A Fé Bahá'í define que a expressão sexual é aceitável somente dentro do casamento, e os escritos Bahá'ís relativos ao casamento definem, exclusivamente, o casamento como a união entre um homem e uma mulher. Reforça ainda a importância da castidade absoluta para qualquer pessoa solteira.
Referências sobre a homossexualidade na Fé Bahá'í descrevem-na como uma distorção da natureza em que um indivíduo deve controlá-la e superá-la.
A Fé Bahá'í condena a discriminação contra qualquer pessoa mas, ao se tornar bahá'í, automaticamente o indivíduo deve procurar adaptar-se ao padrão de vida "designado por Deus" como parte de sua evolução espiritual individual, segundo os escritos bahá'ís.[1]
Tratamento aos homossexuais
Um dos princípios (ver ensinamentos) da Fé Bahá'í é a eliminação de todos os tipos de preconceitos, sendo assim, não é permissível qualquer espécie de discriminação, mesmo referente a alguém que cometa qualquer tipo de transgressão às leis.
Os escritos Bahá'ís ensinam que as pessoas devem tratar a todos, incluindo homossexuais, com amor, respeito e dignidade, ainda que na Fé Bahá'í a união homoafetiva não seja permitida.
Bahá'ís homossexuais
Quando um indivíduo homossexual se torna Bahá'í, ou se é descoberto posteriormente que um indivíduo Bahá'í é homossexual, esse assunto é tratado em particular com as Assembléias Espirituais Locais. Atos flagrantes de comportamento homossexual não são permitidos e a pessoa é aconselhada a abandoná-los. A menos que as ações de um indivíduo sejam flagrantes, como a união homoafetiva publicamente celebrada, um homossexual não é afastado de sua participação plena na comunidade Bahá'í, no entanto, caso seja, os direitos de voto podem ser removidos como uma sanção administrativa temporária, o que simplesmente suspende o direito de participação na vida comunitária temporariamente até que o indivíduo resolva sua condição. [2][3]
Embora seja deixado à consciência individual, qualquer ato que transgrida os ensinamentos de Bahá'u'lláh é considerado causa de algum dano na comunidade e o ato homossexual é considerado espiritualmente condenável.
A Fé Bahá'í muitas vezes recebe críticas de pessoas que defendem ou consideram a prática da homossexualidade moralmente correta.
Escritos Bahá'ís sobre homossexualidade
Bahá'u'lláh, no Kitáb-i-Aqdás, como também Shoghi Effendi, e diversas cartas da Casa Universal de Justiça, falam sobre a homossexualidade e definem de forma direta a postura da Fé Bahá'í em relação às práticas homossexuais.
Os Bahá'ís costumam expressar que a prática homossexual é condenável, não o homossexual.Página Predefinição:Quote/styles.css não tem conteúdo.
"Não obstante quão belo e devotado o amor entre pessoas do mesmo sexo possa ser, permitir que ele se expresse através de atos sexuais é errado. Afirmar que esse amor é ideal não é desculpa. Bahá'u'lláh efetivamente proíbe toda a sorte de imoralidade, e Ele assim considera as relações homossexuais, além de serem contra a natureza. Ser afligido dessa maneira é pesado fardo para uma alma consciente. Porém, através do conselho e ajuda de médicos, através de esforço firme e determinado, e por meio de orações, uma alma pode superar esse problema." (Resposta de Shoghi Effendi para um indivíduo, 26 de março de 1950, citado em Lights of Guidance)
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"A homossexualidade, de acordo com os Escritos de Bahá’u’lláh, é espiritualmente condenada. Isso não significa que cujas pessoas tão aflitas não devam ser ajudadas, aconselhadas e acolhidas. Significa que não acreditamos que seja um modo de vida permitido; que, infelizmente, é muitas vezes a atitude aceita hoje em dia." (De uma carta escrita em nome do Guardião para um crente individual, 21 de maio de 1954, citado em Lights of Guidance)
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"Deve haver um incentivo real para você enfrentar corajosamente os problemas inerentes à situação que descreve em sua carta, e para decidir, com firmeza, mudar seu modo de vida. Mas você deve desejar fazê-lo. Tanto você quanto seu amigo bahá'í devem primeiro reconhecer que um relacionamento homossexual subverte o propósito da vida humana e que determinado esforço para superar as tendências rebeldes que promovem esta prática que, assim como outros vícios sexuais, é tão abominável; o Criador de toda a humanidade irá ajudá-los a retornar a um caminho que os leve à verdadeira felicidade. " (De uma carta escrita em nome da Casa Universal de Justiça para um crente individual, 23 de agosto de 1982)
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"Vários problemas sexuais, como homossexualidade e transexualidade, podem muito bem ter aspectos médicos e, em tais casos, certamente deve-se recorrer à melhor assistência médica. Mas está claro a partir do ensino de Bahá'u'lláh que a homossexualidade não é uma condição com a qual uma pessoa deve se reconciliar, mas é uma distorção de sua natureza que deve ser controlada e superada. Isso pode exigir uma luta árdua, mas também pode ser a luta de uma pessoa heterossexual para controlar seus desejos. O exercício de autocontrole neste, como em tantos outros aspectos da vida, tem um efeito benéfico no progresso da alma. " (De uma carta da Casa Universal de Justiça para um crente individual, 12 de janeiro de 1973: citado em: Mensagens da Casa Universal de Justiça, 1968-1973, p. 110-111)
Referências
- ↑ "Quando a pessoa deseja ingressar na Fé e é sabido que ele ou ela tem um problema como alcoolismo, homossexualidade, drogas, adultério etc., o indivíduo deve ser aconselhado de maneira paciente e amável sobre os ensinamentos bahá'is a respeito desses assuntos." (da Casa Universal de Justiça para a Assembleia Espiritual Nacional dos Estados Unidos, 11 de setembro de 2005)
- ↑ Parrinder, Geoffrey (1996). Sexual Morality in the World's Religions. Oxford: Oneworld. pp. 242–251
- ↑ Orey, Daniel; et al. (20 de setembro de 1993). «Open Letter to the National Spiritual Assembly re Gays in the Baha'i Faith». Bahá'í Library Online. Consultado em 30 de setembro de 2020