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Jardim Botânico do Porto

Jardim Botânico do Porto
Casa Andresen
Localização Porto
País Portugal
Tipo Público
Área 4,42 ha
Inauguração 1951 (73 anos)
Administração Universidade do Porto
Nº de visitas anuais Predefinição:Formatnumif
Coordenadas 41° 9' 13" N 8° 38' 33" O
Predefinição:Info/AuxMapa

O Jardim Botânico do Porto situa-se nos jardins da Quinta do Campo Alegre ou Casa dos Andresen, na freguesia de Lordelo do Ouro, na cidade do Porto, Portugal.

História

Em 1895, João Henrique Andresen adquire a Quinta do Campo Alegre. Será este comerciante de vinho do Porto que recupera os jardins, impondo o estilo romântico dominante na época. Dois membros desta ilustre família da burguesia portuense tornaram-se escritores famosos: Sophia de Mello Breyner e Ruben A.. Este último viveu mesmo na Quinta do Campo Alegre, sendo as suas memórias um importante registo histórico da época. Com a morte da matriarca da família, o jardim ficou ao abandono[1].

O Estado tomará posse da quinta em 1949, convertendo-a em 1951 no Jardim Botânico do Porto. A sua gestão é desde então assegurada pela Faculdade de Ciências do Porto e pelo Instituto de Botânica Gonçalo Sampaio (entretanto já extinto). O atual responsável pelo Jardim é o Professor Paulo Farinha Marques, sucedendo a uma descendente dos Andresen, a Arquitecta Paisagista Teresa Andresen. Entre os anteriores diretores contam-se os Professores Barreto Caldas da Costa, Roberto Salema e Arnaldo Rozeira.

Com a criação da Via de Cintura Interna e dos acessos ao Centro Desportivo Universitário do Porto, a quinta perde 8 dos seus 12 hectares. Em compensação, junta-se a este jardim a Quinta dos Burmester, com 1,8 hectares.

Casa Andresen

Sophia de Mello Breyner viveu nesta casa uma parte significativa da sua infância e juventude. O seu primo e escritor Ruben A. cresceu também nesta casa.

Na obra Histórias da Terra e do Mar, de Sophia de Mello Breyner, há um conto dedicado à história da vida da família de Sophia (Saga), onde se descreve a casa e a quinta: Página Predefinição:Quote/styles.css não tem conteúdo.

Tudo na casa era desmedidamente grande (...) até ao enorme átrio (...) no qual se podia armar o esqueleto da baleia que há anos repousava empacotado em numerosos volumes, nas caves da Faculdade de Ciências.

Até 2010 o edifício foi parte da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto[2]. Em 2017, na Casa Andresen abriu a Galeria da Biodiversidade do Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto, um museu da rede ciência viva, sobre a vida na terra, a evolução e biodiversidade. A exposição apresenta um conjunto de 49 módulos expositivos e instalações, muitos dos quais desenvolvidos ou adaptados especificamente para a sua exposição permanente, que se organizam em 15 temas principais através dos quais se abordam os mais variados aspectos da diversidade biológica e cultural existente.

Composição

O Jardim Botânico actualmente inclui:

  • Um jardim histórico composto por três partes distintas (Roseiral, Jardim dos Jotas e Jardim do Peixe), separadas por Camélias,
  • Dois lagos, um dos quais com nenúfares,
  • Estufas, incluindo uma de cactos e outra de plantas tropicais,
  • Um jardim de cactos e outras plantas suculentas,
  • Espaços de árvores centenárias e variadas espécies vegetais raras e/ou exóticas.

Ver também

Galeria

Referências

  1. Revista E N.º 2429 (18 de Maio de 2019). O princípio de Sophia, pág. 30.
  2. Revista E n.º 2431 (1 de Junho de 2019). Entrevista Nuno Ferrand - "Somos eventos únicos do processo evolutivo", pág. 58

Ligações externas

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