Jenipapeiro | |||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||
Genipa americana |
O jenipapeiro (Genipa americana) é uma árvore que mede até 14 m da família das rubiáceas, nativa de regiões tropicais das Américas.[1]
Descrição
É uma árvore de grande porte, semidecídua. Copas estreitas, piramidal e irregular, quando jovem. Nos adultos, torna-se arredondada. Fuste reto, com ritidoma áspera, de cor castanha. Folhas simples, opostas, glabras. Flores grandes, com corola branca-amarelada. O fruto é uma baga globosa, com polpa adocicada, aromática. Quando maduros, apresentam casca enrugada, coriácea e de cor parda. As sementes são achatadas, duras e pequenas, no meio da polpa.[2]
Nomes vernáculos
- Proto-Chapacura[3]: *ɘsa
- Kwazá[4]: owɨ
- Proto-Tucano[5]: *weʔe
- Proto-Arawá[6]: *ora
- Proto-Pano[7]: *(n)a(n)ɨ
- Proto-Jabutí[8]: *mɪ
- Proto-Tuparí[9]: *tsigaap
Compostos químicos
Os seguintes compostos foram isolados da G. americana: ácido genípico,[10] ácido genipínico,[10] genipina[11] (todos os três do fruto) e ácido geniposídico (folhas).[10]
Utilidades
Com casca tanífera, geralmente usada em curtume para curtimento de couros e como medicamento caseiro nos problemas gástrico, pulmonares oftalmológicos Ex: enfermedade conhecida como carne crecida no Brasil, em algumas parte da Sudamérica como Uña de Gato e na Europa como (Pterigión) e principalmente no combate a malária devido ao sulfato de quinina, sua madeira de grande qualidade, utilizadas nas confecções de gamelas, folhas forrageiras, flores campanuladas, brancas ou amareladas, e bagas subglobosas, seu fruto, o jenipapo, é comestíveis, utilizado na produção de tintura para pintura corporal em diversas etnias indígenas na amazônia brasileira, além de utilizado como tinta preta, e na confecção de doces e licores, principalmente na região Nordeste do Brasil.
Referências
- ↑ Gomes, Pimentel (1 de janeiro de 1972). Fruticultura brasileira (em português). [S.l.]: NBL Editora. ISBN 9788521301264
- ↑ FRANCISCO COELHO ALENCAR. Arborização Urbana no Distrito federal. Brasília: Secretaria de Publicações do Senado federal.
- ↑ Angenot, Geralda de Lima (1997). Fonotática e Fonologia do Lexema Protochapacura. Dissertação do Mestrado, Universidade Federal de Rondônia.
- ↑ Manso, Laura Vicuña Pereira. 2013. Dicionário da língua Kwazá. Dissertação de mestrado. Guajará-Mirim: Universidade Federal de Rondônia. (PDF).
- ↑ Chacon, Thiago (2013). On Proto-Languages and Archaeological Cultures: pre-history and material culture in the Tukanoan Family. In Revista Brasileira de Linguística Antropológica. Vol. 5, No. 1, pp. 217-245.
- ↑ Dixon, R. M. W. 2004. Proto-Arawá Phonology. Anthropological Linguistics 46: 1-83.
- ↑ Oliveira, Sanderson Castro Soares de (2014). Contribuições para a reconstrução do Protopáno. Brasília: Universidade de Brasília. (Tese de Doutorado).
- ↑ VOORT, H. van der. Proto-Jabutí: um primeiro passo na reconstrução da língua ancestral dos Arikapú e Djeoromitxí. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas, Belém, v. 2, n. 2, p. 133–168, maio/ago. 2007.
- ↑ Moore, D. & Vilacy Galucio, A. (1994). Reconstruction of Proto-Tupari consonants and vowels. In Langdon, M. (eds.), Survey of California and Other Indian Languages, Report 8. 119-30, Columbus: Ohio State University. DiACL, consultado em 9 febrero 2020.
- ↑ 10,0 10,1 10,2 Connolly, J. D. (Joseph Donald), 1935- (1991). Dictionary of terpenoids 1st ed ed. London: Chapman & Hall. pp. 49–50. ISBN 041225770X. OCLC 24695195
- ↑ Bajaj, Y. P. S. (1993). Medicinal and Aromatic Plants IV. Berlin, Heidelberg: Springer Berlin Heidelberg. pp. 164–165. ISBN 9783642770043. OCLC 851754825