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A Igreja Metodista no Brasil é uma denominação protestante metodista, sendo de orientação metodista e protestante clássica ou tradicional, fundada por missionários americanos em 1867, após uma fundação mal sucedida inicial em 1835. Ela cresceu firmemente desde então, tornando-se autônoma em 1930. É a maior denominação metodista do Brasil, com 259.729 membros em 2015, sendo ainda a décima quinta maior denominação protestante no país. [1][2][3]
História da Igreja Metodista do Brasil
Primeira missão metodista
Em 1835, o reverendo Foutain Elliot Pitts foi enviado pela Igreja Metodista Episcopal, dos Estados Unidos, com a missão de avaliar as possibilidades do estabelecimento de uma missão metodista nas terras brasileiras. Chegando ao país com uma carta de recomendação do então presidente americano Andrew Jackson, o reverendo Pitts desembarcou no Rio de Janeiro. Mais tarde, em 1836 e 1837, foram enviados o reverendo Justin Spaulding e reverendo Daniel Parish Kidder, com suas respectivas famílias, para comporem a missão. Porém, essa missão foi encerrada em 1841 por falta de recursos.[4]
Missão da Igreja Metodista Episcopal do Sul
Com a divisão causada nos Estados Unidos durante a Guerra Civil, a Igreja Metodista Episcopal também se dividiu: no sul, foi criada a a Igreja Metodista Episcopal do Sul e no Norte, os metodistas continuaram com o mesmo nome de antes da guerra.
Junius Estaham Newman foi o primeiro pastor a fixar-se permanentemente no Brasil. "J. E. Newman, recomendado para a Junta de Missões para trabalhar na América Central ou Brasil": essa foi a nomeação que ele recebeu em 1866, na Conferência Anual. Após ter servido durante a Guerra Civil Americana, como capelão às tropas do Sul, observou que muitos metodistas do Sul emigraram para as Américas do Sul e Central e acompanhou-os.
A Guerra deixou endividada a Junta, sem possibilidade de enviar obreiros para qualquer local.[5] Newman financiou sua própria vinda ao Brasil, com suas modestas economias. Chegou ao Rio de Janeiro, Niterói, em agosto de 1867, mas fixou residência em Saltinho, cidade próxima a Santa Bárbara d'Oeste, província de São Paulo. Desde 1869, pregou aos colonos mas, dois anos mais tarde, no terceiro domingo de Agosto, organizou o "Circuito de Santa Bárbara".
O primeiro salão de culto – antes era uma venda – foi uma pequena casa, coberta de sapé e de chão batido. Newman trabalhava com os colonos norte-americanos e pregava em inglês. Um dos motivos da demora de Newman em organizar uma paróquia metodista é que ele pregava principalmente para metodistas, batistas, presbiterianos e a todos que desejassem ouvir sua mensagem, pensando ser mais sábio unir os "ouvintes" em uma única igreja, sem placa denominacional. Mas, depois, todas as denominações organizaram-se em igrejas, de acordo com sua origem eclesiástica nos eua. Newman insistiu, através de suas cartas, para que os metodistas norte-americanos abrissem uma missão em nosso país.
Em 1876, a Junta de Missões da Igreja Metodista Episcopal Sul, despertada através da publicação das cartas nos jornais metodistas nos EUA, enviou seu primeiro obreiro oficial: reverendo John James Ranson. Dedicou-se ao aprendizado do português para proclamar as boas novas aos brasileiros, sendo o responsável pela criação da primeira publicação metodista no Brasil, o Methodista Catholico.
J. E. Newman e sua família mudaram-se para Piracicaba, SP, onde permaneceram entre 1879 e 1880, quando as filhas de Newman, Annie e Mary, organizaram um internato e externato. O "Colégio Newman" é considerado precursor do Colégio Piracicabano, hoje Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba).
