Germana Tânger | |
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Nome completo | Maria Germana Dias da Silva Moreira |
Nascimento | 16 de janeiro de 1920[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] Lisboa, Portugal |
Nacionalidade | Portuguesa |
Morte | 22 de janeiro de 2018 (98 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] Lisboa, Portugal |
Ocupação | Atriz, encenadora, declamadora e divulgadora de poesia |
Outros prémios | |
Distinção Mulheres Criadoras de Cultura (2013) |
Maria Germana Dias da Silva Moreira, pelo casamento Tânger Corrêa, mais conhecida como Germana Tânger GOIH (Lisboa, 16 de janeiro de 1920[1] – Lisboa, 22 de janeiro de 2018), foi uma atriz, encenadora, declamadora e divulgadora de poesia portuguesa.
Biografia
Graduou-se na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa onde, nos anos 1940, integrou o Grupo de Teatro, então dirigido por Manuel Tânger Correia, filho natural de ... Correia e de Zélia Tânger, parente de Manuel de Medeiros Tânger e descendente de Manuel Mendes de Tânger, com o qual veio a casar em 1948 e do qual tem um filho, o Embaixador António Manuel Moreira Tânger Correia. Na mesma altura, começou também a declamar poesia, tendo sido privada de vários dos maiores poetas do seu tempo, como Almada Negreiros, Sophia de Mello Breyner Andresen, José Régio e Jorge de Sena, entre outros.[2]
Mudou-se para Paris, onde tirou o curso de dicção de George Le Roy, tornando-se, por convite de Medeiros Gouveia, Lente de Luís Vaz de Camões na Sorbonne.[2]
Como divulgadora de poesia ao longos de vários anos, percorreu todo o Portugal, com a Pró-Arte, e para além dele, no estrangeiro, incluindo América, África e Ásia, acompanhada por vezes pelo pianista Adriano Jordão. [2]
Foi professora de dicção, ou "Arte de Dizer", no Conservatório Nacional durante 25 anos, e teve vários programas na Radiodifusão Portuguesa e Radiotelevisão Portuguesa (RDP/RTP).[2]
Dirigiu, encenou e adaptou vários espectáculos, entre outros, no Festival de Sintra, na Torre de Belém, no Teatro São Luiz e no Festival de Teatro de Almada, no qual foi homenageada em 1998, e terminou a sua carreira artística com um espectáculo no Teatro da Trindade, em novembro de 1999, após o que, a 11 de março de 2000, foi feita Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.[3]
A 14 de maio de 2010, foi agraciada pela Câmara Municipal de Lisboa com a Medalha Municipal de Mérito Grau Ouro.[2]
Em Abril de 2016, para celebrar os seus 96 anos, lançou o livro Vidas numa Vida através da editora Manufactura.[4][5]
Vivia em Lisboa quando morreu, a 22 de Janeiro de 2018, aos 98 anos de idade.[6]
Prémios e Reconhecimento
Recebeu várias distinções ao longo da vida e foi alvo de várias homenagens, entre elas:
1998 - homenagem pelo Festival de Teatro de Almada[7]
2000 - O governo português distinguiu-a com Ordem do Infante Dom Henrique que lhe foi entregue por Jorge Sampaio que era na altura presidente[3]
2010 - A Câmara Municipal de Sintra distinguiu-a com Medalha de Mérito Municipal – Grau Ouro[8]
2010 - O seu nome foi dado a uma rua da freguesia de São Martinho em Sintra[9][10]
2010 - O Teatro de São Carlos homenageou-a em Lisboa no Festival ao Largo[7]
2010 - A Câmara Municipal de Lisboa agraciou-a com a Medalha de Mérito – Grau Ouro[11][12]
2013 - Foi homenageada no dia do mundial do teatro pelo Teatro Nacional Dona Maria II, com a declamação da Ode Marítima de Fernando Pessoa, pelo actor João Grosso[13]
2013 - Recebeu da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG), o Prémio Mulheres Criadoras de Cultura, na categoria teatro[14][15]
Referências
- ↑ Germana Tanger no IMDB.
- ↑ 2,0 2,1 2,2 2,3 2,4 cm-lisboa.pt (PDF)
- ↑ 3,0 3,1 «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Presidência da República Portuguesa. Consultado em 18 de setembro de 2015
- ↑ «Vidas numa Vida editora Manufactura»
- ↑ «Vidas numa vida de Germana Tânger». catalogo.bnportugal.pt. Biblioteca Nacional de Portugal. Consultado em 20 de fevereiro de 2021
- ↑ «▶ Vídeo: Morreu a declamadora Germana Tânger». TSF Rádio Notícias (em português). 23 de janeiro de 2018. Consultado em 16 de janeiro de 2021
- ↑ 7,0 7,1 «Morreu a atriz e declamadora Germana Tânger, a voz de Álvaro de Campos». Centro Nacional de Cultura. 23 de janeiro de 2018. Consultado em 20 de fevereiro de 2021
- ↑ «Câmara Municipal de Sintra». cm-sintra.pt (em português). Consultado em 20 de fevereiro de 2021
- ↑ «Código Postal». Código Postal (em português). Consultado em 20 de fevereiro de 2021
- ↑ «Germana Tânger, que ousou dizer, pela primeira vez , de cor, os mais de mil versos da Ode Marítima, de Fernando Pessoa, deixou-nos na passada Segunda-Feira. Aqui fica um pouco do muito que fez pela Cultura Portuguesa.». Ruas com história (em português). 24 de janeiro de 2018. Consultado em 20 de fevereiro de 2021
- ↑ «Voto de pesar pelo falecimento de Germana Tânger» (PDF). Câmara Municipal de Lisboa. Boletim Municipal da Câmara Municipal de Lisboa
- ↑ «Morreu Germana Tânger, a voz de Álvaro de Campos». www.dn.pt (em português). Consultado em 20 de fevereiro de 2021
- ↑ Seara.com. «"Ode Marítima" de Álvaro de Campos». Teatro Nacional D. Maria II (em português). Consultado em 20 de fevereiro de 2021
- ↑ «Distinção Mulheres Criadoras de Cultura - Governo Português». www.cig.gov.pt. Consultado em 20 de fevereiro de 2021
- ↑ «Germana Tânger morre aos 98 anos». www.cig.gov.pt. Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG). Consultado em 20 de fevereiro de 2021