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Império Axante

Predefinição:Info/Estado extinto2 Predefinição:Costa do Ouro (Gana)

Império Axante[1][2], Axânti[3][4][5] ou Achanti[6] (em inglês: ashanti ou asante; em axante: Asanteman) (independente de 1701-1896), foi um estado pré-colonial da África Ocidental criado pelos acãs e situado no que é hoje a região Axante em Gana. Seu império se estendia desde a Gana central até o Togo e a Costa do Marfim dos dias atuais. Hoje, a monarquia Axânti continua como um dos estados subnacionais tradicionais constitucionalmente protegidos dentro da República de Gana.

Origens

Os axantes são um importante grupo étnico de Gana. Eles foram um povo poderoso, militarista e altamente disciplinado da África Ocidental. Os antigos axantes migraram das imediações da região noroeste do Rio Níger após a queda do Império do Gana no século XIII. Evidência disto está nas cortes reais dos reis acãs, refletida pela dos reis axantes cujas procissões e cerimônias mostram resquícios de antigas cerimônias de Gana. Etnolinguistas têm comprovado a migração pelo uso das palavras e pelo padrão de fala ao longo da África Ocidental.

Por volta do século XIII, os axantes e vários outros acãs migraram para o cinturão de floresta da Gana atual e estabeleceram pequenos estados na região montanhosa em volta da atual cidade de Cumasi. No auge do Império do Mali, os axantes e o povo acã em geral enriqueceram como o comércio de ouro extraído do seu território. No início da história axante, este ouro foi negociado com os importantes impérios de Gana e Mali.

Uma confederação axante surgiu graças ao esforço de Osei Tutu I com alianças com povos vizinhos por política matrimonial e pressão diplomática.[7] De acordo com as tradições orais, o sacerdote Okomfo Anokye teria feito descer do céu um assento de ouro (sikadwa) que pousou em cima dos joelhos de Osei Tutu I.[7] Esse seria o símbolo da confederação axante, o qual se destruído, ou capturado por outros inimigos, todo o reino cairia no caos de acordo com Okomfo Anokye.[8]

Formação do reino

A organização política acã centrada em vários clãs, cada uma chefiada por um Chefe Supremo ou Amanhene[9]. Um desses clãs, os Oiocos, assentados na sub-região de floresta tropical do Gana, estabeleceu um centro em Cumasi[10]. Durante a elevação de outro Estado acã conhecido como Denquiera, axante tornou-se tributário. Mais tarde em meados de 1600, o clã Oioco[11] sob a chefia de Oti Akenten começou a consolidar outros clãs axantes em uma confederação livre que ocorreram sem destruir a autoridade suprema de cada chefe sobre seu clã[12]. Isto foi feito em parte por agressão militar, mas em grande parte por uni-los contra Denquiera, que anteriormente haviam dominado a região.

Ver também

Referências

  1. VOC 2019.
  2. Silva 2014.
  3. Aulete 2017.
  4. Michaelis 2017.
  5. Lopes 2014.
  6. MACEDO, José Rivair. História da África. São Paulo, Editora Contexto. 2014. p. 77
  7. 7,0 7,1 MACEDO, José Rivair. História da África. São Paulo, Editora Contexto. 2014. p. 77-78
  8. «Face2Face Africa History Face2Face Africa History». Face2Face Africa (em English). 28 de março de 2019. Consultado em 30 de julho de 2020 
  9. «Ashanti.com.au - Our King». Consultado em 10 de junho de 2008. Arquivado do original em 11 de dezembro de 2005 
  10. «Ashanti.com.au - Ashanti». Consultado em 10 de junho de 2008. Arquivado do original em 13 de abril de 2012 
  11. Roberto Guedes. «África, Brasileiros e Portugueses, Séculos XVI - XIX». Consultado em 26 de agosto de 2019 
  12. Ghana - The Precolonial Period

Bibliografia

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  • Lopes, Nei (2014). «Império Axânti». Enciclopédia Brasileira da Diáspora Africana. São Paulo: Selo Negro Edições 
  • Silva, Alberto da Costa (2014). «6. A Costa do Ouro». A Manilha e o Libambo - A África e a Escravidão, de 1500 a 1700. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira Participações S.A. ISBN 978-85-209-3949-9 
  • «Axante». VOCLP – Vocabulário Ortográfico Comum da Língua Portuguesa. 2019 

Ligações externas

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