𝖂𝖎ƙ𝖎𝖊

Hotel Central (Lisboa)

Hotel Residencial (gravura anterior a 1860).
Grande Hotel Central, em fundo (foto do início do séc. XX).
Já convertido em escritórios de companhias de navegação (foto de 1959).

O Hotel Central é um dos cenários de vários romances de Eça de Queiroz, como Os Maias[1][2], situando-se na Praça do Duque da Terceira, entre a Avenida Ribeira das Naus e a Rua do Arsenal, em Lisboa.

O jantar de Ega ao banqueiro Cohen, que ocorre neste cenário, ocupa um total de 28 páginas da obra.[3]

Relevância

Este edifício reveste-se de especial interesse para a acção:

  1. é aí que CarlosMaria Eduarda pela primeira vez;
  2. é aí que acontece o Jantar, o que torna o Hotel Central fundamental no delinear do espaço social queirosiano. João da Ega quer homenagear o marido da sua amante e prepara um jantar com os amigos. O ambiente torna-se pesado pela disputa verbal entre João da Ega e o Poeta Tomás de Alencar. O primeiro defende os princípios doutrinais do Realismo e o segundo do Romantismo. Criticam também Portugal em alguns aspectos.

Caracterização

A ambiência caracterizada por:

  • Ociosidade;
  • Futilidade;
  • Valorização do estrangeiro;

Representa uma crítica:

  • À Literatura: exageros do ultra-romantismo (Alencar) e distorção das teses naturalistas (Ega);
  • Literária – oposição Naturalismo vs Romantismo;
  • Às Finanças: irresponsabilidade e incompetência do director do Banco e ao estado das finanças nacionais (Cohen);
  • À mentalidade retrógrada;

Referências

  1. Lúcia Vaz Pedro (29 de Março de 2015). «Crónica social em "Os Maias" de Eça de Queirós». Consultado em 10 de fevereiro de 2018 
  2. Alexandra Sofia Costa - Antena 1 (11 de Setembro de 2014). «João Botelho destaca atualidade do filme "Os Maias" que estreia nas salas de cinema» 
  3. Marcelo Copello (21 de maio de 2017). «Eça de Queiroz, o grande cronista do vinho». Consultado em 10 de fevereiro de 2018 
Ícone de esboço Este sobre literatura é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.

talvez você goste