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José Antunes Marques Abreu | |
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José Antunes Marques Abreu OSE (Pereira, freguesia de Mouronho, no concelho de Tábua, em 14 de Fevereiro de 1879 - Porto, 3 de Julho 1958) foi um conhecido artista gráfico português.[1][2]
Biografia
Juventude
Passou grande parte da infância na aldeia de Pereira.[2] Quando contava 13 anos, foi relegado aos cuidados de um tio, farmacêutico por profissão, que se encontrava estabelecido na vila de Tábua.[2] Trabalhou com ele durante cerca de ano e meio, antes de passar ao serviço noutra farmácia, em Coja.[2] Mais tarde, muda-se para Lisboa, onde permaneceu até 1893, altura em que, com 15 anos, partiu para o Porto.[2]
Ainda chegou a trabalhar como ajudante de farmácia no Porto, antes de mudar de ramo, enveredando pelo campo das artes gráficas, no ateliê «Courrége & Peixoto», como aprendiz e mais tarde matricula-se no curso de Desenho Elementar da Escola Industrial Faria Guimarães.[2]
Vida adulta
Em 1898, com 19 anos, abriu o seu próprio ateliê, juntamente com o parceiro de negócios e pioneiro da fotografia em Portugal, José Augusto da Cunha Moraes.[3] É também com ele que vai fundar a revista "Ilustração Moderna".[3] Em 1901, trabalhou nas oficinas de fotogravura do jornal portuense, "O Primeiro de Janeiro", ao lado de José Augusto da Cunha Moraes.[2]
Entre 1905 e 1912, encarregou-se de publicar uma segunda revista, neste caso, uma de monografias denominada «Arte: Archivos de Obras de Arte», na qual se reproduziam obras de artistas nacionais contemporâneos, como Soares dos Reis, Bordallo Pinheiro, Teixeira Lopes; e artistas estrangeiros de renome.[2] Em 1907, com o auxílio da sua mulher, Brites Moraes Coutinho, decide editar uma terceira revista, o periódico quinzenal ilustrado: “Instantâneos”.[2]
Editou várias obras, das quais se destacam as monografias sobre a Arte em Portugal.[1] Foi o principal impulsionador da implementação da gravura química, no âmbito artístico, em Portugal.[1]
Foi professor do ensino técnico, na escola Infante D. Henrique, no Porto, ascendendo, em 1932, à posição de Mestre da Oficina de Gravura Química.[1]
A 30 de Janeiro de 1928 foi feito Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada,[4] como reconhecimento pelo trabalho de divulgação dos monumentos nacionais.[2]
Em 1955 foi-lhe consagrada uma exposição na Escola Superior de Belas-Artes do Porto.[2]
Referências
- ↑ 1,0 1,1 1,2 1,3 Bigotte de Carvalho, Maria Irene (1997). Nova Enciclopédia Larousse vol. 1. Lisboa: Círculo de Leitores. p. 27. 314 páginas. ISBN 972-42-1477-X
- ↑ 2,00 2,01 2,02 2,03 2,04 2,05 2,06 2,07 2,08 2,09 2,10 «José Antunes Marques Abreu & Ca - Centro Português de Fotografia». digitarq.cpf.arquivos.pt. Consultado em 22 de maio de 2022
- ↑ 3,0 3,1 «José Augusto da Cunha Moraes - Centro Português de Fotografia». digitarq.cpf.arquivos.pt. Consultado em 22 de maio de 2022
- ↑ «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "José Antunes Marques de Abreu". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 16 de março de 2016
- Grande História Universal Ediclube, 2006.
- Nova Enciclopédia Portuguesa, Ed. Publicações Ediclube, 1996.