Henrique Silva Méro

Henrique Silva Méro
Nascimento	1847 Penedo, AL
Morte	6 de maio de 1917 Maceió, Al
Nacionalidade	Brasileiro
Ocupação	Advogado e Jornalista

Henrique Silva Méro (Penedo, 1847 — Maceió, 6 de maio de 1917), filho de João Rodrigues do Silva Portugal, além de advogado, jornalista e compositor, participou, como membro da Sociedade Redemptora, do movimento pela Abolição da Escravatura, e, mais tarde, daquele que viria a resultar na Proclamação da República do Brasil.

Membro da Maçonaria,foi orador da Loja Maçônica Redemptora, em Penedo, além de Secretário da Sociedade Maçônica Ordem e Progresso, em Maceió, vindo a ser distinguído com o título: maçom de Ouro.

Homem público, ocupou os cargos de Secretário da Câmara Municipal de Penedo (1881/1887), de Contador da Contadoria Municipal da Intendência de Maceió (Gutenberg, 24.12.1893, p. 3), de Secretário da Intendência de Maceió (ORBE, 1894) e de Tabelião do Crime da Comarca de Maceió.

Jornalista, encabeçou, ainda em Penedo, campanha pela alforria da pequena escrava Felícia (de quem se dizia vítima de maus-tratos) vindo a judicialmente obter-lhe a guarda.

Já em Maceió, para onde se transferiu em virtude da malquerença que tal campanha jornalística lhe teria gerado, viria a se envolver em uma outra, desta feita em razão de denúncia que desatou contra Promotor daquela Comarca, pela qual atribuíu-lhe indevida alteração em libelo que teria produzido, justo em sede de processo crime destinado à apuração de pretenso infanticídio.

Interpelado pelo denunciado, oportunidade em que lhe foi reclamada reverência à dignidade do cargo por aquele ocupado, valeu-se de Honoré Méro, (poeta francês dos fins do Século XVII), para responder-lhe, pelos jornais, com a seguinte sentença: “ Il ne suffit pas, pour s´attirer l´hommage des hommes, d´occuper un rang éminent, Il faut encore savoir s´y distinguer par son propre mérite” (Cosme de Médicis, Grand Duc de Toscane, Gueffier, Paris, 1774 - in Decicatória à Madame La Contesse de Noailles).

Foi colaborador assíduo dos periódicos Gutenberg, Cruzeiro do Norte, Jornal de Alagoas e Correio de Alagoas, o primeiro editado em Penedo e os demais em Maceió.

Casado com a Senhora Cecília Senhorinha Cavalcanti Méro, que por longos anos exerceu a Provedoria da Santa Casa de Misericórdia de Penedo, gerou quatro filhos: Oswaldo Méro, Maria Méro (Horta), Santina Méro (Barbosa) e Virgílio Méro.