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Icós

Icós
População total
Regiões com população significativa
 Ceará
 Paraíba
 Rio Grande do Norte
Línguas
Dialeto Dzubukuá
Religiões
Animismo, xamanismo
Grupos étnicos relacionados
Kariús ouQuincu,Icózinhos,Curema e Caicó

Os icós foram um povo indígena brasileiro que se autodenomina Quincu pertencente aos Cariús um ramo Cariri que habitou a região limítrofe entre Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, num território compreendido desde a margem direita do Salgado até a margem esquerda do Peixe, ficaram conhecidos também pela corruptela de Icózinho no Ceará , Curema na Paraíba e Caicó no Rio Grande do Norte [1]Predefinição:Nota de rodapé

Icó provém da junção dos termos tupis i (água) e (fazenda, roça), o que produz o significado de «poço da roça.»[2][3] A denominação dessa tribo tapuia mais tarde batizou uma cidade cearense homônima.[4]

História

Conquista

Antes da chegada dos conquistadores luso-brasileiros, os Icós viviam sobretudo da caça e da coleta e vagavam pelo sertão nordestino. No tratado de paz realizado em 1672 com várias tribos do Ceará, os Icós e Caratiús, então confederados, ficaram de fora.[2] Entre 1694 e 1695 eles quase aniquilaram de vez os colonizadores das terras da bacia dos rios Jaguaribe e Banabuiú.[5]

Sobre esses embates e a trégua com esses indígenas, há a seguinte citação no livro Os indígenas do Nordeste, de 1935:

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índios de corso, como eram então chamadas as tribos saqueadoras e rapinantes; tais depredações fizeram nas terras de Jaguaribe, que o capitão-mor Fernão Carrilho organizou, em 1694, uma expedição para batê-los, sob o cominando de Francisco Dias Carvalho. Pacificados alguns anos depois, em 1700, pelo padre João de Matos Serra, foram eles aldeados no local onde está hoje edificada a cidade de Sousa, na Paraíba do Norte.[1]Predefinição:Nota de rodapé

Dentre as várias batalhas que esses autóctones travaram com os colonizadores, pode-se citar as do início do século XVIII, quando tribos Icós que habitavam as Serras do Pereiro e os sertões do Cedro, impediram o capitão-mor Gabriel da Silva de povoar a região. O capitão então providenciou uma fortificação em forma de paliçada para defender os moradores da ribeira do rio Salgado, região onde hoje se assenta a cidade de Icó.[4]

No livro Ouro Vermelho: a Conquista dos Índios Brasileiros pode-se ler a seguinte narrativa:

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(...) As tribos pagãs foram sentenciadas sem uma única audiência e muitas vezes foram mortas após se renderem. Houve ataques traiçoeiros, imotivados, contra os Icós do Jaguaribe em 1704, e novamente em 1707, 1708 e 1720, quando muitos índios foram escravizados.[6]

Extinção e legado

O povo Icó se extinguiu ainda no início do século XIX. Deixaram como legado, além da contribuição genética através da mestiçagem com os conquistadores, alguns usos e costumes, assim como vários vocábulos sobretudo os relativos a povoações ou acidentes geográficos.[1]

Predefinição:Notas

Referências

  1. 1,0 1,1 1,2 PINTO, Estêvão (1935). Os indígenas do Nordeste, Volume 1. [S.l.]: Companhia Editora Nacional. 626 páginas 
  2. 2,0 2,1 ARAGÃO, R. Batista (1994). Indios do Ceará & topônimos indígenas. [S.l.]: Ed. Barraca do Escritor Cearense. 159 páginas 
  3. LEONTSINIS, Alexandre P. (1992). O tupi--nossa linguagem ecológica. [S.l.]: Biblioteca Stassa Leontsinis. 335 páginas 
  4. 4,0 4,1 Adm. do sítio web. «Origens da cidade de Icó, Ceará» (PDF). Biblioteca do IBGE. Consultado em 28 de março de 2012 
  5. Erro de citação: Marca <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs chamadas Stud
  6. HEMMING, John; MOURA, Carlos Eugênio Marcondes de (2007). Ouro Vermelho: A Conquista dos Índios Brasileiros, vol. 27. [S.l.]: EdUSP. 813 páginas. ISBN : 9788531409608 Verifique |isbn= (ajuda) 

Ligações externas

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