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Hospital de São José

Predefinição:Info/Hospital O Hospital de São José é um hospital central da Grande Lisboa com especial vocação entre outras, para doentes politraumatizados, integrando o Centro Hospitalar Lisboa Central EPE (CHLC).

Em 2023, data prevista para a entrada em funcionamento do futuro Hospital de Lisboa Oriental, no Parque da Bela Vista, em Chelas, os seus serviços e funcionários serão transferidos para essa nova unidade. Manter-se-á em funcionamento como hospital de proximidade: apenas terá urgência básica, pequena cirurgia e, no máximo, 300 camas.[1][2]

História

O antigo Hospital Real de São José e actual Hospital de São José sucedeu ao antigo Hospital Real de Todos os Santos, que teve o seu arranque a 15 de maio de 1492. Contou com a presença do Rei D. João II, na altura do seu quadragésimo aniversário, apenas três anos antes da sua morte em Alvor.

A sua inauguração ocorreu nove anos mais tarde, no reinado de D. Manuel I, em 1501. A obra esteve a cargo do Mestre das Obras do Reino, o arquitecto Diogo Boitaca. Situava-se no Rossio, ocupando a área da actual Praça da Figueira.

Só mais tarde e fruto da destruição do primeiro e resultado da fusão de pequenos hospitais este se desloca para o espaço do Colégio de Santo Antão, dos jesuítas entretanto expulsos, e a sua nomenclatura ficou determinada pela denominação comum aos que se juntaram como - de Todos os Santos (Omnia Sanctorum). Foi também "Hospital Real" e, simultaneamente, Hospital dos Pobres. As letras O e S mantêm-se até hoje no símbolo que representa a instituição.

Conta na sua Igreja com pinturas de Fernão Gomes, em talha dourada.

A 8 de junho de 2016, a sua Unidade Cuidados Intensivos Polivalente Neurocríticos (UCIPNC) foi feita Membro-Honorário da Ordem do Infante D. Henrique, pelo sucesso no nascimento de um bebé do ventre de uma mãe em morte cerebral.[3] As insígnias foram entregues à equipa da unidade em cerimónia realizada no dia 5 de setembro de 2017.[4]

Incêndios

A 27 de outubro de 1601, deu-se um dos grandes incêndios que destruiram quadros dos Reis de Portugal e as pinturas afresco maneiristas. Outro incêndio deu-se a 10 de agosto de 1750 e um terceiro a 1 de novembro de 1755, resultando do Terramoto de Lisboa. A ironia foi a de que o Hospital Real de Todos os Santos foi destruído no seu próprio dia, o dia de Todos os Santos.

Em 2005, novo incêndio deflagrou numa das arrecadações. A sala e o equipamento médico ficaram completamente destruídos. Os "raio-x" ficaram irrecuperáveis. As salas de recepção e reanimação ficaram inutilizadas, pois a água utilizada no combate ao fogo fez o tecto ruir. O incêndio foi combatido pelos Bombeiros Sapadores de Lisboa e pelos Bombeiros Voluntários de Lisboa, totalizando 55 homens e 11 viaturas. As causas do incêndio, que se iniciou numa arrecadação do piso superior e que rapidamente se alastrou à sala de urgências para doentes poli-traumatizados, ainda são desconhecidas.

Referências

  1. Ofício da ARS-LVT sobre Rede de Equipamentos Hospitalares na cidade de Lisboa de 7.7.2017
  2. “É quase certo que o S. José não fecha quando abrir o novo hospital”, Entrevista à Presidente do CHLC, Público 17.04.2017
  3. «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Unidade de Cuidados Intensivos Neurocríticos do Hospital de São José". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 28 de janeiro de 2018 
  4. «Presidente da República condecora Unidade de Neurocríticos do CHLC-HSJ, CHLC 05.09.2017». Consultado em 28 de janeiro de 2018. Arquivado do original em 29 de janeiro de 2018 

Ver também

Predefinição:Lisboa-Geral

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