A hormonoterapia ablativa implica a abolição completa dos esteróides sexuais do corpo humano através de castração cirúrgica, radiológica ou química.[1] Com o avanço da medicina, hoje em dia é mais comum o uso do método químico ou radiológico (este para casos de câncer), já que a inibição hormonal por essa via consegue os mesmos resultados e é menos invasiva que a castrativa.[2] As primeiras terapias hormonais da história foram as ablativas, que consistiam na extirpação dos ovários ou testículos e, posteriormente, das glândulas suprarrenais e hipófise.[1]
Como exemplo desse tipo de terapêutica temos a ovariectomia, a orquiectomia, a suprarenalectomia e a hipofisectomia.[1] Esta última leva à supressão da secreção de gonadotrofinas, impedindo a produção de estrogênios e/ou androgênios. Simultaneamente desaparecem a somatotrofina e a prolactina, também implicadas no crescimento tumoral.
A hormonoterapia ablativa é usada para casos de doenças hormonodependentes, como o câncer, ou para a inibição hormonal durante o tratamento da transexualidade[3] ou, ainda, de criminosos propensos a crimes sexuais.[4]
Referências
- ↑ 1,0 1,1 1,2 Javier García-Conde (2000). Oncología clínica básica. [S.l.]: Arán Ediciones (México). 754 páginas. ISBN 9788486725600
- ↑ Lee Goldman; Andrew I. Schafer (2014). Goldman Cecil Medicina. [S.l.]: Elsevier Brasil. 3264 páginas. ISBN 9788535269765
- ↑ Gerald Ramsey (1998). Transexuais. [S.l.]: Edições GLS. 219 páginas. ISBN 9788586755026
- ↑ Mario Maggi (2012). Hormonal Therapy for Male Sexual Dysfunction. [S.l.]: John Wiley & Sons. 132 páginas. ISBN 9780470657607