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João de Deus Nascimento

João de Deus Nascimento

João de Deus Nascimento (Cachoeira,Predefinição:Nota de rodapé 1771[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] - Salvador, 1799[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]) foi um alfaiate baiano e um dos líderes da Conjuração Baiana. É considerado um mártir de tal revolta.[1]

Família e primeiros anos

Era filho legítimo de José de Araújo, um homem branco, e de Francisca Maria da Conceição, uma mulher parda.[2] Durante a idade adulta, foi descrito como "homem pardo claro de ordinária estatura, cheio de corpo tem a cabeça redonda, e examinando-a lhe não achei coroa, ou sinal dela, e sim o cabelo que é preto, crescido por igual, tem orelhas pequenas, rosto comprido, testa alta, olhos pretos, e pequenos, nariz afilado, boca pequena, e barba serrada."[2]

Estima-se que João deixou sua cidade natal para morar em Salvador por volta de 1790. Acredita-se que na nova cidade conheceu sua futura esposa Luiza Francisca de Araújo.[1][2] Era pai de cinco filhos.[2] Teve um caso extraconjugal com Ana Romana Lopes do Nascimento, com quem assumiu um compromisso e possivelmente custeou seu aluguel e lhe sustentou.[2] Mais tarde, Ana afirmou ter acabado com o relacionamento pois João a havia espancado.[2]

Trabalhos

Trabalhava como mestre alfaiate em sua loja, situada na Rua Direita do Palácio, onde trabalhava e residia junto com a esposa e os filhos. Seus clientes abrangiam desde a elite baiana até os militares.[2]

Também trabalhou como cabo de esquadra do Segundo Regimento de Milícias de Salvador.[1][2]

Conjuração Baiana

Inconformado com a situação de miséria da colônia, em meados da década de 1790, começa a participar de reuniões secretas, juntamente com estudantes, comerciantes, proprietários, intelectuais, soldados, artesãos e funcionários.[2]

Toma conhecimento da Revolução Francesa, discute os ideais liberais e sua possível aplicação no Brasil.[2]

Foi preso em 16 de setembro de 1798,[1] após o aparecimento de folhetos clandestinos em Salvador anunciando a chagada de tempos de liberdade, criticando a monarquia portuguesa, reivindicando aumento do soldo dos soldados e reiterando a situação política da França.[2]

Acusado de ser um dos autores dos textos anônimos, fingiu demência e negou a autoria.[2] No entanto, em 11 de setembro, segundo declaração registrada nos autos do processo, confessa "ter entrado no projeto, em que se tentava levantar uma revolução nesta cidade."Predefinição:Nota de rodapé

O coronel Dom Carlos Balthazar da Silveira o classificou como "insolente, atrevido e despejado, pronto para toda ação má", enquanto o deputado Francisco Gomes de Souza o definiu como "muito petulante, altivo e insolente, capaz de empreender qualquer projeto mau, e ruinoso."[2]

Condenado à morte e enforcado pelo crime de lesa majestade, seu corpo é repartido em pedaços e exposto em praça pública, em 8 de setembro de 1799, aos 27 anos.[1][2]

Homenagens

É considerado um mártir do Movimento Revolucionário de 1798.[1]

Em 1932, a Rua João de Deus, localizada em Salvador, recebeu este nome em sua homenagem. Posteriormente também recebeu um busto na Praça da Piedade.[2]

Em 2011, foi incluído no Livro dos Heróis da Pátria, juntamente com outros líderes da Conjuração Bahiana, de acordo com a Lei nº 12.391.[3] A inserção dos revolucionários era uma luta antiga do movimento negro baiano.[2]

Predefinição:Notas

Referências

  1. 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5 Erro de citação: Marca <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs chamadas Mapa da Cultura
  2. 2,00 2,01 2,02 2,03 2,04 2,05 2,06 2,07 2,08 2,09 2,10 2,11 2,12 2,13 2,14 2,15 Predefinição:Citar tese
  3. «LEI Nº 12.391, DE 4 DE MARÇO DE 2011». Câmara dos Deputados do Brasil. Março de 2021. Consultado em 30 de agosto de 2021 

Predefinição:Controlo de autoria

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