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Justiçamento

Justiçamento é o ato ou efeito de justiçar, de punir com a morte ou linchamento.

Uma hipótese sobre que motiva o justiçamento é o descrédito nas instituições de Justiça de um país. No Brasil, o aumento no número de linchamentos tem tornado a prática um componente da realidade social, refletida pelo descrédito da população na polícia e no Judiciário e inflamada por setores da imprensa. A crise de representatividade das instituições públicas é apontada como um dos principais fatores para que a população decida fazer justiça com as próprias mãos. A lacuna deixada pelo Estado leva à sensação de insegurança e faz com que os cidadãos se sintam responsáveis por restabelecer a ordem que julgam estar ameaçada. No entanto, a forma com que isso é feito acaba intensificando o ciclo de violência e descrédito em relação aos órgãos responsáveis pela proteção da comunidade.[1]

Um banco de dados elaborado pelo Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da Universidade de São Paulo indica que, entre 1980 e 2006, houve 1779 linchamentos (em que a vítima foi agredida até a morte) no país: um a cada cinco dias. [2]

Uma situação relevante no Brasil para a perpetuação e aceitação do justiçamento foi na década de 1960 com a fundação da Scuderie Detetive Le Cocq no Rio de Janeiro, que consolidou práticas violentas extrajudiciais que viriam a se tornar um elemento chave na composição do tecido social e econômico da capital e do país com a estruturação das milícias.

Ver também

Bibliografia

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