciutat. L'abastament d'aigua entre les dues Exposicions (1888-1929). Barcelona: Marcial Pons, 2009. P. 199.
- ↑ VALL, T. Ramblam LLibertat Colonitzada. Diari Ara. 12 de setembro de 2015. p. 48-49.
- ↑ Google Maps. Disponível em https://maps.google.com.br/. Acesso em 28 de maio de 2013.