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Robert Oppenheimer

Robert Oppenheimer
Oppenheimer ca. 1944
Limite de Tolman-Oppenheimer-Volkoff, Aproximação de Born-Oppenheimer
Nascimento 22 de abril de 1904[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]
Nova Iorque
Morte 18 de fevereiro de 1967 (62 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]
Princeton
Nacionalidade Estadunidense
Cônjuge Katherine "Kitty" Puening (1940-1967)
Filho(s) 2
Alma mater Universidade Harvard, Universidade de Cambridge, Universidade de Göttingen
Prêmios Prêmio Enrico Fermi (1963)
Orientador(es) Max Born[1]
Orientado(s) Samuel W. Alderson, David Bohm, Robert Frederick Christy, Sidney Dancoff, Stan Frankel, Willis Eugene Lamb, Harold Lewis, Philip Morrison, Arnold Nordsieck, Melba Phillips, Hartland Snyder, George Volkoff
Instituições Projeto Manhattan, Universidade da Califórnia em Berkeley, Instituto de Tecnologia da Califórnia, Instituto de Estudos Avançados de Princeton
Campo(s) Física

Julius Robert Oppenheimer (Nova Iorque, 22 de abril de 1904Princeton, 18 de fevereiro de 1967) foi um físico estadunidense.

Dirigiu o Projeto Manhattan para o desenvolvimento da bomba atômica, durante a Segunda Guerra Mundial, no Laboratório Nacional de Los Alamos, no Novo México.

Biografia

Oppenheimer nasceu no seio de uma família judia. Estudou na Ethical Culture Society, onde chegou a realizar uma completa formação tanto em matemática e ciências como em literatura grega e francesa.

Com Albert Einstein, ca. 1950
Condecoração de grau honorário em Harvard a Oppenheimer (esquerda), George Marshall (terceiro a partir da esquerda) e Omar Bradley (quinto a partir da esquerda). O presidente da Universidade Harvard, James Bryant Conant, sentado entre Marshall e Bradley. 5 de junho de 1947

Filho de um imigrante alemão que enriqueceu com a importação de produtos têxteis, graduou-se na Universidade de Harvard em 1925. Depois mudou-se para o Reino Unido para pesquisar no Laboratório Cavendish, dirigido por Ernest Rutherford. Foi convidado por Max Born para ingressar na Universidade de Göttingen, onde obteve um doutorado em 1927 e conheceu outros físicos eminentes, como Niels Bohr e Paul Dirac. Depois de uma curta visita às universidades de Leiden e Zurique, regressou aos Estados Unidos para dar aulas de física na Universidade de Berkeley e no Instituto de Tecnologia da Califórnia.[2]

No princípio centrou sua atenção nos processos energéticos das partículas subatómicas, incluídos os elétrons, positrons e raios cósmicos. Cedo se envolveu em assuntos políticos, preocupado pelo auge do nazismo na Alemanha. Em 1936 se mostrou partidário dos republicanos depois do estouro da guerra civil espanhola.

Ao herdar a fortuna do pai, falecido em 1937, não perdeu nenhuma oportunidade de subvencionar diversas organizações antifascistas. Decepcionado pelo comportamento dispensado aos cientistas pela ditadura estalinista, terminou por separar-se das associações comunistas a que esteve vinculado. Em 1939 Albert Einstein e Leo Szilard advertiram-no a respeito da terrível ameaça que tinha suposto para a humanidade sobre a possibilidade de que o regime nazista fosse o primeiro a dispor de uma bomba atômica. Oppenheimer começou então a pesquisar tenazmente sobre o processo de obtenção de urânio-235, a partir de mineral de urânio natural, ao mesmo tempo que determinava a massa crítica de urânio requerida para a bomba.

Em 1942 integrou-se ao Projeto Manhattan, destinado a gerir a investigação e o desenvolvimento por parte de cientistas britânicos e estadunidenses da energia nuclear com fins militares. A sede central, o laboratório secreto de Los Alamos, no Novo México, foi eleita pelo próprio Oppenheimer. Depois do sucesso da prova efetuada em Alamogordo, em 1945, se demitiu como diretor do projeto.

Dois anos depois foi eleito presidente da Comissão para a Energia Atômica estadunidense, cargo que exerceu até 1952. Um ano mais tarde, devido a sua antiga vinculação com os comunistas, foi vítima da caça às bruxas de McCarthy, e foi destituído da presidência da comissão. Participou da 8ª e 10ª Conferência de Solvay, e foi presidente da 13ª conferência, em 1964.

Os últimos anos de sua vida foram dedicados à reflexão sobre os problemas surgidos da relação entre a ciência e a sociedade. Morreu de câncer na garganta, aos 62 anos de idade.

Anos finais e morte

A partir de 1954, viveu diversos meses dos anos seguintes na ilha de Saint John (Ilhas Virgens Americanas). Em 1957, na mesma ilha, comprou 8 100 de terras em Gibney Beach,[3] a qual passava um grande tempo navegando com sua filha Toni e sua mulher Kitty.

Privado de poder político, Oppenheimer continuou dando aulas, escrevendo e trabalhando em física. Ele fez um tour pela Europa e pelo Japão dando palestras sobre a história da ciência, a função da ciência na sociedade, e a natureza do Universo.[4]

Oppenheimer foi condecorado pela França um oficial da Ordem Nacional da Legião de Honra em setembro de 1957 e em 3 de maio de 1962 pela Royal Society da Inglaterra.[5]

Oppenheimer era um fumante compulsivo, e foi diagnosticado com câncer de garganta em 1965. Depois de uma cirurgia sem sucesso, o físico foi submetido a tratamento de radiação e quimioterapia, ambas sem sucesso, em 1966.[6] Ele entrou em coma em fevereiro de 1967 e morreu em 18 de fevereiro do mesmo ano, aos 62 anos de idade. Seu corpo foi cremado e sua esposa, Kitty, jogou suas cinzas no mar.

Em outubro de 1972, aos 62 anos, Kitty morreu vítima de uma infecção intestinal que foi complicada por uma embolia pulmonar.[7]

Bibliografia

Referências

  1. Predefinição:MathGenealogy
  2. BETHE, H.A (1997). Biographical Memoirs (em English). 1. Washington: The National Academies Press. p. 176-177. Consultado em 13 de outubro de 2012 
  3. Bird, Kai; Sherwin, Martin J. (2005). American Prometheus: The Triumph and Tragedy of J. Robert Oppenheimer. [S.l.]: Vintage Books. pp. 566–569 
  4. Wolverton, Mark (2008). A Life in Twilight: The Final Years of J. Robert Oppenheimer. New York: St Martin's Press. pp. 174–180 
  5. «Royal Society | About the Society | About us | The Fellowship | Directory of Fellows & Foreign Members». web.archive.org. 24 de novembro de 2007. Consultado em 28 de setembro de 2020 
  6. Bird & Sherwin, Kai, Martin J (2005). Prometheus: The Triumph and Tragedy of J. Robert Oppenheimer. New York: Alfred A. Knopf. pp. 585–588 
  7. «Oppenheimer's Legacy on St. John – Old Town Crier». web.archive.org. 10 de janeiro de 2018. Consultado em 21 de fevereiro de 2022 

Ligações externas

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Precedido por
Edward Teller
Prêmio Enrico Fermi
1963
Sucedido por
Hyman Rickover

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