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Helsingborg (em sueco: Helsingborg; pronúncia /hɛlsɪŋˈbɔrj/; ouça a pronúncia) ou Helsimburgo[1][2] (latinizado: Helsingburgum, Helsingoburgum, Helsinburgum) é uma cidade portuária do condado da Escânia, no sul da Suécia. Está localizada na margem oriental do estreito de Öresund, em frente à cidade dinamarquesa de Helsingør, na margem ocidental. Tem uma população de 110 520 habitantes (2018) [3] [4] [5]
Mencionada como a "pérola do Öresund" (sundets pärla) e conhecida como a cidade que liga a Suécia à Europa, é uma cidade com grande valor histórico para a Suécia e anteriormente para a Dinamarca. É também um dos grandes centros de desportos na Suécia, participando da maioria dos eventos que são sediados no país. Possui igualmente uma das principais áreas industriais do país. [6][7][8]
História
A primeira referência a Helsingborg (antes chamada Hälsingborg) como povoação remonta a 1085, quando a cidade era apenas um pequeno vilarejo.[8] Porém alguns historiadores suecos acreditam que a cidade poderia ter sido fundada ainda na Era Viquingue e teria sido destruída antes do ano 900, para ser fundada novamente em 1085. A sua fortaleza fez de Helsingborg um local militar e politicamente importante durante as guerras da Idade Média. Helsingborg faz parte da região cedida pela Dinamarca à Suécia através do Tratado de Roskilde, de 1658, embora múltiplas tentativas de reconquista pela Dinamarca tenham acontecido até ao início do século XVIII. Acredita-se que, pelo fato de muitas guerras entre a Suécia e a Dinamarca terem acontecido em Helsingborg, sua população hoje não seja muito significativa. A estimativa é de que a cidade poderia ter até 500.000 habitantes e seria nesse caso a terceira maior cidade da Suécia ultrapassando Malmo.
A cidade começou a prosperar comercialmente após a abolição de uma taxa de passagem sobre o Öresund, em 1857. Atualmente, é uma importante cidade portuária, com uma indústria intimamente ligada à construção naval e ultimamente tem sido sede de grandes eventos esportivos e artísticos da Suécia. Há pouco tempo, Helsingborg, capital da comuna homônima, foi declarada capital do condado de Skåne, ultrapassando a capital da comuna de mesmo nome Malmö. [9]
Geografia
Helsingborg situa-se na costa oeste do condado de Skåne, no sul da Suécia, na zona mais estreita do Öresund. Do outro lado do estreito, diretamente oposta a Helsingborg, situa-se a cidade dinamarquesa de Helsingør, a cerca de 5 km de distância. Esta situação geográfica fez de Helsingborg o principal ponto de passagem da Suécia para a Europa continental, usando uma curta navegação marítima, até a abertura da ponte de Öresund. Por isso é, às vezes, conhecida como a "pérola do Öresund". A rota marítima entre Helsingborg e Helsingør é ainda assim uma das mais ativas no mundo e o posicionamento destas cidades continua a ser estratégico no acesso ao mar Báltico: em média, a viagem entre as duas cidades dura poucos minutos e é uma das rotas mais procuradas pelos suecos que visitam a Dinamarca.
Transportes
Devido à sua situação geográfica, Helsingborg tem fácil comunicação com a Dinamarca, via Helsingør, por meio de um frequente serviço de ferry-boat, ou seja de barco, numa viagem de apenas alguns minutos. Desde a abertura da ponte de Öresund, em 2000, Copenhaga é também facilmente acessível. A cidade está ligada a Malmö, Göteborg e Estocolmo por uma linha ferroviária que é conhecida por sua rapidez nas viagens. Helsingborg é servida pelo seu aeroporto local, especialmente para voos domésticos com destino principal à capital do país, Estocolmo. A ponte de Öresund possibilitou o uso do aeroporto internacional de Copenhaga (Kastrup) para servir Skåne, e Helsingborg não é exceção. A ponte aumentou mais ainda ligação da cidade de Helsingborg com o restante do continente europeu.
