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História das bibliotecas

Predefinição:Sem notas A antiga e recente história das bibliotecas é marcada por fatos de pura resistência do conhecimento. Ela vem sofrendo ao longo dos anos a ação do tempo, as guerras, a censura, e mesmo assim elas conseguiram sobreviver a todos os ataques. Na Idade Média, por exemplo, as bibliotecas quase foram extintas, vindo principalmente pela ação de censura da Igreja Católica. Mas, contraditoriamente, foram nos mosteiros, preservadas em esconderijos, e que elas conseguiram mais uma vez se salvar. Um bom exemplo desse tipo de operação medieval foi resgatado no romance "0 nome da Rosa", de autoria de Umberto Eco. Na verdade, as bibliotecas são a metáfora do fênix, que, segundo a tradição egípcia, era uma ave fabulosa que durava muitos séculos e, quando queimada, renascia das próprias cinzas.

Monge escriba medieval.

Momentos Históricos

Toda a saga das bibliotecas antecede a própria história do livro e vai encontrar abrigo no momento em que a humanidade começa a dominar a escrita. As primeiras bibliotecas que se tem notícia são chamadas "minerais", pois seus acervos eram constituídos de tabletes de argila: depois vieram as bibliotecas vegetais e animais, constituídas de rolos de papiros e pergaminhos. Essas são as bibliotecas dos babilônios, assirios, egípcios, persas e chineses. Mais tarde, com o advento do papel, fabricado pelos árabes, começam-se a formar as bibliotecas de papel e, mais tarde, as de livro propriamente dito.

Até o momento, os historiadores acreditam que a biblioteca mais antiga seja a biblioteca de Ebla, encontrada em 1975 na Mesopotâmia e cujo acervo era formado de placas de argila escritas em caracteres cuneiformes datados de 2500 anos antes de Cristo. Mas nenhuma foi tão famosa como a biblioteca de Alexandria, no Egito. Ela teria de 40 a 60 mil manuscritos em rolos de papiro, chegando a possuir 700 mil volumes. A sua fama é atribuída, além à grande quantidade de documentos, também aos três grandes incêndios de que foi vítima.

Mas outras bibliotecas também tiveram grande importância, como as bibliotecas judaicas, em Gaza; a de Hatusa, na Anatólia; e a biblioteca de Pérgamo, que foi incorporada à de Alexandria, antes de sua destruição. Os gregos também possuíam bibliotecas, mas as mais importantes eram particulares de filósofos e teatrólogos.

A partir do século XVI é que as bibliotecas realmente se transformam, tendo como característica a localização acessível, passam a ter caráter intelectual e civil, a democratização da informação é especializada em diferentes áreas do conhecimento.

No Brasil, a biblioteca oficial foi a atual Biblioteca Nacional e Pública, do Rio de Janeiro, que se tornou do Estado em 1825. Essa biblioteca era constituída dos livros do rei de Portugal Dom José I e foi trazida para o Brasil por Dom João VI, em 1807. Junto à Biblioteca Nacional, outra de grande importância no Brasil é a Biblioteca Municipal de São Paulo fa.

Considerações Finais

Biblioteca moderna em Chambery, França.

Nos dias atuais, as bibliotecas vêm se adaptando ao processo de inovações tecnológicas ocorridas com a evolução da humanidade, sendo que uma das principais características da biblioteca do futuro, é que a mesma apresentará não mais o volume do seu acervo, e sim a disponibilidade de poder disseminar informações com outras instituições através das novas tecnologias informacionais.

Apesar de ainda mostrar muito fôlego, os livros, que compõem a maior parte dos acervos das bibliotecas, provavelmente em um futuro bem próximo, serão armazenados em CD-Rom, multimídia, Internet e outros mecanismos de armazanamento de dados eletro - eletrônicos.

Referências bibliográficas

CANFORA, Luciano. A Biblioteca desaparecida: histórias da biblioteca de Alexandria. São Paulo:Companhia das letras, 1989. 195p.

CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. 6. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2002. 698p. (A era da Informação: economia, sociedade e cultura; v.1).

ECO, Humberto. O Nome da rosa: romance. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002. 562p.

MARTINS, Wilson. A Palavra Escrita. São Paulo.Ática, 3. ed. 1998. 512p.

Ver também

en:History of libraries fa:تاریخچه کتابخانه

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