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Jorge, Duque de Kent

Predefinição:Info/Nobre Jorge, Duque de Kent (20 de dezembro de 1902 - 25 de agosto de 1942) foi um membro da família real britânica, o quarto filho de rei Jorge V e de Maria de Teck. Ele deteve o título Duque de Kent de 1934 até sua morte.

Biografia

O príncipe Jorge nasceu em York Cottage, nas dependências de Sandringham House, em Norfolk. Seu pai era Jorge, Príncipe de Gales, o segundo filho de Eduardo VII e da rainha Alexandra. Sua mãe era a Princesa de Gales, a filha mais velha do Duque de Teck e da Duquesa de Teck. Ao nascer ele era o quinto na linha de sucessão ao trono britânico e foi estilizado 'Sua Alteza Real" príncipe Jorge de Gales.

Ele foi batizado na capela privada do Castelo de Windsor, a 26 de janeiro de 1903, por Francis Paget, o bispo de Oxford (com água "comum", e não com água do rio Jordão, comummente usada em batizados reais). Seus padrinhos foram: o rei Eduardo VII, a rainha Alexandra da Dinamarca, o príncipe Valdemar da Dinamarca, o príncipe Luís de Battenberg, a imperatriz viúva Maria Feodorovna e a princesa Helena do Reino Unido.

Inicialmente educado por um tutor, ele e seu irmão, o príncipe Henrique, foram para a Escola Preparatória da Corte de St Peter, em Broadstairs, Kent. Aos treze anos, foi para o colégio naval, primeiro em Osborne e depois em Dartmouth. Jorge continuou na Marinha Real Britânica até 1929. Depois de deixar a marinha, ele brevemente deteve cargos no ministério das relações exteriores e no ministério do interior tornando-se o primeiro membro da realeza britânica a trabalhar como um cidadão comum.[carece de fontes?]

Em 1939, foi eleito grão-mestre da Grande Loja Unida da Inglaterra, um posto que exerceu até sua morte.

Quando a Segunda Guerra Mundial explodiu, serviu brevemente como contra-almirante na divisão de inteligência do Almirantado. Em abril de 1940, foi transferido para a Força Aérea Real.

No dia 12 de outubro de 1934, antes de se casar com a princesa Marina da Grécia e Dinamarca, Jorge recebeu os títulos de Duque de Kent, Conde de St. Andrews e Barão Downpatrick. A cerimônia de casamento ocorreu em 29 de novembro daquele ano, na Abadia de Westminster. A noiva era sua prima em segundo grau, filha do príncipe Nicolau da Grécia e Dinamarca e sobrinha-neta da rainha Alexandra (o avô de Marina era Jorge I da Grécia, irmão da rainha Alexandra). Foi o último casamento entre um membro da realeza britânica e um membro de uma casa real estrangeira.

A princesa Marina foi estilizada Sua Alteza Real a Duquesa de Kent, após o casamento. Ela e seu marido tiveram três filhos:

Certa vez, foi proposta a concessão do título de Rei da Polônia para o duque, numa tentativa de restaurar a monarquia polonesa. Em agosto de 1937, o duque e a duquesa de Kent visitaram a Polônia e foram bem recebidos. Entretanto, devido à invasão alemã nazista na Polônia durante a Segunda Guerra Mundial, o plano foi abandonado. [carece de fontes?]

A 25 de agosto de 1942, o Duque de Kent morreu em um acidente aéreo em Eagles Rock, perto de Dunbeath, Caithness, na Escócia. Ele estava à serviço da Força Aérea Real. Seu filho mais velho, Eduardo, passou a ser então o novo Duque de Kent.

Encontra-se sepultado no Cemitério de Frogmore, no Reino Unido.[1]

Vida pessoal

Retrato por Philip de László, 1934

Havia rumores que Jorge teve um relacionamento com a estrela musical Jessie Matthews, o escritor Cecil Roberts e Noël Coward, tendo o parceiro de longa data de Coward, Graham Payn, tendo negado uma relação entre ambos,[2] embora Coward tenha admitido ao historiador Michael Thornton que ambos "um namorico".[3] Sobre a morte de Jorge em 1942, Coward disse: "repentinamente descobri que o amava mais do que sabia".[4] Enquanto estava casado, Jorge também teve um affair com Margaret Whigham, mais tarde Margaret Campbell, Duquesa de Argyll.[5]

