Júlia da Costa | |
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Nome completo | Júlia Maria da Costa |
Nascimento | 1 de julho de 1844[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] Paranaguá |
Morte | 12 de julho de 1911 (67 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] São Francisco do Sul |
Residência | São Francisco do Sul |
Nacionalidade | Brasileira |
Cônjuge | Comendador Francisco da Costa Pereira (1871) |
Ocupação | Poetisa e escritora |
Magnum opus | Flores dispersas |
Júlia Maria da Costa (Paranaguá, 1 de julho de 1844 — São Francisco do Sul, 12 de julho de 1911) foi poetisa e escritora de crônicas-folhetins brasileira.
Biografia
Casou em 28 de outubro de 1871, em São Francisco do Sul por conveniência e imposição familiar, com um homem rico e trinta anos mais velho,o Comendador Francisco da Costa Pereira, viúvo de Anna Maria do Carmo, nascido e batizado na antiga freguesia de São Pedro do Couto de Caparica, arcebispado de Braga, província do Minho, Portugal. Júlia da Costa amou o poeta Benjamin Carvoliva, cinco anos mais novo. Correspondia-se com ele quase que diariamente durante o namoro e, quando casada, em segredo.
Em uma das cartas, que eram colocadas em esconderijos diversos, tais como o oco de uma velha árvore, Júlia sugeriu uma vez que os dois fugissem, mas quem fugiu foi Carvoliva perante a ousadia da poetisa. Desiludida, Júlia passou a escrever, febrilmente, poemas cada vez mais desesperançados e melancólicos, começou a freqüentar mais e mais serões e festas, a pintar os cabelos de negro (em uma época em que somente meretrizes e artistas o faziam), o rosto, a usar muitas joias, a participar de campanhas políticas e a publicar em jornais e revistas, tornando-se uma lenda viva em sua pequena cidade.
A solidão se tornou cada vez maior depois da morte de seu marido, que a habituara a receber catarinenses ilustres em banquetes e saraus, em um dos quais esteve presente o Visconde de Taunay. Viúva, cansada das festas, Júlia da Costa fechou-se em casa com manias de perseguição. Durante o tempo em que permaneceu enclausurada, planejou escrever um romance e, para tanto, confeccionou painéis coloridos com cenas campesinas, interiores de lar e paisagens inspiradoras que espalhou pelas paredes.