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Locais de interesse
Embora a cidade fosse rica em estruturas fortificadas, desde 1676 subsiste apenas a torre Kärnan. Outros edifícios notáveis são a câmara municipal (de 1897), a igreja Sankta Maria (do século XIII), ambas construídas em estilo gótico, a sala de concertos (de 1931, desenhada pelo arquiteto sueco Sven Markelius) e o centro de desportos, que é um dos maiores estádios da Suécia. As principais equipes desportivas da cidade são os clubes de futebol Helsingborgs IFe o Högaborgs BK, sendo que o primeiro joga no estádio Olympia, com capacidade para 17.100 torcedores, que sediará partidas do Campeonato Europeu de futebol Sub-21 e do Torneio Internacional de Futebol Sub-21 de Skåne em 2009, depois de ter sediado partidas do Copa do Mundo FIFA de 1958 e da Eurocopa 1992. Em Helsingborg ainda a opção de ir ao Festival de Verão Anual de Helsingborg, que conta com grandes personalidades da música sueca. A cidade também é sede de uma das etapas do Campeonato Sueco de vôlei durante o verão.
Alguns museus de interesse incluem:
- O Centro Cultural Henry Dunker: possui galerias de arte, exibições permanentes sobre a história da cidade e história cultural geral. É também palco de peças teatrais e musicais;
- O museu ao ar livre de Fredriksdal: com 36 hectares de área, contém parques e edifícios históricos que retratam aspectos ligados à cultura artesanal e campestre da Suécia;
- O museu gráfico (Grafiska Museet): o maior museu gráfico da Suécia, relatando a história da impressão.
Uma estátua de Carl Milles, dedicada ao comércio marítimo, e uma de um globo negro e dourado, dedicada a Tycho Brahe, são dois dos monumentos de especial relevo.
Em 2001 foi aberto, numa antiga fábrica de borracha, um ramo da Universidade de Lund. Um grande acontecimento na cidade pois a Universidade de Lund é uma das mais importantes Faculdades da Suécia e da Europa.
Perto da cidade encontra-se o palácio Sofiero, antiga residência oficial do monarca da Suécia no Verão até a morte do rei Gustavo VI Adolf em 1973. O palácio foi construído em 1885 pelo príncipe real Óscar e a sua esposa Sofia. Além de um jardim, o palácio expõe o seu conteúdo e apresenta pequenas exposições nos meses de Verão que são muito visitadas durante essa época do ano.
Ligações externas
- «Página oficial da cidade» (em English e svenska)
- «Página oficial do Helsingborgs IF» (em svenska)
Referências
- ↑ Gonçalves, Rebelo (1947). Tratado de Ortografia da Língua Portuguesa. Coimbra: Atlântida - Livraria Editora. p. 354
- ↑ Fernandes, Ivo Xavier (1941). Topónimos e Gentílicos. I. Porto: Editora Educação Nacional, Lda.
- ↑ «Tätorter». Instituto Nacional de Estatística da Suécia (Statistiska centralbyrån). Statistiska tätorter 2018, befolkning och landareal per tätort och kommun. Consultado em 19 de fevereiro de 2020
- ↑ Harlén, Hans; Eivy Harlén (2003). «Helsingborg». Sverige från A till Ö [A Suécia de A a Ö]. Geografisk-historisk uppslagsbok (em sueco). Estocolmo: Kommentus. p. 156. 583 páginas. ISBN 91-7345-139-8
- ↑ Miranda, Ulrika Junker; Anne Hallberg (2007). «Helsingborg». Bonniers uppslagsbok (em sueco). Estocolmo: Albert Bonniers Förlag. p. 375. 1143 páginas. ISBN 91-0-011462-6
- ↑ Svensson, Lars (2001). «Helsingborg». Värt att se i Sverige [Para ver na Suécia]. En reseguide (em sueco). Estocolmo: Bonnier. p. 175. 383 páginas. ISBN 9100571903
- ↑ Ottosson, Mats; Åsa Ottosson (2008). «Helsingborg». Upplev Sverige (Conheça a Suécia). En guide till upplevelser i hela landet (em sueco). Estocolmo: Wahlström Widstrand. p. 253. 527 páginas. ISBN 9789146215998
- ↑ 8,0 8,1 Kartcentrum (2003). «Helsingbor». Vår Sverigeguide (O nosso guia da Suécia) (em sueco). Estocolmo: Prisma. p. 12. 528 páginas. ISBN 9151841401
- ↑ Karl Erik Ander, Siv Hellmark. «Helsingborg» (em sueco). Helsingborgs stadslexikon. Consultado em 6 de maio de 2020
- ↑ Lidman Production AB (texto) e Matton (fotografia) (2011). «Skåne». Libers stora junioratlas (em sueco). Estocolmo: Liber. p. 13. 144 páginas. ISBN 9789147809028
Bibliografia adicional
- Encyclopædia Britannica, ed. 2001
- Página oficial da cidade