Em 27 de setembro de 1885 foi fundada a Congregação Metodista do Rio Grande do Sul pelo missionário João da Costa Correa, erguendo uma capela (hoje a Catedral Metodista de Porto Alegre) e uma escola que seriam a origem de uma série de iniciativas missionárias e educativas no estado.[6][7]
A autonomia da Igreja Metodista do Brasil
Ano | Membros |
---|---|
1900 | 2.779 |
1910 | 6.190 |
1920 | 9.982 |
1930 | 15.560[8] |
2006 | 162.000 |
2010 | 214.715[2] |
2015 | 259.729[1] |
O movimento pela autonomia começou por volta de 1910. Diversas manifestações surgiram entre a liderança clerical e leiga, que buscavam um episcopado mais próximo do país; anteriormente, os Bispos eram americanos e residiam fora do Brasil, uma constituição própria, regularização dos salários, anteriormente em dólares, e uma igreja mais nacional. [9] [10]
A Igreja Metodista tornou-se independente da Igreja Americana em 2 de Setembro de 1930, em São Paulo, na Igreja Metodista Central de São Paulo (atualmente Catedral Metodista de São Paulo), onde a Comissão Constituinte se encontrou em nove sessões e onde a Constituição promulgada foi entregue às mãos de Guaracy Silveira. Elegeu-se o primeiro bispo da Igreja, chamado Willian Tarboux, que era americano. O primeiro bispo brasileiro metodista foi César Dacorso Filho, eleito em 1934.
Na década de 1970, foi ordenada sua primeira ministra. Em 2006, tinha 162.000 membros e 1266 pastores em 2006. Também naquele ano, decidiu retirar-se do Conselho Nacional de Igrejas (CONIC). Em 2010 era formada por 1411 igrejas e congregações, e 214.715 membros.[2] A partir de 2015 a igreja declarou ter 259.729 membros. Logo, a igreja cresceu 20,96% em 5 anos. No mesmo período, a população brasileira cresceu apenas 4,67%, o que mostra o rápido crescimento da denominação.[1]
As regiões eclesiásticas no Brasil
No Brasil, as Igrejas Metodistas estão organizadas em Regiões Eclesiásticas:
- 1ª Região: Rio de Janeiro (Catete, Cascadura, Penha, Jacarépaguá, Caxias, São João de Meriti, Nilópolis, Nova Iguaçu, Realengo, Bangu, Campo Grande, Santa Cruz, Valença, Volta Redonda, Barra Mansa, Resende,Itatiaia, Itaguaí, Muriqui, Itacuruça e Paraty).
- 2ª Região: Rio Grande do Sul
- 3ª Região: São Paulo (Região Metropolitana, litoral, Vale do Paraíba e região de Sorocaba)
- 4ª Região: Minas Gerais e Espírito Santo
- 5ª Região: Mato Grosso do Sul, Interior de SP, Triângulo Mineiro mais duas cidades do Sul de Minas Gerais (Poços de Caldas e Campestre).
- 6ª Região: Santa Catarina e Paraná
- 7ª Região: Rio de Janeiro (Araruama, Búzios, Campos, Cabo Frio, Itaocara, Macaé, Magé, Niterói, São Gonçalo, Pádua, Petrópolis, Teresópolis e Três Rios).
- 8ª Região: Distrito Federal ,Goias , Mato Grosso e Tocantins.
- REMA: Região Missionária da Amazônia
- REMNE: Região Missionária do Nordeste
Referências
- ↑ 1,0 1,1 1,2 Erro de citação: Marca
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inválida; não foi fornecido texto para as refs chamadasEst2015
- ↑ 2,0 2,1 2,2 Erro de citação: Marca
<ref>
inválida; não foi fornecido texto para as refs chamadasMETO
- ↑ Fautino Teixeira e Renata Menezes V. (2013). Religiões em movimento: o censo de 2010. Petrópolis, Rio de Janeiro: Editora Vozes. ISBN 978-85-326-4725-2
- ↑ Helmut Renders, "A presença metodista no Brasil no século XIX", em: (2005) "Caminhos do metodismo no Brasil", São Bernardo do Campo: Editeo.
- ↑ «Minutes of the Epicospal Methodist church» (PDF). Emory University
- ↑ Biluczyk, Roberto. "Conexão Texas: os missionários estadunidenses e a obra educacional. Metodista em Passo Fundo/RS (1920-1957)". In: Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, 2020 (158)
- ↑ Ensslin, Anna Beatriz Ereias. Uma missão educativa metodista: O Instituto Porto Alegre – Departamento de Jaguarão 1942-1952. Mestrado. Universidade Federal de Pelotas, 2015, pp. 53-56
- ↑ «História da Igreja Metodista do Brasil, página 2» (PDF). Consultado em 30 de janeiro de 2020
- ↑ Rui de Souza Josgrilberg, "O movimento da Autonomia", em: (2005) "Caminhos do metodismo no Brasil", São Bernardo do Campo: Editeo.
- ↑ Kennedy,, , James L. (1928). ,. Cinquenta Anos de Metodismo no Brasil.. São Paulo: Imprensa Metodista: [s.n.]
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