Há rumores de que o Duque de Kent tenha sido viciado em drogas, especialmente morfina e cocaína, um boato que supostamente se originou com sua amizade com Kiki Preston,[6][7][8] que ele conheceu em meados da década de 1920. Alegadamente, o príncipe Jorge, juntamente com Kiki, participativa de um ménage à trois com argentino Jorge Ferrara.[9] Outras supostas ligações sexuais incluem José Uriburu, filho do embaixador argentino no Reino Unido, José Uriburu Tezanos.[10]

Em sua tentativa de resgatar seu irmão viciado em cocaína da influência de Kiki, Eduardo, Príncipe de Gales, tentou por um tempo convencer Jorge e Kiki a interromper contato, todavia sem sucesso.[11] Eventualmente, Eduardo forçou Jorge a parar de ver Kiki e também obrigou Kiki a deixar a Inglaterra, enquanto ela estava visitando Jorge no verão de 1929.[12] Por anos depois, Eduardo temeu que Jorge pudesse recair nas drogas se mantivesse seu contato com Kiki. De fato, em 1932, o príncipe Jorge encontrou Kiki inesperadamente em Cannes e teve que ser retirado quase à força.[13]

Alega-se há anos que o executivo editorial americano Michael Temple Canfield (1926–1969) era o filho ilegítimo do duque de Kent e de Kiki Preston. Segundo várias fontes, tanto o irmão de Jorge, o duque de Windsor, quanto Laura, a duquesa de Marlborough, a segunda esposa de Canfield, compartilhavam dessa crença.[14][15][16][17] Canfield foi o filho adotivo de Cass Canfield, editor americano da Harper and Row.[18] Em 1953, Canfield se casou com Caroline Lee Bouvier, a irmã mais nova de Jacqueline Bouvier, que se casou com o senador e futuro presidente dos Estados Unidos John F. Kennedy. Canfield e Bouvier se divorciaram em 1958, e o casamento foi anulado pela Igreja Católica Romana em novembro de 1962.

Títulos e Estilos

  • 1902-1910: "Sua Alteza Real o príncipe George de Gales"
  • 1910-1934: "Sua Alteza Real O Príncipe George"
  • 1934-1942: "Sua Alteza Real O Duque de Kent"
    • na Escócia desde 1935: "Sua Graça O Senhor Alto Comissário"

Referências

  1. Predefinição:Findagrave
  2. Brandreth, Gyles (2004). Philip and Elizabeth: Portrait of a Marriage. London: Century. ISBN 0-7126-6103-4, p. 94
  3. "Upstairs life of a royal rogue", The Daily Express, 26 de fevereiro de 2012
  4. Lesley, p. 231
  5. Predefinição:Citar noticia
  6. Lynn Kear and John Rossman Kay Francis: A Passionate Life and Career, Jefferson: NC: McFarland & Company, 2006, p. 28
  7. Farrant, Leda (1994). Diana, Lady Delamere and the Lord Erroll Murder, p. 77. Publishers Distribution Services.
  8. McLeod, Kirsty. Battle Royal: Edward VIII & George VI, Brother Against Brother, p. 122. Constable
  9. Nicholson, Stuart (1999). Reminiscing in Tempo: A Portrait of Duke Ellinson , p. 146. Northeastern University Press.
  10. Bazán, Osvaldo (2004). Historia de la homosexualidad en la Argentina: de la conquista de América al siglo XXI. (in Spanish), p. 180. Marea Editorial.
  11. Ziegler, Philip (2001). King Edward VIII, p. 200. Sutton
  12. Williams, Susan A. (2004). The People's King: The True Story of the Abdication, p. 31. New York: Palgrave Macmillan
  13. Kiste, John van Der (1991). George V's Children, p. 71. A. Sutton.
  14. Higham, Charles (1988). Wallis: Secret Lives of the Duchess of Windsor, p. 392. Sidgwick & Jackson
  15. Horsler, Val (2006). All For Love: Seven Centuries of Illicit Liaison, p. 183. National Archives
  16. Lindsay, Loelia (1961). Grace and Favour: The Memoirs of Loelia, Duchess of Westminster. Reynal
  17. Bradford, Sarah (2000). America's Queen: The Life of Jacqueline Kennedy Onassis, p. 84. Viking
  18. "The Prince's Cousin", Reading Eagle, September 10, 1967

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