Os Griqua são um subgrupo da população mestiça sul-africana, descendentes dos antigos colonos europeus e do povo Khoikhoi que ali viviam e que foram expulsos das suas terras pelos colonos. Actualmente, contam-se mais de trezentos mil, principalmente na província do Cabo Setentrional, em geral falantes do africânder. A sua língua ancestral, praticamente extinta[1], chama-se Xiri, ou por vezes igualmente Griqua.
Durante as suas migrações forçadas, eles deram o seu nome a várias regiões da África do Sul:
- Griqualand West ou Gricualândia Ocidental[2] encontra-se perto de Kimberley e tornou-se importante quando aí foram encontrados diamantes.
- Griqualand East ou Gricualândia Oriental[2], perto da fronteira entre o Cabo Oriental e o KwaZulu-Natal. Esta área foi ocupada por Adam Kok III e vinte mil griquas que o seguiram através do Drakensberg em 1861. Aparentemente, estes Griqua foram largamente absorvidos pela população Xhosa do Transkei; talvez isso explique o facto de cerca de 15% do vocabulário da língua Xhosa ser de origem Khoikhoi[3].
Adam Kok III, Kaptein dos Griquas, 1848.
Referências
- ↑ Xiri no Ethnologue
- ↑ 2,0 2,1 Fernandes, Ivo Xavier (1941). Topónimos e Gentílicos. I. Porto: Editora Educação Nacional, Lda.
- ↑ Xhosa no Ethnologue
Ver também
- Griekwastad [1] ou Griquatown, aldeia histórica dos Griqua no Cabo Setentrional